Depois de dois jogos seguidos de perigosos cinco sets, enfim Alexander Zverev conseguiu fazer uma partida mais econômica, ainda que muito exigente o tempo todo, e está pela quarta vez consecutiva nas semifinais de Roland Garros. O homem que bateu Rafael Nadal e viu Novak Djokovic abandonar, tem agora de vencer Casper Ruud para enfim atingir sua segunda decisão de Grand Slam e assim manter o maior sonho da carreira.
Com 11 vitórias seguidas no saibro, o que incluiu o troféu em Roma, Sascha foi bem testado em Paris até agora. Além do teste emocional da estreia diante de Rafa, ele tirou três cabeças de chave, sofrendo muito contra Tallon Griekspoor e Holger Rune, em que precisou do máximo de sua experiência para ganhar tiebreaks de grande peso. Na maior parte do tempo, contou com o primeiro saque bombástico, mas também do forehand, seu calcanhar de Aquiles que todo adversário explora.
Alex de Minaur tem na terra sua superfície mais frágil, porém ainda assim competiu muito bem nesta quarta-feira, ficando a um ponto de ganhar o segundo set, o que poderia mudar tudo. Curioso que o alemão tenha anotado apenas dois aces e vencido só 69% dos pontos com o primeiro serviço. Essa estatística deveria dar mais chances ao adversário, mas De Minaur sacou ainda pior – 48% de eficiência – e aí só evitou um de seis break-points oferecidos.
Ruud foi justamente quem barrou Zverev na semi do ano passado e com um placar quase humilhante. O alemão ganhou os três primeiros confrontos, sempre em pisos duros, isso lá em 2021, quando o norueguês ainda era bem menos sólido. No papel, claro que o alemão super-sacador é mais tenista, com golpes definidores lá de trás e hoje com um jogo de rede bem mais maduro. Mas acredito que o fator primordial será o mental e assim terá um considerável handicap aquele que administrar melhor a ansiedade.
Semifinalista muito inesperadas
Quando se imaginava que Aryna Sabalenka e Elena Rybakina iriam duelar entre si pelo direito de uma inédita final no Grand Slam da terra, eis que a italiana Jasmine Paolini, de 28 anos, e a sensação russa Mirra Andreeva, de meros 17, causaram enorme surpresa nesta quarta-feira em Paris. Enquanto a 15º do ranking tenta repetir Francesca Schiavone e Sara Errani, finalistas entre 2010 e 2012, a ascendente 38ª colocada pode se tornar a mais jovem a decidir Paris desde o fenômeno Martina Hingis, vice aos 16 anos e nove meses em 1997.
É fato que as duas favoritas jogaram aquém de seu nível habitual, porém não se pode deixar em segundo plano a atuação firme das duas novatas, que souberam controlar os nervos e acima de tudo achar o plano tático ideal.
Paolini, por exemplo, entrou intensa na quadra, procurando ser mais agressiva, e sua ótima cobertura de quadra dizia a Rybakina que ela teria de arriscar. A italiana ainda teve à frente por duas vezes no segundo set e, quando perdeu intensidade, parecia que Rybakina tinha achado um caminho. A cazaque no entanto sofria com o saque, uma arma crucial no seu estilo, e terminou o jogo com 48 erros contra 22 da adversária.
Treinada por Conchita Martinez, Andreeva foi muito aplicada na mistura de força e delicadeza. De seus 43 winners, 12 foram deixadinhas e cinco vieram com lobs, incluindo o match-point. Isso tudo apenas em seu quinto Slam da carreira. O melhor no entanto foi ver aquela garotinha elétrica e descontrolada do passado numa jogadora concentrada e positiva.
A cazaque contou mais tarde que não tinha mais pernas no terceiro set e que isso foi frustrante, mas explicou que anda tendo problemas com alergia e com o sono, o que são coisas preocupantes mas diferentes de uma lesão. Sabalenka por sua vez não se apresentou para a entrevista oficial e assim o mal estar, aparentemente estomacal, não ficou confirmado. A bielorrusa havia feito ao menos semifinal dos seis últimos Slam.
