Felipe Priante
Especial para TenisBrasil
Principal nome da primeira edição do SP Open, a paulista Beatriz Haddad Maia sabe que terá pela frente uma condição diferente no Parque Villa Lobos na próxima semana, em uma das raras chances de jogar dentro de casa. Bia reconhece a pressão que vai encarar, não apenas por querer fazer um bom resultado em casa, mas também por ser a cabeça de chave 1. Contudo, ela está preparada para lidar com a situação da melhor forma possível.
“Acho que a pressão sempre está presente. Isso é natural, mas essa semana em especial eu gostaria de levar de uma forma carinhosa. Acho que é encarar da melhor forma possível, deixar tudo na quadra e lutar muito para tentar pegar esse título para a gente, mas acima de tudo ter muito carinho com todo mundo que está envolvido no torneio”, disse a canhota paulista em entrevista coletiva pré-torneio realizada nesta sexta-feira.
Se a pressão por um bom resultado dentro de casa pode ser um ônus para Bia, a presença de amigos e principalmente da família é um bônus para ela. “É diferente dormir na própria cama, acordar e entender que está em um torneio, é uma mudança, algo diferente. É um pouco estranho, mas ao mesmo tempo muito especial. Por exemplo, minha avó conseguiu me assistir treinar, que é algo muito único”, destacou.
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Bia também falou sobre a felicidade de poder se aproximar do público brasileiro e lembrou de acompanhar o challenger disputado no Villa Lobos quando estava começando no tênis. “Muitas vezes vim aqui para assistir o torneio e isso me marcou, com certeza também fez a diferença para me inspirar. Acho que o principal é a gente ter a semana não como um objetivo somente pessoal, individual, de vir aqui e tentar ganhar o torneio, mas também de lembrar que a gente está deixando um legado”.
Momento de alta para a número 1 do país
ELA ESTÁ EM CASA! 🤩
Beatriz Haddad Maia já desembarcou em terras brasileiras e bateu uma bolinha nas quadras do SP Open nesta quinta-feira. 🇧🇷 pic.twitter.com/ADFxwRO0qI
— SP Open (@spopenoficial) September 4, 2025
O começo da temporada não foi dos melhores para Bia, mas uma boa campanha no US Open, onde foi até as oitavas de final, faz ela chegar para a disputa com um astral melhor. “Fui me encontrando aos poucos na Europa”, disse a paulista, que viu a campanha no último Grand Slam da temporada como fruto de muito trabalho. “Estava buscando sempre trabalhar quietinha, como eu sempre fiz, dividindo isso com o meu time e fazendo terapia”, contou a tenista de 29 anos.
“Mentalmente eu estou num momento muito melhor, estou me sentindo feliz, estou mais confiante e tive bons jogos da metade do ano para cá. Estou me sentindo forte, acho que consegui elevar meu nível não só de tênis, mas de competitividade”, observou a canhota paulista, que reconhece o início ruim de 2025 e os problemas de confiança que teve no decorrer da temporada.
“Tive um ano mais difícil, principalmente no primeiro semestre em que tive muitas derrotas. Em um mês você acaba fazendo dois jogos. Meu nível até estava alto, mas não conseguia encaixar as vitórias. Também acabei tendo algumas coisas pessoais fora da quadra, mas que passaram. Eu nunca perdi a crença, sempre fui convicta do caminho. Aprendi muito com as derrotas, com os momentos duros da minha carreira, então era uma questão de tempo”, falou a brasileira.
Torço para que consiga jogar bem, sem se vergar ao peso da pressão para ganhar. Mas não será fácil.
Torneio e festa inteirinha organizada e preparada pra ela ser campeã. E isso no fundo nem é uma boa notícia.
Quantos pontos valem o SP Open open?
250
125
250
Boa entrevista, mas quando diz “Meu nível até estava alto, mas não conseguia encaixar as vitórias” – essa é a parte que dói; imediatamente se pensa “só pode estar de brincadeira”.
No entanto, vê-se que ela acredita mesmo que estava jogando “em alto nível” naquele período e que não precisava mudar nada, seja rotinas, tipos de treinamento, estratégias… (beirando o absurdo)
Se muitas coisas melhoraram nesse período (o que necessariamente significa que não estavam tão boas antes), o saque continua triste, um verdadeiro horror; as meninas do torneio júnior lá no US Open (praticamente todas) estão sacando melhor, bem melhor.