Melbourne (Austrália) – De volta às quartas de final do Australian Open após seis temporadas, Elina Svitolina celebra estar livre de lesões. A ucraniana passou por uma cirurgia no tornozelo no ano passado, logo depois do US Open, e ficou longe das quadras desde então. Nesse período, ela aproveitou para descansar e investir em sua saúde física e mental.
“Quando você é uma atleta de alto nível, sempre há uma preocupação sobre se será possível voltar ao melhor nível, se você conseguirá realmente se mover depois ou se seu pé vai suportar”, disse Svitolina após a vitória sobre a ucraniana Veronika Kudermetova por 6/4 e 6/1.
“Quando a cirurgia aconteceu em setembro, tive um período para realmente descansar,” explicou a ucraniana de 30 anos. “Fiz diferentes procedimentos para as costas, reuniões com médicos e me dediquei a cuidar disso. Também usei esse tempo para fortalecer todas as partes que precisava, porque a temporada é muito longa. Às vezes, você não tem essa chance de parar e investir no seu corpo”.
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A atual 27ª do ranking revelou que seus problemas começaram há 18 meses e se acumularam. No início do ano passado, ela chegou a Melbourne em boa forma, mas precisou abandonar a partida contra a tcheca Linda Noskova com apenas três games, devido a uma lesão nas costas. “Está tudo conectado. Depois que machuquei minhas costas, comecei a lidar com dores aqui e ali o tempo todo”.
Embora tenha conseguido bons resultados, como oitavas de final em Roland Garros e quartas de final em Wimbledon, Svitolina reconheceu que o planejamento do calendário não foi ideal. A situação se agravou na semana do torneio de Monterrey, pouco antes do US Open, quando sofreu uma nova lesão no pé. “Tive que passar por um procedimento com os médicos para drenar um cisto do meu pé. Eu deveria ter parado antes”, admitiu.
Ainda assim, ela admitiu que ficou “muito nervosa” ao se preparar para a cirurgia, que envolveu a inserção de dois parafusos no tornozelos. “Depois de dar à luz, você pensa que tudo está bem. Mas fazer uma anestesia geral pela primeira vez é assustador, porque você não sabe o que esperar. Não sabe como será”, explica a tenista que tem uma filha de dois anos.
Em busca da quarta semifinal de Grand Slam da carrreira, Svitolina enfrenta a norte-americana Madison Keys, 14ª do ranking e vinda de título em Adelaide. Keys lidera o histórico de confrontos entre elas por 3 a 2.
