Alcaraz volta a superar Fils no saibro e vai em busca do tri em Barcelona

Foto: Pedro Salado/Barcelona Open Banc Sabadell

Barcelona (Espanha) – Assim como já havia acontecido na campanha para o título do Masters 1000 de Monte Carlo, na semana passada, Carlos Alcaraz voltou a superar Arthur Fils e garantiu vaga na final do ATP 500 de Barcelona. O espanhol marcou as parciais de 6/2 e 6/4 em 1h15 de partida.

Bicampeão em Barcelona em 2022 e 2023, Alcaraz não disputou a edição passada. E por isso, já acumula 14 vitórias seguidas na Quadra Rafa Nadal. Além disso, o espanhol de 21 anos não perde um set no torneio desde a semifinal de 2022, contra Alex de Minaur.

Número 2 do mundo e vencedor de 18 títulos de ATP, Alcaraz disputará a 24ª final da carreira aos 21 anos. Além da recente conquista em Monte Carlo, ele também foi campeão nas quadras duras e cobertas de Roterdã em fevereiro. Jogando no saibro, ele já tem nove títulos de ATP.

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O adversário de Alcaraz na final deste domingo às 11h (de Brasília) será o dinamarquês Holger Rune, que mais cedo derrotou o russo Karen Khachanov por 6/3 e 6/2. O espanhol lidera o histórico de confrontos por 2 a 1. Rune, de 21 anos e número 13 do ranking, tem quatro títulos de ATP e seis vices. Ele não vence um torneio há dois anos, desde a conquista no saibro de Munique em 2023 e voltará ao top 10 após o torneio.

Domínio no primeiro set e quebra no início do segundo

Alcaraz dominou o primeiro set da semifinal em Barcelona e teve o serviço facilitado pela instabilidade de Fils nos ralis do fundo de quadra. O espanhol só precisou fazer três winners na parcial e cometeu 5 erros, contando com pontos 19 dados de graça pelo francês. Além de conseguir duas quebras, o bicampeão enfrentou apenas um break-point.

Logo no início do segundo set, Alcaraz conseguiu uma nova quebra e abriu 3/1 no placar. Fils chegou a ser advertido pelo árbitro Mohamed Lahyani por abuso de bola. O francês confirmou alguns games longos em seu serviço e impediu que a diferença no placar ficasse ainda maior.

Mas o espanhol seguia confiante no saque e no fundo de quadra, fazendo também um bom uso das curtinhas e definiu a partida com winner de forehand. Alcaraz terminou o jogo com 12 winners e 14 erros não-forçados, enquanto Fils marcou 13 bolas vencedoras, mas cometeu 38 erros não-forçados.

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Julio Marinho
Julio Marinho
8 horas atrás

Voando.. aquela vitória na semana passada sobre o mesmo francês foi o divisor de águas. Sacando agora acima de 70% primeiro saque, jogando firme sem exagerar. Desfilando e retoma o tênis prime dele. Coisa boa de ver. Agora só tenho que comentar que Fisl fez 3 winners de forehand e 21 erros não forcados. Que coisa bizarra. Alcaraz deixou ele sob muita pressão em fazer muito e o grande se perdeu totalmente no golpe principal dele. Bora, Alcaraz! Mais um caneco e o ano começa a tomar forma!

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
6 horas atrás
Responder para  Julio Marinho

Temporada passada Carlitos não disputou: Monte Carlo, Barcelona e Roma . É óbvio que Zverev disputando todos ( Munique no lugar de Barcelona) , terminou a Temporada a frente. Sasha vai precisar defender Roma 2025 com a presença de Alcaraz e Sinner, que não jogaram a edição passada no Fórum Itálico. Lembras , meu caro? . Abs!

Julio Marinho
Julio Marinho
6 horas atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Sim, Sérgio. Zverev ainda defende a final de RG. Acho mais provável Alcaraz repetir os 2.000 que o alemão repetir os 1.200. O mais importante é que está jogando em outro nível agora e isso simplesmente dá chance de ele disputar tudo que aparecer. Abraço!

Jonas
Jonas
6 horas atrás
Responder para  Julio Marinho

Bizarro mesmo, esse francês tem golpes muito pesados, mas exagera na força e agressividade. No segundo game do jogo já fiquei assustado rsrs, o cara tava maltratando a peluda hehe…

JClaudio
JClaudio
8 horas atrás

Alcaraz é um fenômeno, hoje jogou como todos dizem que o jovem espanhol deve jogar, sem arriscar muito (fez menos winner que o americano), poucos erros não forçados (13 erros contra 37 do Fils).
Alcaraz ganha de várias formas, tem um arsenal vasto, ninguém no circuito tem tanto talento como o jovem.

