Todo mundo tinha dúvidas de como Jannik Sinner iria reagir em uma segunda grande final contra Carlos Alcaraz depois da terrível vacilada que havia dado um mês atrás em Roland Garros. Para complicar, ainda deixou escapar um primeiro set já dominado. E aí o número 1 deu resposta à altura: mesmo num piso que deveria favorecer o espanhol e diante de um amargo jejum de vitórias sobre seu maior rival das quadras, Sinner deu um show de competência técnica e tática para conquistar Wimbledon, seu quatro troféu de Grand Slam e o primeiro fora da quadra sintética.
E olha que o placar ainda poderia ter sido ainda mais contundente, caso Sinner não tivesse desperdiçado os 4/2 que abriu logo de cara, permitindo quatro games consecutivos ao bicampeão em seu único momento de real perda de intensidade na partida. Frise-se que a abertura da tão aguardada final mostrava toda a tensão: os dois só encaixaram 55% do primeiro saque e Sinner cacifou apenas 56% desses pontos.
Já estava claro, no entanto, que Sinner viera para a decisão com a postura tática corretíssima. Atacou sempre que pôde e não vacilou em tentar concluir o ponto junto à rede na menor oportunidade criada. E vejam que diferença crucial: Sinner foi 40 vezes para os voleios, vencendo 30 desses pontos, enquanto Alcaraz só se arriscou em 23 lances, mesmo tendo ganhado 74%.
O problema de Alcaraz é que a bola profunda do adversário não permitia maiores aventuras. A variação com slices surtiu pouco efeito diante do backhand sólido e ofensivo, que soube tirar paralelas magníficas, e as curtíssimas surtiram raros lucros. O italiano lia muito bem essas tentativas e chegava com facilidade e respondia com qualidade.
Nos três sets vencidos, Sinner sacou quase sempre muito bem e não foi quebrado, tendo evitado os três break-points que permitiu, os mais importantes deles no 15-40 do oitavo game do quarto set, que daria a perigosa chance de Alcaraz reagir. Ou seja, a cabeça estava focada e confiante. Na hora de liquidar a partida, ao invés do que aconteceu em Roland Garros, foi absoluto. Ainda assim, o duelo desta vez esteve longe de Paris em termos técnicos e de emoção com quantidade de winners igual à de erros dos dois lados.
Sucesso em cima de dois campeões
Quem diria que o tenista que esteve tão ameaçado de dar adeus ao torneio lá nas oitavas de final, com cotovelo dolorido e um entusiasmado Grigor Dimitrov em ampla vantagem no placar, conseguiria tão espetacular recuperação física e mental, tendo feito ressonância magnética e economizado nos treinos antes de superar, com clareza, Alcaraz e Novak Djokovic, os dois homens que conquistaram todos os seis mais recentes títulos de Wimbledon.
Sempre contido nas comemorações, embora muito mais sorridente do que o habitual, Sinner reequilibra as forças do circuito, encerrando a incômoda sequência de derrotas para Alcaraz. Aliás, caso não tivesse deixado escapar o match-point em Paris, estaria hoje com todos os Slam da temporada no bolso e ficaria com a possibilidade real de fechar o Slam no US Open, onde é o atual campeão.
Sua quarta conquista nos maiores torneios, a terceira em quatro finais consecutivas, o recoloca perto dos cinco títulos de Alcaraz e o faz igualar Jim Courier e Guillermo Vilas no quadro geral do tênis masculino, o que não é pouca coisa para quem soma ainda 23 anos. Mesmo tendo ficado três meses parado por conta da punição por doping, já está a 1.540 pontos da liderança do ranking da temporada, projetando uma disputa acirrada com Alcaraz pelo número 1 quem sabe já no US Open. Será divertidíssimo.
Carlitos perde assim sua primeira final de Slam em seis participações, mas tudo leva a crer que a derrota será muito menos traumática do que o vice olímpico, frustração que custou atuações abaixo da média por quase todo o segundo semestre. Afinal, sobra competência para ele sobre a quadra dura e retornar à ponta do ranking tem de ser uma motivação.
