Sinner domina o duelo italiano e disputa sua oitava semi de Slam

Foto: Garrett Ellwood/USTA

Nova York (EUA) – No jogo que encerrou a programação das quartas de final do US Open, Jannik Sinner confirmou o favoritismo no duelo italiano contra Lorenzo Musetti. O número 1 do mundo venceu o atual décimo colocado por 6/1, 6/4 e 6/2 em exatamente 2h de partida nesta quarta-feira.

Sinner mantém a escrita de nunca ter perdido para Musetti pelo circuito profissional. Eles já haviam se enfrentado duas vezes. A primeira no ATP da Antuérpia, em quadras duras e cobertas em 2021, e também no saibro do Masters 1000 de Monte Carlo há duas temporadas.

Atual campeão em Nova York, Sinner disputará sua oitava semifinal de Grand Slam. O italiano de 24 anos tem quatro títulos, incluindo o Australian Open e Wimbledon na atual temporada e um vice de Roland Garros também em 2025.

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Sinner também segue na disputa pela liderança do ranking com Carlos Alcaraz, que foi seu adversário nas duas últimas finais de Grand Slam. Ele precisa de uma campanha melhor que a do espanhol para se manter no topo, com chance de um confronto direto pelo número 1 em caso de mais uma final entre eles.

O adversário de Sinner na semifinal da próxima sexta-feira será o canadense Félix Auger-Aliassime, 27º do ranking, que mais cedo venceu o australiano Alex de Minaur por 4/6, 7/6 (9-7), 7/5 e 7/6 (7-4). O italiano venceu o último encontro com Aliassime, no Masters 1000 de Cincinnati, mas o canadense lidera o histórico por 2 a 1.

Eliminado nas quartas, Musetti tentava alcançar sua terceira semifinal de Grand Slam, depois de Wimbledon no ano passado e Roland Garros neste ano. O tenista de 23 anos nunca havia passado da terceira rodada do US Open em quatro participações. Ele sobe uma posição no ranking e assume o nono lugar.

Início arrasador e partida sem sofrer quebras

O início de partida foi arrasador para Sinner, que conseguiu duas quebras seguidas para sair vencendo por 4/0 e só havia perdido cinco pontos na partida até o momento em que abriu 5/0. Só então, Musetti confirmou um game de saque pela primeira vez, mas sem conseguir ameaçar o líder do ranking. O encaixe de estilos era favorável ao número 1 do mundo e o backhand de Musetti era pouco efetivo contra o jogo sólido do atual campeão.

O segundo set foi o mais equilibrado da partida, com apenas uma quebra, conquistada por Sinner no penúltimo game da parcial. O líder do ranking enfrentou um break-point pela primeira vez quando perdia por 2/1, mas fechou a porta com um ótimo saque. Chamou atenção o fato de Sinner ter vencido 95% dos pontos disputados com seu primeiro serviço na parcial.

Já no terceiro set, Sinner disparou quatro aces. E sacar bem nos momentos decisivos foi fundamental para o tenista que salvou seis break-points. Ele conseguiu uma quebra logo cedo para sair vencendo por 2/0 e voltou a quebrar no fim do jogo para definir a disputa em sets diretos.

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Rafael
Rafael
1 mês atrás

Está muito firme, acho que só Alcaraz tem condições de vencê-lo já que Djoko está com 38 anos.

M. Lima
M. Lima
1 mês atrás

O Muso até jogou bem, mas o Sinner parece um robô: não erra uma bola e sufoca o adversário do início ao fim. O talento do italiano é inegável; sem sombra de dúvidas, merece ser número 1. Mas, sinceramente, assistir às partidas dele é um saco: é pancadaria o tempo todo, e quem está do outro lado da rede mal consegue acompanhar. Não tem um slice, uma deixadinha, um lob… é só força bruta, sem nenhuma sutileza. Dá até a impressão de que só tem um jogador em quadra.

José Afonso
José Afonso
1 mês atrás
Responder para  M. Lima

Sim, está ficando chato, mesmo. E normalmente o adversário não tem chance. Realmente, os únicos jogos de Sinner que tem sido realmente interessantes são aqueles com seu único algoz.

E por falar nele, finalmente ele encontrará aquele que, por sua vez, é algoz dele, El Torero, que levou a melhor em 4 das 5 últimas partidas, as duas mais recentes mesmo mal fisicamente.

E aí, minha querida, está tranquila para essa tourada ou receosa que o velho bode dourado mais uma vez saboreie fígado bovino? Rsrs, abs!

M. Lima
M. Lima
1 mês atrás
Responder para  José Afonso

Estou tranquilíssima, meu querido. Ele evoluiu muito nesta temporada e acredito que a vitória esteja literalmente em suas mãos. Basta que continue jogando como tem feito durante todo o torneio.

