Paris (França) – Acabou neste sábado o sonho distante do dinamarquês Holger Rune tentar se classificar para o ATP Finals. Precisando do título no Masters 1000 de Paris, o campeão do torneio em 2022 foi derrotado nas semifinais. Seu algoz foi o alemão Alexander Zverev, que faz uma grande temporada e controlou o rival anotando uma firme vitória em sets diretos, com parciais de 6/3 e 7/6 (7-4).
Zverev não apenas garantiu a vaga na final com o triunfo em 1h46 de confronto, mas também assegurou seu retorno à vice-liderança do ranking, deixando para trás Carlos Alcaraz, que não passou das oitavas de final no Palácio de Barcy. O germânico está colocando 155 pontos sobre o jovem espanhol e pode abrir 505 pontos de frente se for campeão no domingo.
O resultado encerra a possibilidade de Rune se classificar para o ATP Finals. O dinamarquês está em 13º na corrida, com 720 pontos de desvantagem para o australiano Alex de Minaur, atualmente oitavo e último na zona de classificação. Nem mesmo se o sérvio Novak Djokovic desistir de jogar em Turim ele tem chance, já que está 695 pontos atrás do nono colocado, o búlgaro Grigor Dimitrov.
Com sua 65ª vitória na temporada, Zverev empatou com Jannik Sinner como o maior vencedor no circuito em 2024. O alemão de 27 anos está em busca de sua sétima conquista de Masters 1000 e seu primeiro troféu em quadra dura acima do nível ATP 250 desde que venceu o ATP Finals em 2021.
Indo para uma final deste nível pela 12ª vez, o atual número 3 do mundo espera agora pela definição da segunda semifinal do dia, que terá de um lado o tenista da casa Ugo Humbert, responsável pela eliminação de Alcaraz, e do outro o russo Karen Khachanov, que já levantou a taça em Paris uma vez, em 2018.
Menos erros e melhor saque para Zverev
Em um jogo relativamente equilibrado, Zverev se mostrou mais calibrado, o que acabou fazendo a diferença. Os dois oponentes anotaram os mesmos 26 winners, mas o alemão cometeu 11 erros não forçados a menos que Rune (25 a 36). O saque também foi um fator importante para o alemão, que vencei 75% dos pontos disputados, enquanto o dinamarquês teve 63% de aproveitamento.
Rune começou pressionado, salvou um break-point em seu primeiro game de serviço e no próximo acabou quebrado. Ele até teve duas chances para devolver o break em seguida, no quinto game, mas não conseguiu converter as oportunidades. Bastante sólido depois disso, Zverev administrou a vantagem sem novos sustos e largou na frente, abrindo 1 a 0 no placar.
Na segunda parcial, o equilíbrio se manteve nos seis primeiros games, sem chances de quebra para qualquer um dos lados. O germânico anotou um break no sétimo e chegou a sacar em 5/4 para fechar, mas viu Rune devolver a quebra. Zverev até teve novo break-point no 11º game, mas só foi selar a vitória no tiebreak, fechando o jogo no segundo match-point que teve a seu favor.
Zverev merece estar na final. É mais jogador do que o Hune. O Holger Hune é um ótimo jogador, mas pensa que é melhor do que os outros.
O alemão controlou o jogo, dando um pequeno vacilo na hora de fechar em 5/4 no segundo set. Disputará sua 36° final de ATP, a 12° em Master 1000 e a 2° Paris. Tenta seu 23° título, o 7° Master 1000.