E mais
– Um dos maiores ídolos do esporte italiano no momento, Sinner é o primeiro tenista de seu país a ganhar Wimbledon, algo que Matteo Berrettini e Jasmine Paolini não conseguiram.
– Alcaraz perde também a série invicta de 24 partidas desde a derrota na final de Barcelona. Entre Monte Carlo e Wimbledon, ele fez seis finais seguidas e ganhou quatro.
– Os líderes do ranking devem se reencontrar em Toronto, dentro de 14 dias. Sinner só fez quartas lá no ano passado e Alcaraz nem competiu. Italiano defenderá na sequência Cincinnati, onde o espanhol caiu na estreia.
– Elise Mertens e Veronika Kudermetova impediram que Jelena Ostapenko virasse líder do ranking de duplas e que Su-Wei Hsieh ganhasse Wimbledon pela 5ª vez. Mertens tem agora 5 Slam e a russa venceu seu primeiro.
– Um dueto genuinamente britânico não ganhava Wimbledon desde 1936 e esse tabu foi quebrado no sábado com a conquista de Julian Cash e Lloyd Glasspool em cima de Rinky Hijikata e David Pel.
– O leste europeu levou os dois títulos de simples juvenil com tenistas de 16 anos e já com pontos no ranking profissional: o búlgaro Ivan Ivanov repete Dimitrov e a eslovaca Mia Pohankova só perdeu um set, aquele para Naná Silva.
O sinner me surpreendeu,achava que o alcaraz ia passar o carro mas o esporte tem dessas coisas ,venceu o melhor tenista .
Dalcim ,dessa nova geração vejo potencial pra acompanhar o sinner o Draper e holger rune e o João Fonseca,tem mais algum que pode incomodar ?
Jack Draper e Ben Shelton podem crescer muito ainda.
Discordo apenas de um nome: Holger Rune. Este dinamarquês não está, em minha opinião, à altura de Sinner ou Alcaraz.
Nesse momento Sinner e Alcaraz estao voando na estratosfera, bem acima de todos os outros jogadores. Mas o Rune Dinamarques ainda nao amadureceu, e esta bem abaixo do seu potencial fisico, tecnico e tatico. Se nao mudar a mentalidade vai perder o bonde, assim como o Zverev e Tsitsipas que ja ficaram para tras.
A disputa pela liderança no tênis muda muito a cada término de um grande torneio. O que está difícil de mudar é a hegemonia de dois jogadores nos majors. Mas, quem sabe esse ano ainda uma terceira potência comece a se levantar… Já se sabe que brasileiros têm por quem torcer nessa questão.
Verdade Evandro. Penso que o nosso Fonseca, em breve, começará a dar muito trabalho para os dois tops do momento.
Hã..
Ate mesmo o todo poderoso Sinner faturou seu primeiro grand-slam “apenas” em Janeiro 2024, por volta dos 21-22anos. Ja seria fantastico se J.F. continuar sua trajetoria ascendente para beliscar grandes torneios daqui a 2 ou 3 anos. Mesmo com todo o potencial ainda vai ter que ralar muito para brigar pelos grandes torneios.
Concordo sinner e o alcaraz vão dominar o circuito por alguns anos viu
Hã.,..
No dia internacional do rock, melhor gênero musical existente, nada de derrota do GOAT dos esportes Djoko e tampouco tricampeonato consecutivo do Alcaraz, que conta com a maioria da torcida terceirizada. Até que dá pra abrir um leve sorriso de lado de rosto.
Teu gosto musical é fraquinho, hein?
Tente me superar então.
Ainda com este papinho de Terceirizada ? . Hoje, quadra Central com gente pelo Ladrão , e torcida dívida para os dois Fenômenos. Irias ter uma síncope se Tourinho Assassino vence o sexto SLAM com apenas 22 anos . Teu sorriso é porque ambos já perderam uma FINAL . Somente esqueces que “ goat “ perdeu 13 . Vamos combinar que 5 x 4 antes dos 24 , não é nada para comemorar , caríssimo Piloto . Ficastes na verdade , bastante ressabiado.Rsrsrs, Abs !