Paolini ainda voltou à quadra para também fazer semi de duplas, ao lado de Errani, enquanto Andreeva preferiu desistir da parceria com Vera Zvonareva. Aliás, Coco Gauff, que tem a dura missão de enfrentar Iga Swiatek e o retrospecto negativo de 11-1, também avançou à semi de duplas, ao lado de Katerina Siniakova.
O novo ranking feminino
– Caso chegue ao tetra, Swiatek abrirá mais de 3.700 pontos sobre Gauff, a nova número 2 depois da derrota de Sabalenka.
– Paolini é mais um nome da Itália a atingir o top 10. Poderá ser oitava com final e quinta com o título, em ascensão fulminante. Era 31ª no Australian Open de janeiro e 53ª quando começou Roland Garros de 2023.
– Bia pode sair do top 20 caso Mirra seja finalista. A russinha já garantiu o 23º posto, seria 16ª e atingiria o 14º com eventual troféu.
– Luísa Stefani cairá pelo menos para 12ª e isso deve fazer com o que o Brasil tenha apenas uma dupla feminina nas Olimpíadas.
– A belga Elise Mertens assumirá pela oitava vez desde 2021 a liderança do ranking de duplas.
O futuro de Djokovic
A outra notícia de grande relevância desta quarta-feira veio de Novak Djokovic e a decisão rápida de operar o menisco do joelho direito. Sinal evidente que o sérvio não teve como considerar tratamentos alternativos diante da proximidade dos Jogos Olímpicos, o seu grande objetivo da temporada. É pouquíssimo provável que Nole consiga disputar Wimbledon e defender seu vice. A corrida contra o tempo parece ser mesmo o retorno ao saibro de Paris para tentar o ouro olímpico.
Na torcida pelo alemão. GO Sacha!
Dalcim , gostaria até que o alemão ganhasse , mas o Rudd chegou duas vezes e mais descansado, será que chegou a vez dele ?
Os dois têm um problemão do outro lado da chave, não acha?
Infelizmente ! Minha torcida e pelos fracos e oprimidos rssss
Uai, mas o Djokovic não é fraco, muito menos oprimido… rsrs
Rsrs
Rssss
Exato! Adiciono aliás que, terminado o jogo dos favoritos (é antes, certo?), o vencedor vai ficar ligado no resultado e torcendo muito pro Ruud repetir o ano passado pra já começar a ensaiar o discurso de recebimento da taça. Sem desrespeito ao norueguês, mas sua chance de título contra qualquer um dos outros dois me parece quase nula.
Hahahaha
Tem uma brasileira na final de Roland Garros (wheelchair girl).
Zverev se passar tem chance contra Sinner ou Alcaraz, o problema é passar kkk e ainda chegar inteiro. Ruud tem suas limitações, mas é muito chato de vencer no saibro.
Seria uma bela história se Zverev vencesse Roland Garros 2 anos mais tarde daquela fatídica contusão.
To na torcida por ele!
Tirando a fatídica lesão do GOAT, será um ótimo desfecho de torneio e o título ficará em ótimas mãos.
Sinner tem a minha torcida dos grandes tenistas do já quase pós-Big-3.
Zverev como já bem citado pelo Dalcim e outros foristas, pela história fantástica de redenção no Aberto da França.
Ruud é um baita sabrista, muito bom tenista e um cara muito gente boa.
Obviamente estou torcendo contra o Alcaraz, por ser o queridinho da mídia, dos progressistas das viúvas terceiretes, mas o título com ele está em ótimas mãos também, por ser o excepcional tenista que é.
Vou de Ruud, só não vou assistir o jogo!
Zverev merece demais um Slam, já tem finals, ouro olímpico, Masters 1000, vitórias contra o Big 3 e o novo Big 2. Vai coroar uma carreira respeitável domingo.
Concordo plenamente! Torcendo para que o alemão seja vitorioso. Além do que, isso tornaria a disputa pelas primeiras posições do ranking mais interessantes.
E os outros não merecem?
Títulos se conquistam, não “merecem”.
Não, deixei claro que só o Zverev merece.
Falou e disseO Zverev merece muito esse título de RG 2024. Ele joga muito.
Concodo que ele mereça, talvez sua última chance real, porém acho é dificil.
E agora Dalcim quem será o favorito?
Boa pergunta. Se eu fosse apostar, iria no Alcaraz. E você?