José Afonso
José Afonso
1 mês atrás
Responder para  M. Lima

A conferir! Rs

Renato B
Renato B
1 mês atrás
Responder para  José Afonso

El Torero vai tomar uma chifrada do espanhol amanhã que é capaz de sair voando pra fora do estádio. Melhor já deixar uma ambulância de prontidão.

José Afonso
José Afonso
1 mês atrás
Responder para  Renato B

Kkkk, pode acontecer mesmo. Mas não acho o mais provável, de forma alguma. A única chifrada dessas foi com o sérvio recém-operado.

De resto, touradas duras para os dois, com um passeio de El Torero no ATP Finals e uma mais tranquila no Australian Open deste ano.

Davi Poiani
Davi Poiani
1 mês atrás
Responder para  M. Lima

Também vejo esta questão. Reconheço o talento assombroso de Sinner. Mas o nível de precisão e potência é tão absurdo que acaba não tendo muita competição. E isto acaba por ficar um pouco enfadonho sim.

Claro que sua habilidade salta aos olhos, tem este lado. Mas falta o drama, a emoção que faz do tênis algo especial… A não ser é claro que seja contra o Alcaraz, único capaz de enfrentá-lo.

Me diverte muito mais ver partidas com o Djokovic, onde é visível que ele tem de sofrer para vencer, mesmo com a sua superioridade ou bagagem. Foi assim contra o Fritz, baita de um jogo bom de se ver.

Ou então até mesmo partidas entre jogadores do “segundo escalão”, por assim dizer, me agradam mais.

O Alcaraz, seu tênis sensacional e até mesmo os seus defeitos o fazem muito mais magnético para a torcida.

Isto até me faz lembrar daquela metáfora que vem das histórias em quadrinhos: tiveram de colocar a criptonita nas histórias do Superman, pois sem nenhum ponto fraco ficava chato e previsível.

Que surjam outros, além de Alcaraz, capazes de enfrentar o Sinner. Que seja o Fonseca!

M. Lima
M. Lima
1 mês atrás
Responder para  Davi Poiani

Concordo em gênero, número e grau, sem ressalvas.

SDR
SDR
1 mês atrás
Responder para  Davi Poiani

Vai surgir. Não há “domínio” que dure eternamente.

José Afonso
José Afonso
1 mês atrás
Responder para  SDR

SDR, o do sérvio durou até os 36 anos. Compare quantos Slams ele venceu de 2011 em diante com quantos Federer e Nadal levaram.

Lembrando que ele foi impedido de jogar vários Slams por causa da pandemia e ainda um por acertar bolada acidental numa juíza.

Marcos RJ
Marcos RJ
1 mês atrás
Responder para  M. Lima

Parafraseando o saudoso Ayrton Senna: “Quem pode mais chora menos”.
Sinner se movimenta, ataca, defende, saca e retorna com perfeição, com bolas profundas e pouquíssimos erros (assim como o Carlito).
O restante do circuito que precisa melhorar, sem desculpas nem xororô.

M. Lima
M. Lima
1 mês atrás
Responder para  Marcos RJ

Meu querido, não estou chorando nem responsabilizando o italiano por ser esse jogadoraço; só comentei que o estilo de jogo dele não me agrada. O espanhol também é um grande jogador, mas suas partidas são bem mais emocionantes e prazerosas de assistir.

Victor
Victor
1 mês atrás
Responder para  Marcos RJ

mas a discussão aqui não e o quão o circuito precisa melhorar para enfrenta-lo e sim a beleza de um tenis, no caso menos robotizado e sim mais vistoso e atraente aos olhos da maioria. Big 4 ou 3 tinha muito carisma variação de estilos e sofrimentos, independente da sua preferência. neste caso aqui é mais gostoso assistir os jogos de outros jogadores e a magia do jogo do Alcaraz. Sobre ganhar do cenourinha, o pessoal que corra para alcançar e ser competitivo. Logo isso acontecerá, Federer chegou , veio Nadal e logo veio Djokovic e assim vamos vendo o pessoal elevar o nivel e competir.

Sergio
Sergio
1 mês atrás
Responder para  M. Lima

Mas eu acho que são méritos do italiano.

M. Lima
M. Lima
1 mês atrás
Responder para  Sergio

A questão não é mérito, pois isso é inegável. O que me incomoda é o estilo de jogo dele: pouco variado, pouco emocionante. Carlitos, por outro lado, alia talento e espetáculo, e por isso nunca é monótono.

