Carlos Alcaraz e Jannik Sinner não se cansam de vencer. Para desespero do circuito, cada um foi para um ATP 500 nesta última semana e o que aconteceu foi o óbvio: levaram mais um título e agora o terceiro colocado do ranking da temporada, Alexander Zverev, tem praticamente a metade dos pontos do italiano e quase três vezes menos do que o espanhol. E olhe que Sinner ficou três meses sem poder competir.
Com atuações de tirar o fôlego em Tóquio – o que fez diante de Brandon Nakashima foi um assombro -, Alcaraz chega a 14 torneios na temporada, dos quais fez 10 finais, ganhou oito títulos em todas as superfícies e venceu 67 vezes em 74 possíveis, o que lhe dá 90% de aproveitamento. Aliás, com 24 troféus já alcança Zverev.
Carlitos tem sido soberano desde abril, quando começou a fase do saibro. Nesse período, disputou nove torneios e chegou à final em todos, deixando escapar apenas os títulos de Barcelona e de Wimbledon. Mais do que números, o espanhol mostra evoluções constantes. O saque agora já chega perto dos 230 km/h, o forehand voltou a ser aquele golpe devastador do começo da carreira e a devolução ganhou peso e profundidade.
Devido à suspensão por doping, Sinner está agora com oito torneios disputados na temporada e apenas em um não chegou à final. A coleção de títulos é bem menor, com três, mas inclui Wimbledon e o coloca cada vez mais como um tenista de versáteis qualidades. Jogou 47 partidas e ganhou 42, o que lhe dá 89% de eficiência, portanto muito próximo ao apetite de Alcaraz.
Sua campanha em Pequim também impressionou porque o italiano cumpriu o prometido e começou a desfilar novos elementos no seu tênis. Mostra confiança em se aproximar mais da rede para executar voleios mortais e também aprimora as curtinhas como variação. Quando precisa ficar lá atrás despejando potência, não tem concorrência e Learner Tien, com sua paciência, correria e tenros 19 anos, não fez cócegas. O italiano chega a 21 títulos na carreira, deixando Daniil Medvedev para trás.
Embora tenham números ainda discretos comparados aos grandes nomes que já concluíram suas trajetórias, com pouco mais de 300 jogos disputados, tanto Alcaraz como Sinner já aparecem no top 10 no quesito percentual de vitórias. O espanhol é o oitavo, com positividade de 81,3%, e o italiano está em 10º, com 77,9.
A boa notícia para os mortais é que Alcaraz desistiu de Xangai para que possa cuidar, com a necessária cautela, do tornozelo torcido lá no começo da campanha em Tóquio. E como o sorteio colocou Sinner e Novak Djokovic no mesmo lado da chave, fica esperança de uma final para Zverev, Medvedev, Alex de Minaur e Lorenzo Musetti. Aliás, ressalte-se que o australiano foi quem mais deu trabalho a Sinner em Pequim, partindo para uma postura de maior risco e devolvendo com qualidade.
Sinner defende o título em Xangai, pode ter algum trabalho se Alexander Bublik estiver lá muito inspirado e é provável que enfrente Taylor Fritz nas quartas. já que o norte-americano decididamente vive momento de confiança e maior ousadia. Finalista no ano passado, Djokovic tem uma chave boa para ganhar ritmo e confiança e não tem a rigor um adversário que assuste, já que Andrey Rublev não anda confiável e Ben Shelton volta enfim às quadras.
P.S. 1: Apenas como especulação, Fonseca cairia no lugar de Camilo Carabelli na chave (obedecendo-se a numeração dos jogadores inscritos) e assim estrearia contra Terence Atmane e teria chance de reencontrar De Minaur.
P.S. 2: Vale observar o japonês Rei Sakamoto, que chegou a liderar o ranking juvenil no passado. Ele passou o quali e jogará seu primeiro grande torneio.
Realmente muito boa a fase dos dois primeiros colocados do ranking em relação aos demais. Penso que o espanhol Alcaraz está um degrau acima do Sinner. Com relação ao próximo Masters 1000, com a ausência do Alcaraz, o favorito é o Sinner mesmo. O único que, em minha opinião, pode ter chances contra o italiano seria mesmo o americano Fritz. Não vejo o Musetti, o Djokovic ou outro tenista com boas chances de ganhar do italiano atualmente.
Por conta do horário, não vi nenhum jogo do Sinner em Pequim. O que achou do saque dele, Dalcim? Alguma mudança nítida? Estava mais confiável do que nas rodadas finais do US Open?
