Felipe Priante
Do Rio de Janeiro, especial para TenisBrasil
Um dos grandes nomes do tênis brasileiro nos últimos tempos, com seis títulos de Grand Slam e 35 de duplas no circuito da ATP, Bruno Soares comentou sobre a semana do carioca João Fonseca no Rio Open, onde não conseguiu manter o embalo após a conquista do ATP 250 de Buenos Aires, seu primeiro grande título, e acabou eliminado na estreia. Para o mineiro, o jovem compatriota tem tudo para aprender bastante com a situação e vencer o torneio no futuro.
“Lição aprendida, experiências novas. Tudo para ele é muito novo. Acho que o Zverev foi muito feliz em sua colocação, dizendo que temos que dar tempo ao tempo. A equipe do João tem que se preocupar com o processo e tudo está muito redondo, estão fazendo um grande trabalho. No processo evolutivo como um todo, ele está brilhando, tem 18 anos e está em uma curva maravilhosa de crescimento”, afirmou o mineiro
“Ele vai jogar mais uns 15 Rio Open pela frente, provavelmente vai ser campeão e também pode perder na primeira rodada outras vezes. O que aconteceu aqui é super normal. O Fino descreveu muito bem: foi mais um dia na vida de um tenista. Chega um pouco cansado, chega com desgaste e querendo ou não ele não conseguia destacar tão bem quando está aqui porque tem muita coisa para fazer”, acrescentou Soares.
Para o ex-número 2 de duplas, Fonseca e a paulista Beatriz Haddad Maia têm tudo para liderar um grande momento no tênis nacional. “Acho que o Brasil está em um momento muito legal. Ele junto com a Bia vai liderar um movimento muito bacana que o tênis está, provavelmente o melhor momento do tênis (brasileiro). Temos chance daqui uns 4 ou 5 anos, com Naná e Victória chegando, a Bia e João ainda aí, além dos dois Thiagos que ainda são relativamente novos. Felipe Meligeni e Heide, é um momento muito legal no tênis”.
Pressão extra no Rio Open
Em oito participações no ATP 500 carioca, Bruno não conseguiu comemorar um título, foi vice-campeão em 2022 e acumulou outras cinco semifinais. Ele falou sobre a pressão que sentia ao jogar em casa e acredita que Fonseca tem tudo para aprender a lidar com essa situação e levantar a taça pelo menos uma vez nas temporadas seguintes.
“Ele vai ter que se acostumar com isso, mas é cansativo. Ele foi lá, não desempenhou seu melhor e segue o baile.Se você me perguntar se eu sentia uma pressão maior do que em grandes torneios, eu vou responder que não. O que eu sentia aqui era uma vontade extra que eu acabava colocando uma pressão maior em mim mesmo e acabei não ganhando”, comentou o mineiro.
“João é duplamente da casa, porque mora a poucos minutos daqui. Acho que pra ele é um sonho como ganhar um Masters 1000. É uma ansiedade maior do que em Grand Slam, até porque Grand Slam eu jogava quatro por ano e Rio Open era apenas um. Tinha todos os meus amigos e família aqui. Aconteceu de ganhar o Brasil Open e depois que ganhei a primeira a pressão diminuiu, aqui se tivesse ganhando a primeira talvez tivesse duas ou três vezes”, finalizou Soares, que disse preferir vencer no Rio a em Indian Wells, por exemplo.
Tem: que pegar leve… sem precipitações: de preferência!!!!!
O grande problema dos tenistas brasileiros tem sido segurar a pressão psicológica em momentos cruciais… Recentemente, isso aconteceu com Bia Haddad, Wild, Monteiro e com o Fonseca no Rio Open 2025…
Já identificou o problema, hein ?! … só os brasileiros… entendi. Seja positivo, rapaz !