Paris (França) – Atual presidente da ATP, o italiano Andrea Gaudenzi concedeu uma extensa entrevista ao jornal francês L’Équipe, na qual aborda alguns dos assuntos mais discutidos do tênis neste ano. Ele falou desde a reclamação da variação exagerada dos modelos de bolas durante a temporada até o calendário, que foi criticado por ser muito longo.
O dirigente destacou que os tenistas são livres para escolher o próprio calendário. “Não é como no futebol ou no basquetebol, onde são empregados de um clube. Nossos jogadores são trabalhadores independentes que podem decidir seus próprios horários. Sim, as classificações obrigam-nos a jogar, mas depende principalmente dos torneios mais importantes”, comentou Gaudenzi.
“Decidimos fortalecer o Masters 1000, mas neste novo formato, se você chegar à final, jogará apenas uma partida a mais do que no formato antigo. Além disso, alguns jogadores optam por fazer muitas exibições fora do circuito. Você não vê isso em outros esportes. Encurtar a temporada? Sim, o número de torneios ATP 250 deve ser reduzido, mas os jogadores também podem decidir jogar menos exibições e passar mais tempo descansando”, cutucou.
Gaudenzi também abordou as negociações e dificuldades sobre uma possível fusão com a WTA. “Todos devem sentar-se à mesa: ATP, WTA, Grand Slams, ITF. Para mim é a única maneira de manter o tênis vivo. Neste momento, existem sete entidades que gerem o ténis mundial e isso é demais. Cada um toma decisões em seu próprio interesse e o tênis sofre com isso”, analisou o presidente da ATP.
“Estamos pressionando por uma grande união. Ainda não está concluído um acordo, mas há certamente uma aproximação com a WTA. Embora isso não signifique que os dois circuitos se fundirão. É sobre um sindicato. É mais uma questão de reunir recursos”, acrescentou o principal mandatário do circuito masculino.
Polêmica das bolas e do ATP Finals
Uma das principais reclamações da temporada, a variedade de bolas foi um assunto avaliado por Gaudenzi. “Centralizamos a escolha das bolas. Vai demorar um pouco porque os torneios têm contratos com os produtores e temos que esperar que terminem. Mas ouvimos os jogadores e queremos restaurar a consistência do circuito, com as bolas escolhidas pela ATP”, disse o dirigente.
“Por exemplo, de Monte Carlo a Roma, as bolas serão as mesmas. Por outro lado, não temos gerência sobre as bolas utilizadas nos Grand Slams. Tomamos esta decisão no ano passado e ela será implementada progressivamente ao longo de 2025”, falou Gaudenzi.
Ele também reforçou a manutenção do ATP Finals na Itália. “É uma boa escolha no calendário porque o torneio de destaque que o precede é Paris e não queríamos pedir aos jogadores que voltassem a viajar pelo mundo, porque já fizeram o suficiente durante a temporada. Por esta razão, as finais permanecerão na Itália até 2030. E quando você tem um herói local, obviamente é ainda melhor”, finalizou.
Quanto às exibições, o jovem bocudo que o diga, hehehe.
No mais, me parece acertado o restante do discurso. Padronização de bolas e unificação de entidades são ótimas ideias que beneficiam os tenistas e o público.
Isso só serve pros jogadores grandes. Os jogadores pequenos não tem benefício nenhum, os torneios pegam muita grana.
Essa conversa tem que ser revista.
Quanto aos torneios, tem que ter mais torneios ATP 500 e 250, Challenger e ITF.
Os jogadores até os 100, tem torneios : 4 Slam, 08 Master 1000 e mais 7 (500 ou 250), já fazem os 19 resultados necessários para o ranking , não precisam jogar todos os torneios.
Eles já fazem mais de um mês de Férias, mais que um trabalhador normal. Estão jogando exibições nas férias por interesse financeiro, depois reclamam do calendário, estão sendo egoístas pensando só em si, Quanto menos torneios menores, só beneficiam eles, que ficam no ranking sem serem incomodados pela concorrência, e os outros mais de 10.000 jogadores ficam chutando o dedo ( são prejudicados).
Exatamente