Vi seu sorriso amarelo daqui, Sr. SR. Na verdade, está sangrando horrores por dentro com o vice do nosso freguês 5×3 no h2h. Rsrsrs, abs!
Fale, Dalcim!
Apenas discordo de um pontinho em seu ótimo texto. Tivesse Sinner vencido em Paris, não há nenhuma garantia que ganharia em Londres. Esse dois vão altera se muito os momentos de confiança e pode ser que Alcaraz tivesse totalmente inspirado hoje e concentrado para dar o troco. A verdade é que nunca saberemos, mas certamente o que acontece em um jogo, o quanto se recuperam ou relaxam pode impactar no jogo seguinte. Vida longa aos dois fenômenos da atualidade! Abraços!
Do mesmo modo Iga.
Ela foi mal nos torneios de saibro e teve que fazer ajustes no seu jogo para a temporada de grama: melhorou o saque e a devolução (mais rápida).
Essas dificuldades ou deixam o(a) tenista no fundo do poço, ou faz ele(ela) evoluir.
Para o lado positivo foi o que ocorreu com Sinner e com Iga.
Iga, agora é uma tenista muito perigosa, pois além do saibro está se adaptando nas quadras rápidas.
Para o lado negativo foi o que ocorreu com Zverev, que, no AO, perdeu mais uma chance de vencer um GS.
Zverev precisa tentar novas estratégias, ser mais agressivo ou continuará vendo tenistas de outras gerações vencendo GS e ele não.
Vitória maiúscula do Sinner, que vinha de 4 derrotas pro Alcaraz, tendo perdido logo 3 match points no último encontro. Ainda por cima começou perdendo o primeiro set após liderar por 4-2. Provou hoje o quanto é forte de cabeça.
A final achei morna… Sinner baixou o nível no primeiro set. Poderia ter levado o título por 3 x O. Achei estranha a postura do Alcaraz, lembrando os duelos entre eles até 2023, com o espanhol correndo muito e levando desvantagem nos ralis. Acho que faltou ele variar do fundo, quis entrar na pancadaria e se complicou.
Sinner leva esse título em cima do Alcaraz, mesmo sem estar em seu piso mais confortável, vencendo 3 sets seguidos… isso é monstruoso. Ele realmente é o melhor jogador da atualidade, por mais que o Alcaraz seja muito completo.
O italiano tem dominado as quadras rápidas e isso deixa a briga pelo número 1 interessante. Sinner ficou 3 meses afastado do circuito, mas somou pontos fazendo final em Roma/Roland Garros e vencendo Wimbledon. Para o segundo semestre Alcaraz precisa parar de oscilar em final de temporada, senão vem aí a segunda temporada consecutiva de Sinner como número 1.
Realmente o Sinner, além de ser um tenista completo, tem um mental extraordinário.
Achei gigante da parte dele. Djokovic e Nadal tiveram um mental impressionante, durante anos e anos. Sinner e Alcaraz demonstram isso também. Veremos por quanto tempo sustentam.
Concordo plenamente que Sinner tem autocontrole emocional extraordinário. Basta ver como na final de Roland Garros o italiano ficou absolutamente firme até o fim, a despeito de estar lutando contra uma virada. Porém, tenho que apontar que os golpes defensivos e a presença dele na rede ficam bem abaixo do restante de seu jogo.
O Sinner opta por se defender atacando, enchendo a mão… não sei por quanto tempo se sustenta, é legal até de ver.
Moral de Wimbledon: o melhor jogador na grama atualmente é Dimitrov, e desde a aposentadoria de Federer já poderia ter ganhado umas 4 vezes lá. Porém receio que é um tenista adepto de grande curtição como Bagdhatis era e assim não aproveitou a melhor idade para acumular conquistas como seria vencer Wimbledon.
Kkkkkkkkkk
Poste as campanhas do Dimitrov nos últimos 4 anos aqui, Ronildo.