Jonas
Jonas
1 mês atrás
Responder para  M. Lima

Gosto muito do Sinner, mas não tem como discordar de você nessa, kkkk…

José Afonso
José Afonso
1 mês atrás
Responder para  Jonas

Pois é, Jonas. A personalidade do Sinner é melhor que a do outrora deslumbrado Carlitos Tevez Jr., mas o jogo dele está ficando entediante, rs.

M. Lima
M. Lima
1 mês atrás
Responder para  Jonas

Eu também gosto muito dele; é um ótimo jogador e, apesar da timidez, um verdadeiro querido fora de quadra. Mas, infelizmente, o estilo de jogo não me conquista como o do Carlitos. Na época de Fedal, eu torcia pelos dois, porque cada um tinha um estilo que eu adorava, mas agora, com Sincaraz, não consigo torcer pelo Sinner: esse jogo de pancadaria sem variação me cansa profundamente, e o fato de os adversários serem completamente destruídos só piora tudo.

Tulio
Tulio
1 mês atrás

Só o Canadense para dar o título para o rei da estressafa, pois ele não bate o Miura Jr e o Sinner na sequência! Pode anotar!

José Afonso
José Afonso
1 mês atrás
Responder para  Tulio

Tem razão. Já que Musetti não conseguiu ascender a San Lorenzo hoje, como Saint Grigor estava fazendo em Wimbledon, o Mestre Splinter canadense é a última esperança de El Torero, caso ele mais uma vez saboreie o fígado do Boi Miúra Jr.

Helton
Helton
1 mês atrás
Responder para  Tulio

Cara, aceita o Djokovic como o melhor da história.

Tulio
Tulio
1 mês atrás
Responder para  Helton

Ele é o melhor, mas isso nao tira o fato dele em menor escala o Nadal ter números inflados devido a uma geração fraca posterior!

Paulo Almeida
Paulo Almeida
1 mês atrás
Responder para  Tulio

“Estressafa” eu nunca tinha lido por aqui.

Nadal em menor escala? Djoko e Nadal disputaram o recorde de Slams até 2023. Federer tem números inflados por ter poucos títulos em cima do Big 4 e Sinner e Alcaraz vão inflando seus números porque só enfrentam um ao outro e um Djokovic em fim de carreira.

Tulio
Tulio
1 mês atrás
Responder para  Paulo Almeida

Ele é mais velho! Surgiu algum Sinner ou Alcaraz na geração posterior?

Paulo Almeida
Paulo Almeida
1 mês atrás
Responder para  Tulio

11 meses, cara. Isso é o mesmo que nada.

Houve a evolução do Wawrinka a partir de 2013, mas e daí? Djoko continuou com Federer, Nadal e Murray (mesma idade) como rivais também, fora Del Potro, Thiem, Zverev e Medvedev, que já jogaram bem mais até pouco tempo atrás.

Tribunal do US Open
Tribunal do US Open
1 mês atrás
Responder para  Tulio

Concordo…vai que ocorre algo como o jogo do Dimitrov em WB e Djokovic entra na mente do espanhol.

Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
1 mês atrás

Não vão colocar a opinião mais recente de Connors sobre o Big 3?

Última edição 1 mês atrás by Paulo Sérgio
Mateus Lucas Renan
Mateus Lucas Renan
1 mês atrás

Sinner, o maior de todos os tempos

José Afonso
José Afonso
1 mês atrás
Responder para  Mateus Lucas Renan

Kkkkkkk, mais um Enzo no pedaço

Helton
Helton
1 mês atrás
Responder para  Mateus Lucas Renan

Ainda está longe disso, pois o big 3 ficou no topo por muitos anos. Ainda não sabemos por quanto tempo o italiano manterá o alto nível de tênis sem problemas físicos ou sem sofrer alguma lesão séria. Espero que ele continue saudável, e se ele continuar assim, em alguns anos, ele pode ser considerado o melhor da história.

Tribunal do US Open
Tribunal do US Open
1 mês atrás
Responder para  Mateus Lucas Renan

Calma…tem uma década ainda para provar se vai ser o maior de todos os tempos

Guilherme ES Ribeiro
Guilherme ES Ribeiro
1 mês atrás

Tá até chata essa superioridade do Sinner em relação ao circuito. 8° semifinal de Slam na carreira, a 2 ° no US Open. Agora ele tem 2 semifinais de Slam em todos os Slams. Amplo favorito contra Aliassime

Fernando Venezian
Fernando Venezian
1 mês atrás

A potência e eficiência dos golpes do italiano é um negócio assustador! Tá pintando mais um troféu pra ele

Carlos Alberto Alves
Carlos Alberto Alves
1 mês atrás

Esse cara é uma máquina de jogar tênis, e tirando o segundo set que foi um pouquinho mais equilibrado, a verdade é que o Sinner erra muito pouco, e tem um nível altíssimo de primeiro serviço! O cara é um monstro!!!!

