Adversárias na semi, Iga e Gauff fazem mudanças no saque

Foto: Corinne Dubreuil/FFT

Paris (França) – Adversárias em uma das semifinais de Roland Garros, Iga Swiatek e Coco Gauff promoveram mudanças no movimento de saque nas últimas semanas. O objetivo das número 1 e 3 do mundo é corrigir um ponto de vulnerabilidade no jogo para que elas possam continuar disputando títulos em um circuito cada vez mais competitivo. Quem também já havia feito mudanças parecidas foi a atual vice-líder do ranking, Aryna Sabalenka, há duas temporadas.

Os ajustes na execução do saque de Swiatek buscam dar mais fluidez nos movimentos, velocidade de bola e maior variedade de opções para a líder do ranking, que em suas raras derrotas na temporada tinha o segundo serviço bastante atacado pelas adversárias. Tricampeã em Paris, a polonesa de 23 anos está invicta há 17 jogos no circuito, com títulos dos WTA 1000 de Roma e Madri antes das cinco vitórias no Slam francês.

“Mudar a técnica me permitiu sacar mais rápido. E estamos trabalhando também na minha colocação de saque, que com certeza melhorou. Sinto que hoje tenho mais opções quando estou sacando, mesmo sob a maior pressão e estresse”, disse Swiatek no início do torneio. “O próximo objetivo é manter meu saque em um nível consistente durante toda a temporada. Vamos ver como isso vai acontecer. Vamos trabalhar muito para que o movimento seja mais suave e que eu possa ter memória muscular. Estamos no caminho certo”.

Encurtar o toss foi a solução para Gauff

Gauff encurtou o caminho da raquete até a bola. Ela também mantém as mãos mais altas para encurtar o processo e tenta não abaixar muito o ombro esquerdo. O movimento simplificado tem menor possibilidade de erro. Anos atrás, o técnico Brad Gilbert promoveu mudanças no saque do ex-número 1 Andy Roddick para que ele se tornasse mais consistente. Gilbert, que começou a trabalhar com Gauff na campanha do título do US Open, fez recentemente o mesmo ajuste com a jovem norte-americana de 20 anos.

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“Algumas pessoas têm o toss mais alto e se saem perfeitamente bem. Mas comigo, um toss mais alto tem mais chance de erro. Além disso, eu mudei a maneira como jogo. Acho que se eu estiver sacando bem, pode ser uma arma e ainda posso torná-lo mais consistente. Estou melhorando jogo a jogo e bastante confiante agora”, explicou Gauff, que disputará sua segunda semifinal no torneio. Ela foi vice em 2022, perdendo para a própria Swiatek na final.

Vitórias nas quartas e duelo na semifinal

Depois de ter escapado de um match-point contra Naomi Osaka na segunda rodada, Swiatek venceu seus jogos com maior tranquilidade, especialmente o duplo 6/0 contra Anastasia Potapova nas oitavas e os 6/0 e 6/2 contra a tcheca Marketa Vondrousova, número 6 do mundo e campeã de Wimbledon, nas quartas.

“Provavelmente, foi o melhor desempenho que tive aqui. Meu jogo está melhorando a cada dia e me senti bastante confiante hoje”, declarou a polonesa. “Tento não me concentrar no placar. Honestamente, às vezes até esqueço quanto está o jogo. Estou me mantendo ocupada pensando em técnica e tática e no que faria no próximo ponto. Você não pode mudar suas rotinas”.

A polonesa lidera o histórico de confrontos contra Gauff por 10 a 1 e venceu o duelo mais recente na semifinal de Roma, mas prega respeito à adversária da próxima quinta-feira. “Contra Coco não é fácil. Ela gosta muito de jogar no saibro, principalmente aqui. Mentalmente ela está mais forte hoje. Antes era mais fácil ‘quebrar’ o mental dela, principalmente quando você está vencendo. Agora ela evoluiu muito em todos os aspectos do jogo”.

Por sua vez, Gauff buscou uma virada contra a tunisiana Ons Jabeur nesta terça por 4/6, 6/2 e 6/3. “Ela é uma grande adversária e muito querida no circuito. E sempre torço por ela também. Eu estava tentando ser mais agressiva. Ela jogou muito bem e fez muitos winners, algo que não estou acostumada contra ninguém. Então hoje só tentei ser agressiva no final. Fiquei um pouco tenso nos últimos match-points, mas acho que fiz o que precisava para vencer”.

Há três semanas, quando perdeu por 6/4 e 6/3 em Roma, a norte-americana saiu de quadra destacando com o nível de atuação e competitividade contra a número 1 do mundo, apesar da frustração pelo resultado negativo e pelas oportunidades perdidas. Ao final do jogo, declarou que “venceria qualquer outra adversária no circuito, exceto Iga”. O reencontro entre elas acontece na quinta-feira.

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Fernando Venezian
Fernando Venezian
5 meses atrás

Tive a oportunidade de ver o primeiro set de Coco e Jabeur! A tunisiana tava tendo uma performance de encher os olhos! Isso mostra como a americana tá on fire!

Robson
Robson
5 meses atrás

Iga, Gauff, Sabalenka, todas na elite e procuram melhorar. Que sirvam de exemplo pq tem muita gente acomodada no tennis.

Rodrigo
Rodrigo
5 meses atrás

É oq a Bia precisa. Ajustar o saque, acho que o game começa com um bom saque.

Carlos Roberto Gomes
Carlos Roberto Gomes
5 meses atrás
Responder para  Rodrigo

Para isto necessita de um técnico capaz

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