Talento desperdiçado Paulo
Meu caro, a cada dia vc se supera nos comentarios. O búlgaro é um excelente jogador, um craque, mas daí a vencer 4 GS se não fosse a boemia, tem uma grande diferença…
Obs: e o cara tem bom gosto, agora esta namorando aquele atriz maravilhosa, a Eiza Gonzalez…
Na boa , caro Ronildo. Sinner se lesionou logo no início da partida. Não treinou no dia seguinte , para fazer ressonância magnética no cotovelo. Dimitrov fazia bela partida, mas vamos combinar que 5 desistências consecutivas em SLAM, é um pouco demais…Abs !
Passou da idade Sérgio. Esse não recupera mais o tempo perdido.
Ainda veio com aquela hipocrisia que não sabia se ia jogar , acho Sinner um tremendo jogador , mas precisa ter um pouco mais de caráter , aquele doping eu não tenho dúvidas que ele sabia.
Se na curtição do Dimitrov está incluído o caso com a Sharapova, está plenamente justificado!
Depois de o italiano bater em bêbado nas semis, enfim uma partida boa de assistir! Parabéns para os dois sucessores do maior e melhor da história, Roger Federer!
Nunca apreciei a personalidade sem sal de Federer. Mesmo assim, não dá para negar que os golpes de fundo dele eram ainda mais potentes e precisos do que os dos finalistas de hoje. Nos contra-ataques, então, o suíço adorava fazer um winner…
Rapaz, Djokovic entrou na sua mente mesmo hein…
Não há um comentário seu em qualquer assunto que você não coloque o sérvio.
Normal, DjokoGOAT causou muitos traumas nos torcedores do amarelão, tri vice do GOAT em WB.
Acho que estou cego, pois não li o nome do citado por vc no meu comentário…
Dalcin descreveu bem demais oq foi o jogo: Sinner entrando desde o começo com a acertadissima postura de sufocar o espanhol, forçando-se sempre q possível a assumir as rédeas do ponto, pra mim foi claramente essa postura q não deixou o espanhol subir mais a rede(e n qlqr opção tática do Carlos)..
Só senti falta no texto(e sobretudo se formos comparar com a final em RG semanas atrás) de salientar a diferença nos % de primeiros serviços em quadra: enquanto o espanhol manteve um inaceitável percentual com pouco mais da metade dos 1°s saques em quadra, o italiano conseguiu botar mais de 60% do seu poderoso 1° serviço em campo.. eu diria q isso foi tão importante qnt a postura tática do Italiano para o resultado em quadra hj..
O num exercício de futurologia: ninguém duvida do talento do espanhol- q concordo, é sim o jogador com a melhor caixa de ferramentas q surgiu desde(talvez) Federer- mas, o vejo com muiiitas dificuldades de barrar o italiano no piso sintético em melhor de 5 sets, fora q o espanhol se torna bem mais “sangravel” para o resto do circuito nessas condições de jogo..
Ele barrou o Sinner no US Open, em 2022. Só que mesmo naquele jogo o Sinner teve todas as chances de levar e acabou amarelando. Concordo contigo, acho muito difícil pro Alcaraz barrar o Sinner no AO ou US Open… mas com certeza o espanhol deve buscar ajustes, assim como o próprio Sinner.
Vamos combinar que vias Sinner com dificuldades de barrar Alcaraz no Saibro e na Grama . E até antes desta partida , a maioria do Site, chamava Jannik de freguês e amarelão, devido aos 3 matchpoints perdidos . Alem de um Título no USOPEN, Carlitos venceu até em Indoor nesta Temporada . Este é um “ sangravel “ indigesto…rs. Abs!
Pelas características de ambos é o óbvio imaginar o Alcaraz tendo alguma vantagem no saibro(por diminuir o peso das suas “deficiências” em saque e devolução) e na grama(por maximizar os ganhos as suas valências técnicas/capacidade de variações) e; tendo alguma desvantagem no sintético- sobretudo em condições mais velozes- por premiar a capacidade do Sinner de conseguir espancar a bolinha dos 2 lados com uma consistência absurda..
