Rio de Janeiro (RJ) – Pelo segundo ano o Rio Open terá a realização do torneio Wheelchair Tennis Elite, com grandes estrelas do tênis em cadeira de rodas mundial no Jockey Club Brasileiro. As partidas começam nesta quinta-feira, contando com os espanhóis Martin De La Puente e Daniel Caverzaschi, o argentino Gustavo Fernandez e o brasileiro Daniel Rodrigues.
Nesta quinta-feira acontecem as semifinais do torneio a partir das 16h30, na Quadra 2, com o duelo espanhol entre os medalhistas olímpicos Martin de la Puente e Daniel Caverzaschi. Em seguida, Daniel Rodrigues enfrenta Gustavo Fernandez, dono de oito títulos de Grand Slam.
A final de simples acontece na sexta-feira em quadra e horário a definir. No sábado, será a vez das duplas, com Daniel Rodrigues e Gustavo Fernandez enfrentando Martin de la Puente e Daniel Caverzaschi
O torneio Wheelchair Tennis Elite tem a missão de integrar o tênis em cadeira de rodas aos grandes eventos do tênis mundial. Caverzaschi, atual número 10 do mundo, falou em entrevista coletiva sobre a importância da integração para o desenvolvimento do tênis em cadeira de rodas.
“Nós queremos a integração por vários motivos. Talvez não em todos os eventos, claro, mas precisamos começar. Acreditamos que especialmente nos grandes torneios há espaço para o tênis em cadeira de rodas. No geral, é positivo para todo mundo, primeiro para os espectadores, é bom especialmente nos últimos dias da semana, quando tem menos jogos, acho que integra perfeitamente”, disse Caverzaschi.
Um dos maiores campeões do tênis em cadeira de rodas mundial, o argentino Gustavo Fernandez, ex-número 1 do mundo, ressaltou a importância de um torneio como o Rio Open trabalhar a integração e destacou o quanto o tênis em cadeira de rodas tem a oferecer como entretenimento ao público e assim crescer gradualmente dentro dos grandes eventos.
“O tênis em cadeira de rodas tem muito a oferecer socialmente, além do espetáculo esportivo, e várias outras questões que possam interessar à sociedade. É algo que tem potencial para crescer”, diz Fernandez.
O brasileiro Daniel Rodrigues é o único remanescente da edição do ano passado e analisa o momento importante para o tênis em cadeira de rodas no Brasil, principalmente com os títulos recentes de Vitória Miranda e Luiz Calixto no torneio juvenil do Australian Open.
“No Brasil, a gente está crescendo muito, tem futuros talentos vindos. A Vitória e o Luiz são os mais jovens e no futuro vão me substituir. Acredito que no mundo também, a gente está acompanhando o circuito e está crescendo. A prova disso é o número 1 do mundo (o japonês Tokito Oda, de 18 anos). O tênis em cadeira de rodas está evoluindo e parte disso é porque os grandes torneios, como os Grand Slam, estão abrindo mais a chave”, disse Rodrigues.
Vitória Miranda e Luiz Calixto também farão parte da programação do Rio Open e serão homenageados no fim de semana justamente pelos títulos conquistados na Austrália.