Nova York (EUA) – Quatro anos depois, Félix Auger-Aliassime está de volta às quartas de final do US Open. O canadense de 25 anos, semifinalista do torneio em 2021, eliminou nesta segunda-feira o russo Andrey Rublev, cabeça 15, com parciais de 7/5, 6/3 e 6/4, confirmando a boa fase dois dias depois de surpreender o alemão Alexander Zverev na terceira rodada.
Apesar da vitória em sets diretos, Aliassime chegou a estar com quebra abaixo na primeira parcial, mas buscou a reação. Segundo ele, a resposta rápida foi fundamental para o resultado final. “Eu estava perdendo por 4/2, mas, quando devolvi o break e empatei em 4/4, senti que estava dentro da partida e minhas chances melhoraram. A partir desse momento, passei a colocar muita pressão sobre ele. Quando venci o primeiro set, senti que estava no controle do jogo”, destacou.
O forehand, golpe que tem sido determinante na atual campanha em Nova York, voltou a fazer a diferença e o canadense não escondeu que sempre gostou de jogar de forma agressiva. “Meu instinto sempre foi de ir para cima e ter a partida nas minhas mãos. Nunca fui de esperar o erro do adversário. Às vezes isso jogava contra mim e me fazia questionar se deveria continuar jogando assim. Mas hoje foi só questão de tempo até eu começar a acertar meus alvos. Quando isso aconteceu, ficou muito difícil para ele.”
Durante a coletiva de imprensa, Aliassime também fez um balanço de sua carreira, acredita que está no seu auge e atingiu a maturidade necessária apenas agora, aos 25 anos. “Sinto que estou na melhor forma porque minhas principais armas, que são meu forehand e saque, estão muito mais consistentes do que antes. Acho que também melhorei muito minha devolução e mudo a direção e a altura do meu backhand com mais eficiência do que antes, mas são meu saque e meu drive que me farão vencer muitas partidas.”
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“Para mim, o segredo é me conhecer melhor e tomar boas decisões. Em 2023, sofri uma lesão grave, mudei de time e agora sinto que estamos todos em sintonia e nos comunicando bem. Sei como preciso trabalhar para manter meu físico da melhor maneira possível e também conheço minhas fraquezas”, explica o canadense.
Ele também destaca que a experiência o ensinou a se cuidar melhor. “Quando se tem 21 ou 22 anos, você joga até não aguentar mais. Eu competi com muita dor e não parei quando deveria, o que não era o mais inteligente a se fazer. Naquela idade, eu não dava muita importância como agora, nem tinha tanta clareza sobre tudo o que é preciso para estar no nível de elite. Hoje me conheço melhor e tomo decisões melhores com meu corpo.”
Na próxima rodada, Aliassime reencontrará o australiano Alex de Minaur, contra quem te retrospecto favorável de 2 a 1, sendo dois triunfos em quadra rápida e uma derrota no saibro. Ao projetar a partida de quarta-feira, ele destacou as armas e a evolução do rival.
“Os pontos fortes dele sempre foram a movimentação e a capacidade de manter a bola em jogo, se defendendo e contra-atacando. Mas o mais interessante é que ele também passou a entrar mais em quadra. Ele tem muita habilidade para atacar que você lhe dá uma brecha. É por isso que o jogo dele está ainda mais completo do que era no passado” analisou.