Alcaraz: “Depois de Miami, precisei de alguns dias para me recuperar”

Foto: Barcelona Open Banc Sabadell – Trofeo Conde de Godó

Barcelona (Espanha) – O afastamento voluntário de Sara Sorribes das competições, para cuidar da saúde mental, movimentou o noticiário desta quinta-feira no tênis espanhol. Principal jogador do país na atualidade, Carlos Alcaraz falou sobre o caso após sua vitória nas oitavas do ATP 500 de Barcelona.

O número 2 do mundo desejou pronta recuperação à compatriota e relembrou que ele mesmo precisou de um tempo longe do circuito após a surpreendente eliminação na estreia do Masters 1000 de Miami. Segundo o espanhol, os dias de descanso e reflexão ao lado da família foram essenciais para reencontrar seu melhor nível, o que se confirmou com o título conquistado na última semana em Monte Carlo.

“Hoje em dia, infelizmente, nós e todo mundo damos muita atenção às redes sociais. Lemos todos os tipos de comentários e, por azar, damos mais atenção aos negativos do que aos positivos e isso nos afeta”, afirmou Alcaraz, durante coletiva de imprensa. “O tênis é um esporte muito exigente, semana após semana, torneio após torneio… Isso exige um nível mental altíssimo. Muitas vezes você não percebe que precisa parar até chegar a um limite em que parar por alguns dias já não é suficiente. Graças a Deus, eu não cheguei a esse ponto de precisar de vários meses parado. Bastaram alguns dias e isso já me ajudou”.

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O espanhol contou que reconheceu a necessidade de “desconectar” logo após Miami. “Às vezes é preciso entender o que o corpo e a mente precisam. Depois de Miami, eu sabia que precisava de alguns dias sem pensar em tênis e estar com a minha família, com as pessoas que eu amo para clarear as ideias. Esses cinco dias foram muito valiosos para mim e me fizeram perceber o que era importante. Isso me ajudou muito a começar bem a temporada de saibro, com Monte Carlo”.

Ele também lamentou a pausa de Sorribes, com quem tem boa relação no circuito. “É triste ver a Sara, uma pessoa tão alegre, dizer essas palavras e anunciar que vai deixar o tênis por alguns meses. Desejo que ela encontre as respostas que precisa e que possamos vê-la em breve curtindo e lutando como sempre, porque ela é uma grande guerreira”.

Espanhol prefere os Masters 1000 de uma semana

No momento em que muitos Masters 1000 estão sendo estendidos para duas semanas, como Indian Wells, Madri e Roma, o torneio de Monte Carlo segue com o formato tradicional, disputado em sete dias. E para Alcaraz, esse modelo mais compacto é o ideal. “Eu prefiro os Masters 1000 com uma semana de duração. Acho muito melhor para o tênis. Desde a primeira ou segunda rodada já vemos partidas de altíssimo nível e o público pode aproveitar desde o começo”.

“Para nós, é melhor porque reduz os dias longe de casa e a exigência mental”, explicou. “Dizem que, com duas semanas, temos dias de descanso entre os jogos, mas não descansamos de verdade, porque precisamos treinar e nos preparar mentalmente. Quando estamos em torneio, mentalmente não se descansa. E isso é complicado: ficar duas semanas mantendo o foco a 100%. Mesmo sendo mais exigente fisicamente, prefiro muito mais os torneios de uma semana”.

Melhora em relação à estreia em Barcelona

Sobre sua atuação nesta quinta, Alcaraz celebrou o desempenho sólido na vitória por 6/2 e 6/4 sobre o sérvio Laslo Djere. O espanhol avaliou que conseguiu subir o nível em relação à estreia contra o norte-americano Ethan Quinn e, acima de tudo, se preservou fisicamente para os jogos mais duros que virão na reta final do torneio. Bicampeão em Barcelona, Alcaraz volta à quadra nesta sexta-feira, às 11h (de Brasília), para enfrentar o australiano Alex de Minaur, atual número 7 do mundo. O espanhol venceu os três confrontos anteriores entre eles no circuito.

“Acho que joguei um ótimo tênis, até melhor que na primeira rodada, mesmo tendo que reagir quando estava 4/2 no segundo set. Ele começou a jogar muito melhor naquele momento, mas estou muito feliz por ter reencontrado um grande nível e espero continuar assim”. E concluiu: “Quanto mais eu conseguir vencer em sets diretos, melhor. É importante guardar energia para as partidas que virão”.

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José Afonso
José Afonso
1 dia atrás

Como sempre digo sobre ele: mental fraco.

Tem talvez um décimo da fortaleza mental de seu compatriota mais famoso.

Marcelo
Marcelo
1 dia atrás
Responder para  José Afonso

Mental fraco.. 4 slams, numero 1 mais jovem da história e feliz.
Esperar que todo espanhol (ou tenista) vai ser um Nadal não é o caminho. Admirar o que ele fez (pq é unico) e abrir espaço para outros o sucederem sim.

José Afonso
José Afonso
1 dia atrás
Responder para  Marcelo

3 desses 4 Slams tiveram asteriscos, o número 1 foi por sorte da pandemia e proibição dos russos em Wimbledon. Mesmo que não fosse o caso, não significam, por si só, um mental forte. A técnica poderia ser tão superior ao adversário que compensasse isso, assim como o adversário pode ter um mental pior ainda.