Ricardo Alves
Ricardo Alves
8 horas atrás
Responder para  JClaudio

Nesse jogo contra o francês, Alcaraz me lembrou o Nadal jogando no saibro: Jogou a bola pra cima em vários momentos e deixou o francês errar… E ainda variou com Winners precisos em alguns poucos momentos, slices e suas famosas curtinhas

JClaudio
JClaudio
7 horas atrás
Responder para  Ricardo Alves

Olá Ricardo, achei o mesmo, Nadal gostava de “especular”, muitas vezes deixava o adversário arriscando, enquanto “empurrava” a bola do outro lado.
A curtinha é o diferencial de Alcaraz, são bolas desconcertantes, em momentos críticos do jogo ( não apenas pela beleza, mas também pela eficiência).
Cada jogo, Alcaraz apresenta uma tática diferente, contra de Minaur, foi agressivo o tempo inteiro, assumindo riscos, contra Fila, foi conservador, transferindo a responsabilidade dos pontos para o americano (surpreendentemente, é ótimo tenista no saibro).

Última edição 7 horas atrás by JClaudio
Alvaro Armbrust
Alvaro Armbrust
6 horas atrás
Responder para  JClaudio

O Fils é francês

eduspacca
eduspacca
7 horas atrás
Responder para  JClaudio

O Fils é francês, não americano

JClaudio
JClaudio
7 horas atrás
Responder para  eduspacca

Olá Edu, isso mesmo.
Grato

Julio Marinho
Julio Marinho
7 horas atrás
Responder para  JClaudio

Fale, JClaudio! Lembremos a conversa sobre a regularidade de saque vs mental, que era minha teoria. A cabeça acalmou, o percentual dele saiu de 45% para mais de 70%. Aí o jogo fica muita mais simples. Nem tivemos infarto hoje. Jogou como soberano. O que mais gostaria é que ele absorvesse essa tranquilidade, porque com saque em dia, tudo o mais fica muito mais simples. Naquela bola minimamente mais curta do adversário, ele já tem o forehand no lado mais fraco, ele se protege, mas não sabe se vai tomar uma bola cheia de peso e spin no seu lado mais forte, e se der um passo para trás, fica totalmente exposto para o drop que ele esconde na última hora e lambe a rede. Sem contar que achar o back do Alcaraz não muda muito, porque se pega posicionado também manda ver e a paralela está on. Se pegar na defensiva ele enche de spin e joga funda. Realmente, chegou no nível tão aguardado!

JClaudio
JClaudio
6 horas atrás
Responder para  Julio Marinho

É isso aí, caro Julio…
Alcaraz tem muito recurso, caso ele esteja num dia bom (com a direita calibrada, variando o saque) ele vence com certa facilidade, caso esteja num dia ruim (com o saque pouco agressivo, uma direita não muito boa) ele vence também, com alguma dificuldade.
Mostra como é um jogador espetacular (em todos os pisos, porém no saibro fica nítido seu talento).
Alcaraz domina (completamente) a grama, o saibro e divide no piso duro.
Carlos Alcaraz é o melhor jogador de tênis do mundo.

Julio Marinho
Julio Marinho
6 horas atrás
Responder para  JClaudio

Isso aí! Só acho que o jogo dele é ainda melhor na grama. Ele joga muito perfeito lá. Wimbledon foi muito mais tranquilo que o último RG. E só não está esse talento na quadra dura, porque lá se o saque não está em dia, ficar tomando patada de devolução não dá para voltar. Pune mais. Mas com o saque em dia e calmo, não há porque não pensar que não posso ter o mesmo sucesso nas jarda, rivalizando com Sinner à altura.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
6 horas atrás
Responder para  Julio Marinho

Agregou um Treinador para tentar ajeitar o Serviço e a Raquete mais pesada. Naquele papo de início de Temporada, somente se falava no mental fraco. Aos poucos a coisa tinha que caminhar por se tratar de um Fenômeno. Ao menos não esperou anos como Roger Federer , pra trocar de Raquete e utilizar o Backhand batido (Ljubicic) pra cima de Nadal . Touro Miura não venceu mais fora do Saibro, de 2015 até o final de carreira do Suíço. Abs!

JClaudio
JClaudio
5 horas atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Olá Sérgio…
Alcaraz é o jogador que mais vira partidas na atualidade (depois de levar 0x1), mostra que o mental está em dia.
Alcaraz tem o mesmo problema dos craques, muitos golpes para escolher em uma fração pequena de tempo.
Quando o jogador chega na bola, é tem uma ou duas jogadas para fazer, a chance de erro é menor, Alcaraz chega na bola com 4 ou 5 jogadas na “prateleira”, a chance do erro é maior, mesmo assim, com tão pouca idade, tem feito belas escolhas, a tendência é ir aprimorando e escolhendo o melhor golpe para cada situação.

Última edição 5 horas atrás by JClaudio
Alvaro Armbrust
Alvaro Armbrust
3 horas atrás
Responder para  JClaudio

Caro JClaudio, concordo 100%. Ótimas análises.

M. Lima
M. Lima
8 horas atrás

Cara, o que o Carlitos jogou hoje foi sacanagem — parecia que ele tava dando aula. Dominou do primeiro ponto até o último, jogando com uma calma olímpica. Nada de forçar winner à toa, foi puro QI de tênis. Uma delícia assistir essa exibição elegante. Agora bora buscar o 19º título, porque o principezinho tá inspirado!

