Sinner conquista o bi em Pequim e iguala marca de Djokovic e Nadal

Foto: China Open

Pequim (China) – Amplo favorito na final desta quarta-feira no ATP 500 de Pequim, o italiano Jannik Sinner não decepcionou e derrotou o jovem norte-americano Learner Tien, que disputava a primeira decisão da carreira em nível ATP, com parciais de 6/2 e 6/2, precisando de 73 minutos para garantir o bicampeonato.

Esta foi a segunda conquista de Sinner na capital chinesa, repetindo 2023, quando bateu Danill Medvedev na final, e o 21º título no circuito da ATP. Ele se tornou apenas o terceiro a vencer em Pequim mais de uma vez, se juntando ao sérvio Novak Djokovic (campeão em 2009, 2010 e entre 2012 e 2015) e ao espanhol Rafael Nadal (2005 e 2017).

Vice-campeão do torneio na temporada passada, derrotado por Carlos Alcaraz, o italiano não apenas defende os 330 pontos conquistados, mas soma mais 170 e diminuiu um pouco a distância para o espanhol, que faturou o título em Tóquio um dia atrás.

Do outro lado, Tien dará um salto de 16 colocações no ranking com a grande campanha e vai entrar no top 40 pela primeira vez, ultrapassando o carioca João Fonseca. Ele subirá para o 36º lugar e será jogador de 20 anos ou menos mais bem colocado na próxima lista da ATP, batendo seu recorde pessoal.

Sinner chega à terceira conquista na temporada, número que somente outros três jogadores conseguiram em 2025: Alcaraz (8 títulos), Alexander Bublik (4) e Luciano Darderi (3). Esta é a 18ª taça que o italiano levanta em quadras duras, empatando com Medvedev na segunda colocação entre os tenistas em atividade. Só Djokovic (71) tem mais títulos em quadras duras.

Além disso, o italiano se junta ao norte-americano Andre Agassi e aos australiano Lleyton Hewitt entre os jogadores que mais venceram títulos em quadras duras antes dos 25 anos. O trio fica atrás somente de Roger Federer (25), Djokovic (22), Pete Sampras (22), Jimmy Connors (20) e Andy Murray (19).

Como foi a final de Pequim

Sinner dominou do início ao fim para garantir que o norte-americano de 19 anos não se tornasse o segundo campeão mais jovem da história do torneio. O italiano ditou pontos pelo meio da quadra, tirando Tien da posição com seus golpes agressivos nos cantos, garantindo a vitória.

Foram 24 winners do vice-líder da ATP contra 16 erros não forçados, enquanto Tien marcou apenas 11 winners e 18 erros não forçados. O italiano salvou os dois break-points que enfrentou e converteu quatro das seis oportunidades de quebra que teve. Ele terminou o jogo com 10 aces, apenas uma dupla falta e 70% de aproveitamento com o saque.

Logo no primeiro game, Tien encarou 0-40 com o saque, salvou os dois primeiros break-points, mas não resistiu ao terceiro e foi quebrado. Sinner ampliou a vantagem no quinto e logo depois selou a vitória no primeiro set. Na segunda parcial ele deu uma arrancada final, saindo de 1/2 para fazer 6/2 com duas quebras seguidas.

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Paulo A.
Paulo A.
4 horas atrás

E o Tien, que nao tem um tênis espetacular, jogando mais no contra-ataque, passou brilhantemente o JF no ranking!
Aliás, pensei que ele fosse opor um pouco mais de resistência ao Sinner.

Neto
Neto
2 horas atrás
Responder para  Paulo A.

Não adianta ter tenis espetacular e não ser eficiente. Djokovic também não é espetacular, só pra citar o melhor de todos. Monfils, Bublik e tantos outros são espetaculares e onde estão ou chegaram? Então, precisa rever isso aí.

Zan
Zan
2 horas atrás
Responder para  Paulo A.

Provavelmente, o cenário será parecido quando ocorrer a exibição entre JF e Alcaraz, caso ambos joguem sério… mas como dificilmente jogarão a sério, ao menos pelo lado de Alcaraz, e JF tem maior capacidade de inovar que Tien, a princípio, o brasileiro deve igualar mais o placar que Tien com Pecador

Julio Marinho
Julio Marinho
7 minutos atrás
Responder para  Paulo A.