Tribunal do US Open
Tribunal do US Open
1 mês atrás
Responder para  Carlos Alberto Alves

Para derrotar Sinner, tem que ter muito talento, físico e opções de jogo….no momento atual somente Alcaraz tem essas virtudes.

Sergio
Sergio
1 mês atrás
Responder para  Carlos Alberto Alves

O Alcaraz é o grande adversário do italiano hoje em dia. Mas, sinceramente, penso que o Nadal, o Federer e o Djokovic em seus auges jogavam mais do que Sinner ou até mesmo Alcaraz. Só o tempo dirá se Alcaraz ou Sinner superarão algum dia o big 3. A conferir.

José Afonso
José Afonso
1 mês atrás
Responder para  Sergio

Também tenho essa impressão, mas não mais convicção. Seria muito interessante ver esse Sinner contra o Big 3 na mesma idade.

DENNIS SILVA
DENNIS SILVA
1 mês atrás

A máquina de jogar de tênis passou por cima do colega. Joga do Sinner na quadra dura não tem buraco. É pancadaria, regularidade e excelente movimentação.

Sergio
Sergio
1 mês atrás
Responder para  DENNIS SILVA

Concordo plenamente.

Sergio
Sergio
1 mês atrás

Caro Dalcim, você nao acha o Sinner o tenista mais focado, o mais frio (no bom sentido), o melhor mental dos últimos 20 ou 30 anos?!

José Nilton Dalcim
Admin
1 mês atrás
Responder para  Sergio

Não tinha pensado nisso, mas acho que você tem razão.

João
João
1 mês atrás

Enfadonho…

JClaudio
JClaudio
1 mês atrás

Stephen Curry mudou a forma de jogar basquete na NBA, uma das ligas mais importantes do mundo.
Com seus arremessos de 3 pontos, obrigou os times adversários a adaptarem seus sistemas táticos, nos dois lados da quadra (ofensivo e defensivo).
Existe um esgotamento do público , depois de alguns anos, naquilo que a NBA se transformou, quase 60 arremessos de 3 por jogo, tudo depende da porcentagem do arremesso.
Um único jogador transformou a forma de jogar, obrigando todos a replicar um tipo de jogo com pouca variação (deslocamento, corta luz, arremesso).
Aconteceu o mesmo no tênis, Nadal, para vencer Federer, desenvolveu um jogo de consistência, foi criado um antídoto para o jogo elegante do suíço, que dominava o circuito.
Como o restante do circuito não conseguia replicar o elegante Federer, replicaram seu “antídoto”, uma forma de jogar vencedora.
O tênis ficou menos bonito (apenas uma constatação, nem bom, nem ruim), até porque, o restante do circuito queria vencer.
Hoje o tênis está na mesma encruzilhada, tem o jogo variado, cheio de magia de Alcaraz e a consistência de Sinner, quem assistiu o jogo ontem, percebeu um jogo pobre de imaginação, golpes maravilhosos, com muita potência, repetido a exaustão.
Assim como os arremessos de 3 no basquete, o tênis tem potencial para bem mais.

Samuel, o Samuca
Samuel, o Samuca
1 mês atrás

Alguns estão achando o tênis do Sinner chato e enfadonho. Na realidade estão apenas constatando que o jogo dele está se aproximando da perfeição. Perfeição que jamais será alcançada por ele e ninguém.
Quem tiver a oportunidade de acompanhar as partidas de xadrez do Alpha Zero, algoritmo do Google, vai achar muito chato e estranho o desenvolvimento do jogo. São jogadas sem sentido para os humanos, mesmo para os Grandes Mestres de Xadrez, pois estão além da nossa capacidade de análise. Com o Sinner, guardadas as devidas proporções, está acontecendo a mesma coisa, daí considerarmos um jogo inferior muito mais bonito e interessante.

DENNIS SILVA
DENNIS SILVA
1 mês atrás
Responder para  Samuel, o Samuca

Verdade. O cara é fera

JClaudio
JClaudio
1 mês atrás
Responder para  Samuel, o Samuca

Olá Samuca…
Interessante, vc faz um paralelo com uma “máquina” (na realidade o Alpha Zero é um algoritmo, grosso modo seria o patrão da “máquina”).
A frase:
“…considerarmos um jogo inferior muito mais bonito e interessante”

Considero o jogo do Carlos Alcaraz superior aquele praticado pelo Sinner, é mais bonito, interessante, “mais humano”, e ainda ganha.

Samuel, o Samuca
Samuel, o Samuca
1 mês atrás
Responder para  JClaudio

Segundo os adversários deles italiano tem sido mais implacável.
Pelo menos é o que vemos nas publicações especializadas.

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