Por Matheus Dalcim
Da redação
Pelo oitavo ano consecutivo, o torneio feminino de Wimbledon terá uma campeã diferente. Finalistas inéditas no All England Club, a tcheca Barbora Krejcikova e a italiana Jasmine Paolini decidirão neste sábado, a partir das 10h (horário de Brasília), quem ficará com o título do Grand Slam britânico em 2024.
Desde 2016, sete mulheres levantaram o troféu na grama sagrada, sendo que na temporada 2020 o torneio não foi realizado devido à pandemia. Nesse período, a norte-americana Serena Williams foi quem mais vezes chegou à decisão, triunfando há oito anos e ficando com o vice nas outras duas oportunidades, em 2018 e 2019. Além dela, outras duas jogadores fizeram mais de uma final em Londres de lá para cá: a alemã Angelique Kerber foi vice para Serena e venceu em 2018, enquanto a tunisiana Ons Jabeur foi derrotada nas últimas duas edições. Veja o histórico recente:
2016 – Serena Williams (EUA) v. Angelique Kerber (ALE), 7/5 6/3
2017 – Garbiñe Muguruza (ESP) v. Venus Williams (EUA), 7/5 6/0
2018 – Angelique Kerber (ALE) v. Serena Williams (EUA), 6/3 6/3
2019 – Simona Halep (ROM) v. Serena Williams (EUA), 6/2 6/2
2021 – Ashleigh Barty (AUS) v. Karolina Pliskova (TCH), 6/3 6/7(4) 6/3
2022 – Elena Rybakina v. Ons Jabeur (TUN), 3/6 6/2 6/2
2023 – Marketa Vondrousova (TCH) v. Ons Jabeur (TUN), 6/4 6/4
2024 – Barbora Krejcikova (TCH) ou Jasmine Paolini (ITA)
Outros Grand Slam
Para efeito de comparação, no mesmo período o tênis feminino viu uma interessante variação de vencedoras também nos outros três torneios que compõem o Grand Slam. Apenas em Roland Garros houve o domínio de uma só jogadora com mais de duas conquistas, já que a polonesa Iga Swiatek faturou quatro das últimas cinco edições em Paris. Veja abaixo:
Australian Open – 7 campeãs diferentes nos últimos 9 anos
2016 – Angelique Kerber (ALE)
2017 – Serena Williams (EUA)
2018 – Caroline Wozniacki (DIN)
2019 – Naomi Osaka (JAP)
2020 – Sofia Kenin (EUA)
2021 – Naomi Osaka (JAP)
2022 – Ashleigh Barty (AUS)
2023 – Aryna Sabalenka
2024 – Aryna Sabalenka
Roland Garros – 6 campeãs diferentes nos últimos 9 anos
2016 – Garbiñe Muguruza (ESP)
2017 – Jelena Ostapenko (LET)
2018 – Simona Halep (ROM)
2019 – Ashleigh Barty (AUS)
2020 – Iga Swiatek (POL)
2021 – Barbora Krejcikova (TC)
2022 – Iga Swiatek (POL)
2023 – Iga Swiatek (POL)
2024 – Iga Swiatek (POL)
US Open – 7 campeãs diferentes nos últimos 8 anos
2016 – Angelique Kerber (ALE)
2017 – Sloane Stephens (EUA)
2018 – Naomi Osaka (JAP)
2019 – Bianca Andreescu (CAN)
2020 – Naomi Osaka (JAP)
2021 – Emma Raducanu (GBR)
2022 – Iga Swiatek (POL)
2023 – Coco Gauff (EUA)
Histórico, pontos no ranking e premiação
Krejcikova venceu o único duelo anterior contra Paolini, válido pelo quali do Australian Open de 2018. A tcheca tenta conquistar seu segundo título de Grand Slam, depois de ter vencido Roland Garros em 2021. Ela pode se juntar às outras três jogadoras tchecas que conquistaram o torneio, sua mentora Jana Novotna em 1998, a bicampeã Petra Kvitova em 2011 e 2014, e também a atual campeã Marketa Vondrousova.
Já Paolini é a primeira italiana em uma final de Wimbledon e tenta repetir outras duas conquista de Grand Slam do país, Francesca Schiavone no saibro de Roland Garros em 2010 e Flavia Pennetta no US Open de 2015. Ela é a primeira jogadora desde Serena Williams em 2016 a disputar as finais em Paris e Londres numa mesma temporada.
A campeã recebe 2 mil pontos no ranking e uma premiação em dinheiro de 2,7 milhões de libras esterlinas. A vice soma 1.300 pontos e ganha 1,4 milhão de libras esterlinas. É certo que Paolini sobe do sétimo para o quinto lugar do ranking, marca que é a melhor da carreira. Já Krejcikova, que começou o torneio como 32ª do mundo está saltando para a 14ª posição e pode voltar ao top 10 em caso de título.
Que ano de 2016 para a Kerber ! Campeã na Austrália, Vice em Wimbledon e Campeã do Us Open… É bom vê-la no circuito novamente.
Apesar da Paolini também estar fazendo por merecer, que vença a tcheca! Seria um pecado ela não levantar o troféu, após ter eliminado a melhor jogadora do torneio nas semis!