E, sim, Alcaraz fica beeem mais exposto no piso sintético(e novamente sobretudo nos em condições mais velozes) porque fica muiiito mais propenso a perder o comando dos pontos naquela dinâmica de um grande saque + primeira bola..
Eu torço pros dois, torço pra q os dois (ou tres, se o João ajudar) façam muitas finais. Mas pro bem do tenis, tenho torcido por Sinner – nada desse negócio de 1 ter um h2h muito favorável, como já aconteceu antes em outras rivalidades. Parabéns pro Sinner por exorcizar tão implacavelmente esse fantasma. No US open quero apenas ver um grande jogo – o de hoje, nao foi.
Com a viuvez generalizada da torcida, depois da aposentadoria dos Três Maiores (embora ainda não formal do Djokovic), acho que a maioria passa a torcer não por um ou outro tenista, mas pela qualidade do jogo de tênis. Eu acrescentaria, na sua lista, Shelton, Draper e Mensik.
Verdade, dessa nova geração aí gosto mais de Sinner e Fonseca. Tô aprendendo a gostar do Alcaraz (rs)…
Tem uns que não dá… Fritz, Zverev, Rune, Shelton…
Alcaraz é muito bacana.
Como pessoa e como tenista.
Mas com a torcida que ele herdou? Não dá.
Infelizmente Fonseca não irá dar nada se continuar com o seu técnico. Precisa aumentar a caixa ferramenta.
No post anterior não tinha intenção de desmoralizar o colega de blog, mas, enfim. Vida que segue!
Agradeça a mim e ao Paulo, rsrs, abs! Sempre um prazer debater contigo, Marquinhos.
Chupa herdeiro!
Chupa Vale do Legado!
Chupa viúvas!
Graças a Deus que eu torci pro Sinner
Já pensou eu ter que passar raiva com um doido de pedra desse? rs
Torça pra surgir um terceiro grande jogador não, caso contrário o teu GOAT vai ter seus recordes quebrados nos próximos 10 anos pelo Italiano: Frio, focado e com todos os golpes. Aí tu morre, caso aconteça.
Assim como tu torças para que Sinner não supere as 287, o recorde que sobrou do “muso”.
Assim como tu, caso Sinner supere as alentadas 287 do terceirão.
Não é meu GOAT.
Ele é o GOAT por causa das conquistas dele, independentemente de minha preferência.
Dalcim, quem tu vês com maiores chances em fazer o Carrer Slam – Alcaraz AO ou Sinner em RG?
Acho que os dois têm as mesmas chances, Paulo.
Mas quem consegue primeiro?
O tenista mais regular e completo da atualidade foi campeão, parabéns sinner e quanto ao Alcaraz um gentlman.
Dalcim, boa noite. Parabéns pelo texto, excelente como sempre.
Acho q foi o segundo texto q leio essa semana sobre a partida Sinner-Dimitrov ter sido nas quartas, mas acredito q foi nas oitavas, pois depois o Sinner venceu Shelton-Djoko-Alcaraz.
Verdade! Obrigado pela observação.
O jogo em termos de emoção, foi muito aquém do esperado. Nem um tie-break teve. Uma pena pro Alcaraz (seria o terceiro título consecutivo ali), mas bom pro Sinner que vinha perdendo terreno pra ele. Parabéns aos dois!
Venceu o melhor, como já deveria ter sido em RG
Que consagração para o Sinner, depois da suspensão e da final dolorosa de RG, vence no local menos improvável. Agora é fazer o gira e ir para o US Open. Até mais!
Como eu disse em outro lugar, o número um venceu, mas não convenceu. Sinner cometeu diversos erros não forçados e jogou bem feio na rede – como ele faz não raramente nesse setor da quadra. Porém, Alcaraz vacilou muito, cometeu diversos erros de primeiro saque e fez várias más escolhas táticas, dando azo a contra-ataques do italiano.