Julio Marinho
Julio Marinho
5 horas atrás
Responder para  M. Lima

Gostei da “calma olímpica”. Realmente, soberano.. Carlito calmo é outra história.

M. Lima
M. Lima
3 horas atrás
Responder para  Julio Marinho

Em Monte Carlo, ainda carregava a ansiedade e as dúvidas deixadas pelas duras derrotas nas Olimpíadas, no Australian Open, em Indian Wells e em Miami. Mas ao conquistar o título, algo mudou — em Barcelona, parece leve, onde tudo soa familiar. Jogar ali o revigora. E quando encontra a calma, seu desempenho muda por completo; é como se o talento finalmente respirasse.

Julio Marinho
Julio Marinho
1 hora atrás
Responder para  M. Lima

Aquela vitória sobre o mesmo Fils em MC, quando a derrota se avizinhava na próxima esquina, jogou três pontos seguidos com enorme sabedoria e algo ali mudou. Desde então, passou a entrar em quadra, calmo, como se a vitória não precisasse ser acelerada, mas degustada no decorrer dos games. O tempo passou a ser um aliado das partidas, para que sentisse mais a bola na raquete, e não como um competidor de alta velocidade que ele precisasse ultrapassar a todo custo. Está bem senhor de si. Isso não é garantia de nada, mas um jogador confiante é 10x mais difícil de ser batido, porque mesmo nos dias ruins, a calma e a certeza de que as chances apareceram deixarão o adversário sob enorme pressão. Eu tenho que falar, sem tirar os méritos de Carlitos, que o Fils foi muito muito mal. Uma partida sofrível, mas isso tem muito a ver com o estrago da semana passada. Ele sentiu que deveria amassar a bola a todo ponto, só errava e fez uma partida muito pouco competitiva. A Alcaraz, bastou estar ali com a serenidade que apavorou o francês.

Carlos Alberto Alves
Carlos Alberto Alves
8 horas atrás

De fato quando ele está no melhor dele, é difícil até mesmo pro Sinner, o mlk joga demais, e concordo com JClaudio, é disparado o mais talentoso do circuito no momento possui todos os golpes e os executa muito bem, só precisa melhorar o saque! Carlitos tem tudo para escrever uma estória incrível neste esporte! Não consegui ver o jogo, mas achei que o Fils iria endurecer bem mais, haja visto o que aconteceu na semana passada em MC, ali o Alcaraz ganhou no detalhe, sem dúvida alguma a marca de um grande campeão é ganhar mesmo quando não joga bem, e foi o que aconteceu em MC na semana passada. Hoje pelo placar me parece que foi bem mais tranquilo pro Carlitos. Sobre a final até acredito que o Rune poderá fazer um bom jogo, mas creio que no momento está uns 70 a 30 pro espanhol de chances, quando ele está confiante se torna um jogador bem indigesto para qualquer adversário, a conferir….

José Afonso
José Afonso
8 horas atrás

O que gosto em Rune, além de ter boa habilidade e um jogo interessante, é ter sangue nos olhos e fome de vencer, assim como o GOAT.

O problema é que seu mental é de galinha ainda, então sem chances contra Tevez Jr. em momento de confiança.

Ele precisa contratar Darren Cahill assim que este largar Sinner, conforme já anunciado.

Julio Marinho
Julio Marinho
1 hora atrás
Responder para  José Afonso

Você gosta dos mais antipaticos, José Afonso. Agora que o Djok vai aposentar, escolha alguém legal para a próxima geração: Sinner, Alcaraz, João, Draper, Mensik, Tien. Vai me escolher logo Rune?

Guilherme E.S. Ribeiro
Guilherme E.S. Ribeiro
6 horas atrás

Alcaraz favorito na final contra Rune. Mas promete ser um jogão. Alcaraz disputará sua 24º final de ATP, e tentará seu 19º título, o 10º no saibro. Rune disputará sua 11º final de ATP na carreira, e tentará seu 5º título na carreira, o 3º no saibro, e pra isso busca sua 20º vitória na carreira contra um TOP10.

Lucas Mendes
Lucas Mendes
2 horas atrás

Esse francês é meio mala sem alça!

Alvaro Armbrust
Alvaro Armbrust
1 hora atrás
Responder para  Lucas Mendes

Também acho, prefiro jogadores com atitudes mais elegantes dentro de quadra e com o adversário. Não é o caso dele. Talvez amadureça e se torne menos marrento. Por enquanto vai levando warning todo jogo.

Julio Marinho
Julio Marinho
1 hora atrás
Responder para  Lucas Mendes

Muito chato ele. Mimadão, muitos da geração deles são iguais. Bem arrogante, não sabe perder. Mas no quesito bolinha amarela tem ótimos predicados e isso que vale. Não terá minha torcida nunca, mas não é campeonato de simpatia.

Última edição 1 hora atrás by Julio Marinho

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