Desde a semi tive a impressão que ele estava com alguma contusão naquela reta final.
Alcaraz x Sinner
Grand Slam 6 x 4
M1000: 8 x 4
Finals: 0 x 1
ATP 500: 8 X 6
ATP 250: 2 x 6
Total: 24 x 21
E bota apetite nisso. E o mais interessante é que como um puxa o outro, eles sempre procuram evoluir seu arsenal, mesmo ganhando tudo . Alguns do BIg 3 , teimaram em alguns quesitos, cito logo Federer e sua demora em trocar o equipamento. Sem dúvidas já podemos coloca-los como superiores ao outros três, na mesma idade. Mas no ritmo que jogam , a longevidade dos multi-campeoes parece algo muito difícil de ser atingida. Carlos Alcaraz reclamando barbaridade ontem do Calendário. Ele está com 14 Torneios disputados e faltam somente 3 . Vive passando por cima do regulamento da obrigatoriedade dos 8 Masters. Reclamas do que cara pálida ??? …Abs !
Comentarista Renato Messias, da ESPN, mencionou que o Roger Federer afirmou que não teria nível para competir atualmente. Será que procede a informação?
Arrisco a dizer que nem ele, nem qualquer dos Big4 teria nível para enfrentar Sinner ou Alcaraz de igual para igual na fase atual de ambos.
São os GOATs.
Contra um Nadal em RG entre 2005 e 2013? Em 10 jogos contra Sinner ou Alcaraz, o Miúra perderia 2 ou 3…
Não consegui apurar , caro Samuca . Mas não duvido nada devido ao peso da bolinha. Com Backhand Simples, a tarefa do Suíço seria hercula contra estes dois . Talvez Touro Miúra no Saibro, no seu auge , mas seu Back também seria muito atacado. Mas vamos combinar que são épocas e equipamentos muito diferentes. Djokovic soube explorar sua imensa competitividade , naqueles dois Tiebreaks na final Olímpica. Mas aos 38 , fica difícil imaginar outra vitória contra N 1 e N 2 ( não o vence desde 2023 ) . Abs !
Pra variar Sinner e Alcaraz foram campeões, o que deverá ser a tônica nos eventos q disputarem no médio prazo, claro q alternando entre um ou outro quando ambos estiverem presentes kkk. No médio prazo não vejo quem possa rivalizar c eles de forma regular, mas apenas de forma esporádica.
Aqui no Blog já li comentários do Dalcim falando sobre o potencial do Shelton, algo que eu compartilho, mas até o final de 2026 não vejo como esse rapaz possa efetivamente encarar o Big2. Tomara q eu esteja enganado…
Difícil entender essa estratégia de calendário do Fonseca/Staff, se inscrever em menos torneios q os líderes do ranking, tem um calendário similar ao do Djoko, no ocaso da carreira.. Sinceramente não vejo o sentido disso para um jovem de 19 anos..
Impressiona a dificuldade de entender que JF está em formação ( ainda cresçe ) , 19 anos recém completados. E tem um Staff engajado em não queimar etapas Os líderes do Ranking tem 3 ( Carlitos) e 5 anos mais ( Sinner) , que o Brasileiro. O consultor Franco Davin, foi o mesmo que treinou Del Potro na mesma idade , e sabe como ninguém das lesões e cirurgias, de vários pupilos Tops 10 , ao longo dos anos . JF é um diamante a ser lapidado, meu caro. Djokovic chegou a ser considerado o rei dos abandonos , na mesma idade. Abs !
É só voce comparar o calendário dele(n° de torneios e de jogos disputados em 2025) com os demais top 200 sub-20 q voce vera q essa sua explicação n faz sentido..
A não que voce acredite q os staff de todos os demais jogadores sub-20 e do circuito em geral estão todos errados e só a equipe do JF que sabe oq é certo..
A quase totalidade dos abandonos do Djokovic no início da carreira deveu-se não a problemas em músculos, tendões e ligamentos mas sim a fadigas e mal-estares decorrentes da sua intolerância ao glúten, cujo diagnóstico só foi realizado em 2010. Uma vez modificada a dieta, o sérvio passou a ser outro jogador, muito mais ágil e resistente, o que lhe abriu caminhos para vir a tornar-se o maior tenista da história.
Apetite e sede insaciáveis por títulos dos dois melhores tenistas (GOATs) que já pisaram numa quadra de tênis!
E contando…
Pelo andar da carruagem, não serão só títulos de GS que faltarão pros mortais.
É mesmo, nem ATP 500 os caras estão perdoando…