De toda maneira, eu estava torcendo muito por Sinner, para que a vitória dele fosse uma forma de compensar a final de Roland Garros, que foi traumática até para mim. É bom não esquecer que em confrontos diretos Alcaraz ainda tem 8 x 4.
8 a 5, colega.
Realmente correto: 8 a 5. Mas há uma vitória adicional de Alcaraz sobre Sinner – então deveria ser 9 x 5 – que, goste-se ou não, é um prenúncio, já que ocorreu por torneio profissional e após a profissionalização de ambos.
Discordo. Jannik Sinner não perderia pra ninguém com esta atuação. Bateria Djokovic com extrema facilidade. Quanto a h2h , é inacreditável esta preocupação, pois irão jogar perto de 50 partidas. O que importa são as conquistas. No momento 21 a 20 para Alcaraz e 5 x 4 em SLAM. Ambos já triunfaram em todos os Pisos . Mas falta RG no Saibro para Sinner. Abs !
Parabéns ao campeão Jannik Sinner, que há tempos entrou para a história do tênis italiano e desde então vem colecionando uma façanha atrás da outra. Também torço para que o Fonseca confirme a expectativa de ser uma terceira força no circuito, embora a realidade nos puxe mais para baixo nesse quesito. Uma curiosidade sobre o jogo: os pontos finais do primeiro e segundo sets foram igualmente espetaculares e os últimos pontos do terceiro e quarto foram resultado de saques avassaladores que o italiano carimbou em cima do espanhol.
Vendo o resultado de Wimbledon lembrei-me de uma frase bíblica: dai a Cesar o que é de Cesar e dai a Deus o que é de Deus
Dalcim, que frieza do italiano após perder o primeiro set com quebra à frente e tendo levado duas curtas com escorregões desconcertantes. O filme de RG devia estar vindo direto. Depois beirou a perfeição, sufocando o tempo inteiro e indo buscar as bolas na rede com muito mais frequência, como tinha de ser. Que frieza o ace de segundo saque no 30 iguais, 3×4 no terceiro set, na linha! Se tivesse perdido, sofreria mais 4 meses até o US Open, então que bom que a freguesia se quebrou. O Sinner mal comemorou a vitória. Pareceu mais alívio que alegria. Bom para o equilíbrio do tênis, estou curioso sobre a nova evolução que Alcaraz fará com essa derrota. Obrigado pelos textos diários, o que só ocorre em GS, e são tão bons quanto os jogos. Abraço.
Obrigado, Emilio!
Dalcim, vejo sempre comentários sobre a mudança da grama de hoje ter ficado mais lenta e a padronização das quadras, você sabe quando começaram essas mudanças? E o por que isso aconteceu?
Vendo a convicção do Sinner pra fechar hoje me veio que na verdade aqueles match points no saque do Alcaraz em RG atrapalharam ele, talvez sem eles ele teria se dado melhor no seu serviço, na hora de fechar me lembro que ele sacou muito mal.
E outra coisa sobre o Sinner, o jogo dele tem muito “a cara” de jogo capaz de ganhar os 4gs no mesmo ano, sei que é quase impossível isso acontecer, mas ele tem o que precisa. Se vencer o us open, os mp em Roland garros vão ficar ainda mais pesados, kkkkkk.
O movimento para desacelerar o jogo como um todo vem desde a virada do século, Pedro. Pouco a pouco, deixaram também a bola mais lenta. No caso da grama, a principal mudança foi na rigidez do piso, o que faz com que a bola quique mais alto do que antes, o que permite assim mais trocas de bola da base.
Ainda bem que parece definitivamente enterrada a cultura acintosa trazida para o tênis por meio dos costumeiros finalistas destemperados de Slam, como as malucas Serena, Hingis, Venus e Capriati, e os desequilibrados McEnroe, Safin, Djokovic (sem negar seu espetacular talento) e Medvedev – além dos secundários Tsitipas e o tatuado Kyrgios. Certamente por alguns anos teremos o privilégio e o prazer de ver tenistas que têm comportamentos exemplares para a criançada e agradáveis para todos nós, em Sinner, Alcaraz, Fonseca, Sabalenka e Iga, para falar dos mais próximos.
