Homenagem à melhor de todos os tempos

Enquanto os olhares do tênis feminino agora se voltam para a jovem estrela de 17 anos, a russa Mirra Andreeva, que acaba de sagrar-se campeã em Indian Wells e as expectativas aumentam para o Miami Open, próximo no calendário, aproveito também para um rápido flashback desse torneio no deserto californiano, relembrando a dura jornada da Serena Williams que resultou nos seus 14 anos de boicote ao evento.

Naquele ano de 2001, as irmãs Williams deveriam se enfrentar na semifinal, mas alegando uma tendinite, Venus entregou o jogo sem entrar na quadra. O público inconformado, achando que havia ali uma interferência do pai que parecia conduzir resultados entre elas, hostilizou Serena ao longo da final contra a belga Kim Clisters. A americana venceu o jogo mas corajosamente anunciou, junto à irmã, que não mais participaria dessa competição. Uma dura e corajosa decisão em face à importância do evento, considerado, em importância, o quinto Grand Slam.

Relembro esse fato apenas para expressar minha admiração a essa atleta que tive o prazer de conhecer em 2012 aqui no Brasil, quando sediamos o Gillette Federer Tour, um torneio exibição realizado no Ginásio do Ibirapuera, que trouxe estrelas mundiais incluindo o suíço que dava nome ao evento. Hoje, 13 anos após, ainda vibro com as lembranças daquele encontro e sigo com uma crescente admiração por esses dois ídolos.

Ambos impressionam pelo legado deixado, mas é óbvio que o caminho percorrido pela americana foi essencialmente tortuoso e sofrido, mas vale relembrar e perpetuar o seu valor. Serena sempre afirmou que como tenista negra era desvalorizada, criticada e discriminada . Considerada a melhor de todos os tempos , a norte-americana, detentora de 23 troféus de Grand Slam, 72 títulos, recordista olímpica com quatro medalhas de ouro e personalidade forte, não para de nos surpreender com presença constante em eventos de qualquer natureza.

Empreendedora, após sua aposentadoria, abriu empresa de investimentos em startups, palestrante – inclusive aqui no Brasil em 2022, discorre sobre temas como liderança , inovação, empreendedorismo e resiliência. Defensora da justiça social, criou uma fundação, Serena Williams Foundation, que promove o acesso à educação de qualidade para crianças cujas famílias foram vítimas de crimes violentos, faz muitas doações para as regiões do mundo que sofrem grandes desastres naturais e incontáveis outras ações.

A americana ainda é sócia de vários times de diferentes esportes, inclusive do famoso Miami Dolphins. Além de tudo isso, Serena parece se divertir a aproveitar cada oportunidade mandando seu recado para o mundo, mostrando que sua jornada fora das quadras está só começando e que sabe inovar até em aparição dançante como no intervalo do Super Bowl em 2025.

Mãe dedicada de duas filhas e casada com o empresário Alexis Ohanian, ela ainda tem muito a nos surpreender. Nesse mês da Mulher, fica minha homenagem à maior de todos os tempos, lembrando que são necessários mais do que atributos físicos, técnicos e mentais para que um ídolo se concretize. Serena conseguiu!

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Jorge Luiz
Jorge Luiz
6 horas atrás

Eu não acho que ela tenha sido a melhor de todos os tempos não,foi uma tenista excepcional, mais, maior de todos os tempos não

SANDRO
SANDRO
6 horas atrás

Que eu saiba, a “maior de todos tempos” a Goat do Tênis Feminino é a excelentíssima Margaret Court …
A dedicação de Margaret Court ao treinamento físico lhe rendeu o apelido de “Amazona Australiana”, a verdadeira Mulher Maravilha do Continente Australiano… Court , antes de ser apenas uma tenista era uma “atleta dedicada”, muito comprometida com a preparação física, o atleticismo, com a musculação, treinamento em circuito e corrida em encostas arenosas. Além de mantê-la livre de lesões durante a maior parte de sua carreira, o treinamento físico avançado de Court permitiu que ela tirasse o melhor proveito de seus atributos físicos privilegiados. Court era uma exímia sacadora e voleadora, extremamente ofensiva e veliz em quadra…
Margaret Court possui incríveis 64 Troféus de Grand Slam: 24 Grand Slams em simples e 40 em duplas.
A também excelentíssima Serena Williams possui 39 Troféus de Grand Slam: 23 Grand Slams em simples e 16 em duplas.
Margaret Court não abria mão de jogar duplas para aprimorar cada vez mais sua precisão e velocidade na rede. O atleticismo e a excelente dedicação ao preparo físico de Margaret Court fez com que ela fosse a recordista absoluta de Troféus de Grand Slams no tênis feminino com excepcionais 64 títulos entre simples e duplas.

