Turim (Itália) – A busca por um título inédito no ATP Finals foi adiada para Carlos Alcaraz. Superado por Jannik na decisão deste domingo em Turim, o número 1 do mundo avaliou a sexta final entre eles. O espanhol afirma que o italiano é um jogador que aprende rápido com as derrotas, como aconteceu no US Open em setembro, e sempre volta mais forte e com maior repertório de jogo.
Embora já dissesse desde o último sábado que Sinner era o favorito no confronto, Alcaraz disse que se sentia preparado para competir de igual para igual com o italiano, que marcou a 31ª vitória seguida em quadras duras e cobertas. “Nunca duvidei do meu nível em quadras cobertas. Sabia que podia jogar de igual para igual com o Jannik. Estou muito feliz com o desempenho e tenho certeza de que meu nível nesse piso só tende a crescer”, disse Alcaraz após a derrota por 7/6 (7-4) e 7/5.
“Senti as melhorias do Jannik. Ele sempre volta mais forte das derrotas, aprende rápido e mostrou isso de novo. O saque dele colocou muita pressão durante toda a partida e jogar contra ele hoje é realmente difícil”, acrescentou o espanhol, que lidera o histórico de confrontos por 10 a 6. Eles se enfrentaram em seis finais na temporada, com quatro vitórias do atual líder do ranking. “Já tenho algumas coisas em mente para trabalhar na pré-temporada. Foram detalhes, e quero que esses detalhes estejam do meu lado da próxima vez”.
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Sobre a atmosfera na arena em Turim, Alcaraz afirmou que a forte torcida para Sinner não o incomodou. “Não me afetou. Em alguns momentos até gostei dessa energia, mesmo não sendo para mim. Ele merecia esse apoio. Mas o ambiente mais difícil que já enfrentei foi no Masters 1000 de Paris em 2021. Nunca vou esquecer. Cresci muito depois daquele jogo”.
Chance perdida no primeiro set e mudança de estratégia
Sinner não perdeu sets durante a semana e só sofreu uma quebra, justamente para Alcaraz. O espanhol chegou a ter set-point na primeira parcial, mas desperdiçou a devolução de segundo serviço. Depois da partida, o número 1 reconheceu que faltou aproveitar melhor as oportunidades. “Deixei passar chances importantes. No tiebreak, tive pontos que poderia ter vencido. No segundo set, com a quebra na frente, eu tinha 30-15 e não confirmei. Alguns pontos não saem da minha cabeça, como a voleio de backhand que eu errei em momentos decisivos. Isso fez diferença”.
O espanhol ainda sofreu um incômodo na parte posterior da coxa direita no fim do primeiro set, mas garantiu que conseguiu se manter competitivo. Ele também adotou uma postura ainda mais agressiva por entender que esse era o caminho para enfrentar Sinner. “Senti algo no posterior ao tentar alcançar um saque, mas não me afetou tanto. Consegui correr bem. A derrota não foi por isso, ele mereceu”.
“Não foi por causa da lesão. Senti que precisava fazer algo diferente”, disse sobre a tentativa de encurtar os pontos. “Subi mais à rede e estava tomando a iniciativa. Funcionou: abri uma quebra no segundo set, estava sacando bem. Depois cometi alguns erros que não podia. Mas fiz muito pouca coisa errada, e isso me deixa feliz com o nível que mostrei”.
A temporada ainda não acabou para Alcaraz, que tem o compromisso de defender a Espanha na fase final da Copa Davis, em Bolonha. A equipe espanhola volta à quadra na quinta-feira para enfrentar a República Tcheca nas quartas de final: “Amanhã sigo para Bolonha para a Davis”.