Sabalenka?
Talvez eu tenha mesmo errado quanto a Sabalenka. Assisti a poucos jogos dela. Na quadra o comportamento dela, ao menos dos raros a que assisti, foi sempre impecável. Inclusive risonha após premiação de vice-campeonato. Todavia, sim, várias declarações dessa tenista são muito inapropriadas e, por vezes, desaforadas. Você poderia me indicar, por gentileza, alguns jogos ou momentos em que, durante ou ao final dos jogos, ela deu “mancada”?
Entre os destemperados, faltou citar Jimmy Connors… que não se dá com o McEnroe até hoje.
Pensei nesse nome, realmente. Porém daí 97% da criançada poderia pensar que é algum tenista 2.500º da ATP. Acho que os adolescentes poderiam assistir a uns jogos do “Jimbo”, para saber que a “raça” no tênis não nasceu com Nadal.
E faltou também Ilie “nasty” Nastase. Mas de todos os citados, o pior, disparado, é o Kyrgios. Já deveria ter sido banido do esporte, pelo,menos na minha opinião.
Sabalenka?
Até o início do jogo, não sabia para quem torcer, apesar do jogo do Alcaraz me interessar mais. Tinha uma pequena predileção pelo Sinner, pelo fato de ter vacilado feio em RG. Quando vi a mãe do Italiano, lembrei logo do que ela sofreu há um mês atrás. Então, ficou mais fácil minha escolha rsrsrs…
Dalcim vc acha que Sinner x Alcaraz já está no top 10 de rivalidade na ATP ?
Acho um pouco cedo, mas a tendência é se tornar uma enorme rivalidade.
Esse resultado foi bom para o tênis. Se o Sinner perdesse, talvez poderia desanimar ou deixar o Alcaraz entrar na cabeça dele, e com isso, poderia até perder pro sérvio chiliquento em algum GS, e no momento, o que mais precisamos é o máximo de jogadores com potencial para varrer ele nos GS, afinal 24 GS já é uma aberraçao para o jogo robótico e sonolento dele.
Inclusive falta mais uns 2-3 jogadores no top 10 para começar a já derrotá-lo numas oitavas ou quartas de GS. Se Sinner/Alcaraz “representam” Federer e Nadal nos tempos atuais, falta um Murray/Delpo/Wawrinka para aplicar umas derrotas. Pensei que o Zverev amadurecendo poderia ser esse cara…
Mas enfim, outra final de altíssima qualidade técnica entre dois jogadores que já cativam o público, cada um a sua maneira, sem se esforçar, sem precisar fazer dancinha, imitação, etc. E ambos extremamente respeitosos, dentro e fora das quadras. O Djokovic poderia aprender seus últimos momentos de carreira para aprender um pouco com ambos…
Alias o tênis será muito bem representado nos próximos anos. Alcaraz é o que mais se aproxima da caixa de ferramentas do Federer e o Sinner… sei lá, primeira vez que vejo um jogador como ele. Impressionante como espanca a bolinha dos dois lados. Saca muito e sabe fazer todo o resto. Curtinhas, voleios… se evoluir ainda mais vai ficar muito perigoso. No momento é meu jogador favorito. Já vi umas comparações entre ele e o Djokovic e não tem nada a ver. Ele tem muito mais bola, e um jogo bem mais interessante de assistir. É como se fosse a agressividade do Federer, com uma esquerda firme de duas mãos e uma direita estilo Del Potro. Que continue evoluindo e dê mais algumas surras no sérvio. Ver a cara dele de perdido quando enfrenta o Sinner é muito engraçado! Hahahaha.
Puxa, Daniel C, achei que você tinha esquecido o Djoko depois de tanta surra, ano após o ano. Sumiu do blog, pô.
Sinner parecido com Federer? Palmeiras joga parecido com o Flamengo também.