Ramires
Ramires
4 horas atrás
Responder para  SANDRO

Mas na serena ela tinha adversárias mt boas tb, fora que ela teve algumas paradas de lesões e para ser mãe

José Afonso
José Afonso
3 horas atrás
Responder para  SANDRO

Penso que os títulos de duplas não são tão relevantes. É simplesmente outra categoria esportiva. Porém concordo que Serena não é a melhor de todos os tempos.

Esse título me parece mais apropriado à Steffi Graf, a única conseguir vencer o Golden Slam. Serena sequer conseguiu o Grand Slam.

E a diferença de títulos de Slam delas é de somente um.

22 títulos de Slam com Golden Slam > 23 títulos de Slam sem sequer Grand Slam

Última edição 3 horas atrás by José Afonso
Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
2 horas atrás
Responder para  SANDRO

Jogando contra amadoras é fácil. Todos os 23 slam de Serena foram na Era Aberta

Lucas
Lucas
5 horas atrás

Serena no feminino e Federer no masculino. Perfeito! Opinião dos especialistas da ESPN e que eu assino embaixo!

Eduardo
Eduardo
5 horas atrás

A maior de todos os tempos se chama Steffi Graf, pelo tênis jogado e pelo comportamento dentro de quadra.

Jorge Luiz
Jorge Luiz
4 horas atrás

A melhor de todos os tempos é a australiana Margaret Court

rodrigo
rodrigo
4 horas atrás

A Margareth Court ganhou 23 títulos de Grand Slam na Australia, entre simples, duplas e duplas mistas, em uma época que ninguém ia até a Australia por ser muito longe e caro. Então, a título de comparação, mesmo sendo menores os números de Grand Slams que a Serena Williams ganhou, a dificuldade em obtê-los foi bem maior, pois o nível de competitividade que a Serena Williams teve de enfrentar foi bem maior. Portanto, a Serena Williams pode ser considerada a melhor de todos os tempos por todos os títulos que conquistou.

José Afonso
José Afonso
3 horas atrás

O título de “melhor de todos os tempos” me parece mais apropriado à Steffi Graf, a única conseguir vencer o Golden Slam. Já Serena sequer conseguiu o Grand Slam.

E a diferença de títulos de Slam delas é de somente um.

22 títulos de Slam com Golden Slam > 23 títulos de Slam sem sequer Grand Slam

Patricia
Patricia
2 horas atrás

Sou de uma geração que começou a acompanhar o tênis na televisão e nas redes sociais (viva a evolução da tecnologia e o maior número de canais que apresentam esportes). Serena foi corajosa mesmo nessa atitude, abrindo mão do prêmio e da visibilidade que um torneio desse porte oferece ao bolso e imagem dos participantes. Fico muito feliz em saber que ela segue nos ‘bastidores’ com tamanha potência e impacto social. Gostei bastante dos detalhes escritos, pois não conhecia a amplitude toda dessa super Atleta-empresária. Parabéns pela temática de março.

JClaudio
JClaudio
2 horas atrás

“Nesse mês da Mulher, fica minha homenagem à maior de todos os tempos, lembrando que são necessários mais do que atributos físicos, técnicos e mentais para que um ídolo se concretize. Serena conseguiu”

É isso aí, o contexto histórico pesa muito para considerar alguém “maior de todos os tempos”.

Ex-tenista profissional e medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos na Cidade do México-1975, foi por 11 anos consecutivos a número 1 do Brasil e chegou ao top 50 em simples. Atualmente, possui 16 títulos mundiais no circuito Masters da ITF e ocupa os cargos de diretora executiva do Instituto Patrícia Medrado e líder do Comitê Esporte do Grupo Mulheres do Brasil.
Ex-tenista profissional e medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos na Cidade do México-1975, foi por 11 anos consecutivos a número 1 do Brasil e chegou ao top 50 em simples. Atualmente, possui 16 títulos mundiais no circuito Masters da ITF e ocupa os cargos de diretora executiva do Instituto Patrícia Medrado e líder do Comitê Esporte do Grupo Mulheres do Brasil.

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