Buenos Aires (Argentina) – O argentino Juan Martin del Potro compartilhou recentemente em sua conta no Instagram um emocionante vídeo no qual conta um pouco do drama que viveu nos últimos anos por causa do joelho. Antes de disputar uma partida amistosa contra o sérvio Novak Djokovic, no dia 1º de dezembro na Argentina, ele falou sobre os momentos mais sombrios na batalha para tentar voltar a ter uma vida normal.
“Desde os 31 anos não corro, não subo escada, não consigo chutar bola, nunca mais joguei tênis. Devo ficar mais 15 anos da minha vida assim para aos 50 poder ganhar uma prótese e viver mais ou menos bem aos 60? Agora estou envolvido nisso e espero que um dia acabe, porque quero viver sem dor”, destacou o argentino, que desde a primeira operação no joelho, não conseguiu mais ter uma vida totalmente saudável.
“Quando fiz a primeira operação, o médico me disse que em três meses eu poderia voltar a jogar, em junho de 2019. Depois daquela primeira cirurgia, até hoje nunca consegui subir uma escada sem dor. Muitas vezes me dói dormir, quando viro de lado, ou quando acordo porque tenho perfurações que são muito feias. Tem sido como um pesadelo sem fim que todos os dias continuo a insistir em procurar soluções e alternativas, mas não consigo encontrá-las”, lamentou.
Del Potro contou que já fez oito cirurgias, algumas delas em segredo, e até agora não conseguiu resolver seu problema no joelho. “Fui com médicos de todo o mundo, gastando uma fortuna. Cada vez que me davam anestesia eu sentia que a operação estava indo bem, que não ia doer mais, que iria mudar. Mas ainda me dói, um dia após o outro”, falou o argentino.
Logo após sua despedida das quadras em Buenos Aires, Delpo tentou mais uma vez buscar uma solução. “As pessoas não sabiam disso, mas no dia seguinte peguei um avião para a Suíça e fiz novamente uma cirurgia no joelho, foi a minha quinta cirurgia. A partir daí nunca mais tornei minhas cirurgias públicas. Não aguentava mais com a dor nas pernas. Preferi continuar discreto, em segredo, e se der certo eu voltaria”, relembrou o argentino.
“Fiquei lá cerca de dois meses trancado numa cidade perto de Basileia. Eles me operaram, fizeram reabilitações, mas não deu certo. Depois de dois meses e meio me disseram que faltava mais alguma coisa, que tínhamos que operar novamente. Sexta operação. Depois fui para os Estados Unidos e continuei a reabilitação, entre cirurgias tentei tratamentos, devo ter tomado mais de 100 injeções na perna, quadril e costas”, disse o argentino, enumerando o calvário pelo qual tem passado.
“Eles me infiltraram, me tiraram, me analisaram, queimaram meus nervos, bloquearam meus tendões. Um sofrimento diário que eu tenho. Foi assim que venho daquele dia com Federico (Delbonis) até hoje. Aquela partida foi para me despedir do tênis, não é mais assim, realmente não tenho mais esperança de voltar a jogar porque meu corpo não permite”, afirmou Del Potro.
E vai jogar como contra o Djocko no dia 01?
Sentindo dor, como quase todos os tenistas acima de 90 kg. É exibição, sem nenhum compromisso de desempenho.