Julio Marinho
Julio Marinho
1 dia atrás
Responder para  José Afonso

Nem tanto, José Afonso. É inconstante. Mas vencer as 4 primeiras finais de slam e as 6 das 7 primeiras de Masters mil, já tornam esse argumento de mental frágil, sem muitas ponderações, impreciso.

José Afonso
José Afonso
1 dia atrás
Responder para  Julio Marinho

3 desses 4 Slams tiveram asteriscos e, mesmo que não fosse o caso, não significam, por si só, um mental forte. A técnica poderia ser tão superior ao adversário que compensasse isso, assim como o adversário pode ter um mental pior ainda.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
1 dia atrás
Responder para  José Afonso

Exato. Estes asteriscos somente na prancheta do Sr José Afonso rs . Para ATP e Especialistas do Esporte,foram conquistas inquestionáveis. Não apela meu caro , pois demonstras muita parcialidade . Djokovic ainda vai levar SLAM pra cima de Carlitos, mantenha a fé… rsrs. Abs !

José Afonso
José Afonso
1 dia atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Já levou um… ou esqueceu de Roland Garros 2023? Se enfrentaram na semi, em final antecipada e o sérvio levou, rsrs.

Se formos para finais, temos M1000 e Olimpíadas. Se seguir em semi, tem ATP Finals também.

Wimbledon 2024 o sérvio estava recém-operado, nem era esperado jogar o torneio, muito menos chegar à final. Vai comemorar uma vitória dessas? Rsrs.

WB 2023, sim, o garoto teve mérito — e um pouco de sorte também. Mas o histórico recente é: 5 partidas, 4 vitórias do GOAT (incluindo aí Slam e final olímpica), sendo que jogou 3 dessas 5 partidas com lesão ou recém-operado. Será que já entrou na cabeça do menino? Kkkkk.

Julio Marinho
Julio Marinho
1 dia atrás
Responder para  José Afonso

Vencer as 4 primeiras finais de slam não é mental forte? Ele enfrentou o Djok duas vezes e você falou que o adversário poderia ser inferior a ele ou mental pior ainda. Enfim, com esse tipo de torcedor, Djok deveria se preocupar.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
1 dia atrás
Responder para  José Afonso

Exato. Rafa Nadal tinha muita facilidade para defender seus Títulos fora do Saibro, não é mesmo , caríssimo José Afonso ? . Daí sua grande fortaleza mental , em relação ao Bicampeão de WIMBLEDON consecutivo pra cima de Djokovic…rs. Abs !

José Afonso
José Afonso
1 dia atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

E por acaso ele tinha mental mais forte no saibro? rs. A questão dele é que não era tão bom jogador em pisos mais rápidos, por isso ficou sem nenhum ATP Finals. Rsrs, abs!

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
1 dia atrás
Responder para  José Afonso

Ia me esquecendo. Rafa Nadal defendeu Título no AOPEN, Wimbledon ou USOPEN ? rs. Abs !

M. Lima
M. Lima
1 dia atrás
Responder para  José Afonso

Essa comparação entre Carlitos e Rafa pode até parecer natural pra quem vê de fora, mas é rasa. O Rafa chegou como fenômeno, mas sem a pressão de substituir ninguém. Ele construiu seu caminho do zero. Já o Carlitos nasceu no olho do furacão: todo mundo esperando que ele seja o ‘novo Nadal’, como se fosse possível replicar uma lenda sob encomenda. E o mais cruel? Ele faz isso em plena era das redes sociais — onde cada vitória é banalizada e cada derrota vira massacre. O Rafa não teve que lidar com isso. Nem metade disso. O Guga, inclusive, já disse que a carreira teria sido muito mais difícil se ele tivesse jogado nesse ambiente tóxico de hoje. E mesmo assim, o Carlitos, com só 21 anos, segue enfrentando tudo isso de frente. Ele já conquistou mais do que muitos sonham, e ainda assim, é cobrado como se fosse um robô invencível. Mas ele não desmorona, não foge, não perde a essência. Porque ele pode até ser jovem — mas fraco ele nunca foi. A cabeça dele? Já provou ser de campeão.

José Afonso
José Afonso
1 dia atrás
Responder para  M. Lima

Compare então com Sinner, que vive na mesma era. O italiano dá um banho no espanhol!

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
1 dia atrás
Responder para  José Afonso

Exato. Daí ter perdido as últimas três partidas de maneira Consecutiva para Carlitos. Deve ser pelo mental muito superior…rs. PS: . Jannik Sinner já possui 23 anos , e levou seu primeiro SLAM ano passado… Abs !

José Afonso
José Afonso
1 dia atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Caro Sérgio Ribeiro, agora quer comparar o mental de Sinner e de Alcaraz? Aí já é brincadeira, né? Rs. Perdeu porque Alcaraz tem uma habilidade superior e as variações o incomodam. Fora que o espanhol se inspira e costuma jogar seu melhor contra os melhores.

E não foram as três últimas. Quem levou a última partida — final do Six Kings Slam, valendo a maior premiação da História do esporte — foi o ruivo dos alpes.

M. Lima
M. Lima
1 dia atrás
Responder para  José Afonso

E Sinner, por acaso, tem a pressão de substituir Rafael Nadal? KKKKKKK Pelo amor, outra comparação tosca.

José Afonso
José Afonso
19 horas atrás
Responder para  M. Lima

Kkkkk, olhe os modos, mocinha!

M. Lima
M. Lima
11 horas atrás
Responder para  José Afonso

KKKKKKK aff

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