Stuttgart (Alemanha) – O domingo começou com festa brasileira nas quadras de grama da Europa. Formando uma parceria 100% nacional, o gaúcho Rafael Matos e o mineiro Marcelo saíram atrás, mas conseguiram reagir diante do britânico Julian Cash e do norte-americano Robert Gallowayh, e faturaram o título do ATP 250 de Stuttgart, aplicando uma virada por 3/6, 6/3 e 10-8 em 1h17 de partida.
Aos 28 anos, Matos levanta o seu oitavo troféu de duplas na elite do circuito e o segundo nesta temporada, depois de triunfar no Rio Open ao lado do colombiano Nicolas Barrientos, naquela que foi sua primeira conquista em um torneio de nível 500. O canhoto gaúcho também chega ao seu segundo título na grama, tendo vencido o ATP 250 de Mallorca em 2022 com o espanhol David Vega Hernández.
Já Marcelo Melo chega ao 38º título de brilhante carreira e se reencontra com as conquistas após um ano. Seu último troféu havia sido levantado em junho de 2023, no ATP 500 de Halle, também sobre a grama, jogando com o australiano John Peers. O mineiro de 40 anos chega assim ao seu sexto triunfo no piso natural do tênis, tendo um tricampeonato em Halle (2017, 2018 e 2023), um título em ‘s-Hertogenbosch (2017) e outro em Wimbledon (2017).
Com o resultado, ambos vão ganhar terreno no ranking. O gaúcho subirá cerca de seis posições e deve fazer se retorno ao top 40, assumindo justando a 40ª colocação, ainda abaixo de sua melhor marca, a o 26º posto obtido em fevereiro de 2023. Por sua vez, o experiente mineiro ultrapassará dois concorrentes e aparecerá na 35ª posição nesta segunda-feira. Melo já liderou o ranking mundial de duplas por 56 semanas, estando no topo pela última vez em abril de 2018.
Brasil volta a triunfar em Stuttgart nas duplas
Esta é apenas a segunda vez em que uma dupla totalmente brasileira é campeã do ATP de Stuttgart. Em 1997, quando o torneio ainda era disputado no saibro, Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni ficaram com a taça ao baterem na decisão os norte-americanos Donald Johnson e Francisco Montana com um duplo 6/4.
Além deles, outros quatro tenistas do país já triunfaram no evento, mas com parceiros estrangeiros. Ainda nos tempos de terra batida, Jaime Oncins venceu em 1999 ao lado do argentino Daniel Orsanic e Thomaz Bellucci levantou o troféu em 2013 com o também argentino Facundo Bagnis. Já nos tempos de grama, Bruno Soares conquistou um bicampeonato em 2017 com o britânico Jamie Murray e 2019 com o australiano John Peers, enquanto Marcelo Demoliner havia sido o último a ganhar o torneio, jogando ao lado do mexicano Santiago González em 2021.
Sacadores brilham e jogo é decidido nos detalhes
Bastante equilibrada, a decisão deste domingo começou com amplo domínio dos sacadores, sendo que ambas as duplas mantiveram um aproveitamento acima dos 70% tanto no acerto quanto nos pontos ganhos com o primeiro serviço, sendo que Cash e Galloway chegaram a vencer 83% dos pontos com essa arma. Com isso, houve apenas uma única chance de quebra em todo o primeiro set e ela foi muito bem aproveitada pelo britânico e o norte-americano, que largaram na frente.
A segunda parcial teve um roteiro bastante similar, com raríssimos break-points para os dois lados. Desta vez foram Matos e Melo quem tiveram duas oportunidades e aproveitaram uma delas ainda no segundo game, abrindo a vantagem necessária para empatar o jogo. Destaque para os 89% (16 de 18) dos pontos ganhos pelos brasileiros com o primeiro saque e 80% (4 de 5) com o segundo.
No match-tiebreak, novamente o bom saque foi o diferencial para o gaúcho e o mineiro, que acertaram todos os primeiros serviços e ganharam oito dos nove pontos disputados quando sacaram. Com isso, eles estiveram à frente o tempo todo na parcial decisiva e conseguiram concluir a partida no terceiro match-point que tiveram.
Parabéns ao Melo e ao Matos, boa perspectiva para a Olimpíada de Paris, com essa dupla.
Parabéns
Marcelo Melo continua muito bem , calando a boca daqueles que por aqui mandam ele parar de jogar.
Trata-se dos haters duplo F e Alcool e Gel.
Top!
Parabéns aos dois.
Parabéns guerreiros
Eu acho inacreditável como que o Brasil não dá as devidas reverências pro Marcelo Melo que está apenas atrás do Guga na história do tênis brasileiro. Claro, eu sei que os torneios de duplas não tem a mesma grife do simples, porém é absurdo como um cara igual o Wild por exemplo tem todos os holofotes enquanto uma lenda com quase 40 títulos ATP, Grand Slams e diversos Masters 1000 igual o Melo raramente é mencionado na mídia.
ah pelo amor de Deus kkkkkk dupla é brincadeira, igual beach tennis que é frescobol com rede
O Marcelo Melo e Bruno Soares venceram os 4 Grand Slams nas duplas masculinas.
O título do Marcelo em Wimblendon foi épico, assim como o de Roland Garros em cima só dos irmãos Bryan.
Eu critico muito, perco a paciencia quando jogam mal, mas tenho q dar os parabéns depois de um titulo como esses. Boa sorte pros dois nos próximos torneios. Começamos bem o domingo.
Bom resultado. Vão se entrosando para as olimpíadas.
Parabens mais um titulo maravilhoso para carreira dos dois. Ta dando liga essa dupla, e se o Melo ficar ate 2025ou 2026, pode ensinar muito ao sucessor. Deviam passar mais jogos de duplas , do que so de simples, muitas vezes melhores. Vamos brazucas