Toronto (Canadá) – A difícil vitória de virada na última sexta-feira e classificação para as oitavas de final em Toronto dão muita confiança para Ben Shelton na sequência do torneio e na busca pelo primeiro título de Masters 1000. O número 7 do mundo lutou até o tiebreak do terceiro set e precisou de cinco match-points para vencer o duelo norte-americano contra Brandon Nakashima.
“Foi um jogo lá e cá. Muitos momentos importantes, como conseguir devolver a quebra logo no início do terceiro set. Senti que mostrei muita perseverança hoje à noite”, disse Shelton após a vitória por 6/7 (8-10), 6/2 e 7/6 (7-5) sobre Nakashima, em 2h36 de partida.
“Achei que jogamos um tênis de alto nível. Quando você sai vencedor de um jogo apertado assim, tem muito a tirar, seja tendo jogado bem ou mal. Mas quando você joga bem e ainda vence, é ainda melhor”, acrescentou o canhoto de 22 anos.
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Shelton volta à quadra no domingo para enfrentar o italiano Flavio Cobolli, 17º do ranking. O norte-americano tenta igualar os melhores resultados da carreira em Masters 1000. Ele já chegou às quartas de Xangai em 2023, Cincinnati no ano passado e Indian Wells na atual temporada.
Questionado sobre os quatro match-points perdidos antes de garantir a vitória, ele admitiu que sentiu a pressão: “Não é fácil. Especialmente porque a bola estava na minha raquete, em dois segundos saques. Coloquei uma das devoluções em jogo, tive algumas chances com o forehand, mas acabei errando. Com o vento, o saque forte do Nakashima e a tensão do momento, não tem como ser simples. Mas consegui manter o foco, confirmar meu serviço e me dar uma nova chance no tiebreak. Executar bem no final foi muito importante”.
Com 19 aces na partida, Shelton também comentou a evolução do seu saque, especialmente após um desempenho abaixo na grama. “Tive dificuldades no saque durante a temporada de grama, principalmente em manter um bom aproveitamento no primeiro serviço. Isso pressionava meu segundo saque e me deixava mais vulnerável nos pontos de devolução. Mas aqui, acho que consegui roubar pontos importantes nos saques dos adversários, o que me colocou em vantagem nos tiebreaks”, avaliou. “Tenho me soltado mais. Estou sendo agressivo desde o início e tentando surpreender os adversários com direção e potência. Isso atrapalha o ritmo deles na devolução, o que me dá vantagem logo de cara”.
Futuro número 2!