Eu sou um fã do Sinner, na derrota em RG eu desanimei com o tênis e disse que não iria mais assistir uma final entre Sinner x Alcaraz, já estou perto dos 40 e meu coração não suporta tanta emoção como foi na final de RG. Agora mesmo eu torcendo demais para o Sinner eu não posso ser irracional em falar que o Novak Djokovic tem um jogo robótico e sonolento, ele não precisa provar mais nada no tênis, tem quase todos os recordes e mesmo com 38 anos é ainda um jogador fantástico, acredito que Sinner ou Alcaraz irá superar os 24 Majors dele, apenas acho porque são números incríveis.
Resumo do tijolo: Federer terceiro da história, rumo à quarta colocação.
Boa, Daniel C.
Desopilando o fígado após tantos anos de amargor.
De um lado, o ano de 2024 foi, tanto para Sinner como para Iga, muito frutífero para suas carreiras. Combinados, ambos conquistaram 3 GSs e mais outros 10 títulos. Venceram entre 88% e 93% de todas as partidas do ano e terminaram o ano muito bem ranqueados.
Do outro, foi o ano do doping de ambos. Os casos, como sabemos, já foram resolvidos, mas os trâmites fizeram muitas testas franzirem. De toda forma, ambos foram sumariamente crucificados por boa parte do tribunal online e até por players e nomes da ativa/antiga.
Para a felicidade de uma parte dos fãs, a minha inclusa, hoje eles dão mais essa volta por cima e mostram que o baque foi absorvido e assimilado. Estou muito feliz por eles.
Então, mesmo ela tendo uma postagem exclusiva pra ela, eu ampliaria esse título do post para:
“As Respostas Maiúsculas do Sinner e da Iga”.
Paz.
Como já disseram aqui: grande dia pro tênis. Essa vitória do Sinner coloca uma pá de cal no tormento mental que ele poderia, possivelmente, estar passando ao enfrentar o Alcaraz. Vejo o Alcaraz como um jogador mais talentoso tendo a vantagem técnica sobre o Sinner, enquanto o Sinner tem a vantagem da consistência. Nessa fórmula o fator mental pode pesar bastante e, ao meu ver, Sinner equilibrou as coisas hoje. Começa a gira de quadra dura e acho que ele leva o USO, Finals e AO, mas… assim como Alcaraz perdeu no piso onde estava sendo imbatível há 2 anos, Sinner também pode cair no seu terreno. Veremos os próximos episódios.
Sinner rumo às 300 semanas consecutivas como número 1.
Se eu viver maus 30 anos, tenho 52. Tenho certeza que jamais verei um brasileiro ou brasileira ganhar em simple em wimbledon. Infelizmente
E também tenho certeza que jamais verei um brasileiro ou brasileira ganhar em simples no Austrália open e US open, já Roland Garros pode até ser. E tenho certeza também que jamais verei o Brasil ser campeão da Copa Davis.
Sinner fez por merecer. Agora, os jogos entre eles precisam ser muito melhores para que essa rivalidade entre no panteão que a querem colocar. Uma opinião provavelmente polêmica: a final de RG foi emocionante, sim, mas muito mais pelo enredo do que pelo jogo em si. Quem assistiu os grandes jogos entre o big 3, especialmente entre Djokovic e Nadal, não terá dificuldades de lembrar de jogos que, mesmo decididos em quatro sets, proporcionavam muita mais emoção, e isso por um simples fato: a luta nas trocas de bola. Hoje, com a velocidade em que jogam Alcaraz e especialmente Sinner, esse elemento da emoção das trocas é muito menor. Sinner tem um jogo simples, cirúrgico, perfeito em sua peculiaridade, mas tamanha é a sua antecipação com paralelas, bolas pesadas e rápidas, que faz perder muito na emoção. Um pouco como funcionavam os grandes “sacadores” de antigamente. O jogo de hoje, dominado por ele, foi um grande exemplo disso. Longe de ter sido um jogo ruim, foi um jogo sem emoção. Essa é uma realidade dura e aqueles que viveram os jogos entre o big 3 sabem do que estou falando.