Acho o Tien muito fraco, metaforica e literalmente. Passar o JF no ranking nesse momento significa muito pouco para o seguimento das carreiras. Vejo o brasileiro com muito mais potencial.

JClaudio
JClaudio
4 horas atrás

“Do outro lado, Tien dará um salto de 16 colocações no ranking com a grande campanha e vai entrar no top 40 pela primeira vez, ultrapassando o carioca João Fonseca. Ele subirá para o 36º lugar e será jogador de 20 anos ou menos mais bem colocado na próxima lista da ATP, batendo seu recorde pessoal.”

O pessoal de Pindorama não vão gostar da comparação…

JClaudio
JClaudio
3 horas atrás
Responder para  JClaudio

…não vai gostar..***

Fernando S P
Fernando S P
2 horas atrás
Responder para  JClaudio

Da minha parte, não vejo problema algum. Eu sigo as tais “planilhas” (meu próprio ganha pão é baseado em evidências (objetivas)).

O ponto que não pode ser ignorado é o contexto: torneios após o USO costumam ser esvaziados, com grande parte dos atletas longe do auge físico. Esses 500 e 1000, portanto, não têm a representatividade que tu imaginas. Tu acompanhas o circuito, mas parece que nunca notaste isso.

JClaudio
JClaudio
1 hora atrás
Responder para  Fernando S P

Olá Fernando

Existe uma contradição naquilo que vc escreve, vc diz que segue “planilha”, trabalha com evidências objetivas…ao mesmo tempo apela para o contexto (todo contexto precisa ser interpretado, não é algo objetivo, vai depender muito da construção como indivíduo)
Vc escreve sobre o esvaziamento dos torneios, diz sobre a condição física do atletas, sem um aprofundamento fisiológico, algo que não se confirma na prática, a maioria dos tops 30 estiveram nos dois 500 na Asia, inclusive o número um e dois do ranking.
Ainda, desqualifica os torneios 500 e 1000 do circuito (será porque é na Asia? Espero que não) dizendo que não tem representatividade, convenhamos um absurdo, os dois torneios foram ótimos tecnicamente.
Para finalizar, diz que seu interlocutor é uma ameba, afinal acompanha o circuito, mas não tem capacidade de entender o raciocínio “Fernandiano” (de SP).
É isso meu amigo Fernando SP.

Fernando S P
Fernando S P
1 hora atrás
Responder para  JClaudio

Dialogar contigo é um desafio interessante. Às vezes a gente superestima o que sabe. Faz parte. O método científico não é o teu ponto forte: podemos analisar tudo de forma bem clara e objetiva se tivermos as informações necessárias. Com elas conseguimos separar cada efeito. Podemos analisar vídeos, imagens, textos (dados não estruturados)…não são apenas números (dados estruturados) como tu pensas.

Tem bastante evidência (a olho nu) de que depois do último Slam os atletas não estão na mesma forma (e isso vale pra qualquer esporte no final de temporada). Nada de contraditório no que eu escrevi – apenas realidade nos calendários esportivos. Qualquer atleta de elite busca chegar no auge na(s) maior(es) competições do calendário.

SP não é São Paulo. São só as iniciais do sobrenome.

Paulo Lude
Paulo Lude
2 horas atrás

“…iguala marca de Djokovic e Nadal” é modo de dizer, né? Nadal tem dois títulos em Pequim, assim como Sinner tem agora, mas Djokovic tem seis títulos lá, como aliás a matéria deixa bem claro.

Sergio
Sergio
1 hora atrás

Ótima vitória do Sinner. O americano Tien é páreo duro para qualquer um. Carne de pescoço mesmo. No jogo, apesar do domínio do Sinner é possível ver que, em alguns momentos o americano parte para cima mesmo. Sem medo. E ganha pontos por sua coragem e ótima movimentação. Esse Tien vai longe no circuito. Penso que ele e o Fonseca serão, em breve, dois grandes advesários para o Sinner e para o Alcaraz.

Julio Marinho
Julio Marinho
5 minutos atrás

Sinner esteve uma máquina essa semana. Batendo com gosto, só não vi a tal variação que se propunha a experimentar. Difícil sair de uma zona de conforto que funciona à perfeição contra 100% do circuito – 1 jogador.

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