Eu também acho, agora de der o sinner acho que no saibro parisiense ai o Zverev tem seus 65%
Sinner…
Torcerei pelo Sasha também. Vamos ver se agora vai. Mas vai ser dificílimo.
Dalcim vamos ligar o advinhometro? Alcaraz vence a semi 31 e a final 30! Assinaria embaixo?
3-2 e 3-1, só para te contrariar rsrs
Palpite é palpite kkkk…
Acho que 3-2 e 3-1 é bem provável, mas para o Sinner.
Abs
LEMBREI DE “PALPITE INFELIZ”, do genial Noel Rosa…
Vou ficar no meio termo e mandar um 3-2 e 3-0. Abraço!
RSRSRSRSRS…
MARCELO REIS, mais de um tenista vencerá a final masculina de Roland Garros no próximo domingo, é isso?
Torço pelo Zverev, por conta de tudo o que passou desde aquele fatídico jogo contra o Nadal em 2022. Ele estava na ponta dos cascos e fazendo um jogo espetacular quando se machucou. Mas acho que o campeão sairá do jogo entre Sinner e Alcaraz na sexta-feira, com levíssimo favoritismo do espanhol, um pouco mais adaptado ao saibro na minha opinião.
Mas tudo também vai depender da exigência que os finalistas encontrarem nas semis, porque Sascha jogou muitas horas no torneio e Alcaraz e Sinner vem de contusão. Nesse sentido, Ruud pode correr por fora por estar mais descansado, uma vez que não precisou jogar as quartas de final. Seja como for, será bem bacana ter um novo vencedor em RG.
Baseado nas suas ponderações, com as quais concordo, aposto minhas fichas numa final Ruud x Alcaraz, com vitória do murciano.
Assim, o simpático norueguês, radicado na Espanha, levará o terceiro prato de RG para casa. De todo modo, é melhor perder na final do que antes, já dizia o malvadão.
Não sei, André. Zverev contra Ruud será um jogo em que o Ruud vai tentar jogar com o forehand contra o do Zverev e o alemão vai forçar o backhand contra o do Ruud. Talvez o saque faça a diferença a favor do Zverev, porque o aproveitamento de saque dele tem sido incrível. Se for pra apostar, meu palpite seria Zverev contra Alcaraz na final e acho que o espanhol seria favorito pelo mental – não tem a pressão de nunca ter vencido um GS – e por ter um maior arsenal de golpes.
Zverev possui mais recursos técnicos que o Ruud, sem dúvida. Entretanto, na minha aposta, pesou mais o aspecto físico ressaltado na sua análise.
COMO É ARTICULADAMENTE correto, meu Deus! Um muro que o acomodasse cairia bem pacas…
Djokovic mostra que é inexorável a passagem do tempo. Ainda que tenha condições de apresentar um tênis de alto nível, não voltará mais a ser o que era. O BIG 3 ficou para a história, e quem teve sorte de vê-los, foi privilegiado
O problema que eu vejo não é nem tanto o Djoko. Ele ainda tem momentos geniais, de boa forma física (espero sinceramente que recupere) e mental. Dois jogos de 5 sets que o digam.
O que vai dificultar é que seus adversários estão atinigindo um nível de maturidade e consistência igual ou talvez até superior a dele. E parece ser uma evolução de seu estilo.
Mas nunca duvide de Novak Djokovic!
Abs
Zverev chega à quarta semifinal seguida de RG. E tem gente que o trata como caso isolado em vários temas, rsrsrs.
Ele terá muito trabalho contra o Ruud, que o atropelou em 2023, mas agora está em muito melhor forma.
Rudd é meio bagre (rs) Sei nem como ele chegou tão longe.
O motivo tem 4 letras: spin. Ele coloca um top spin absurdo na bola o que deixa o adversário sempre desconfortável em quadra, principalmente no saibro.
Ele se vira com os recursos que tem: um bom slice, sólido nas trocas e quando a bola sobra curta, manda uma direita razoável.
RODRIGO S. CRUZ, não seja tolo! É o terceiro ano seguido que o comedor de bacalhau chega “tão longe” em Roland Garros, sendo que, por ora, está apenas na semi, o que considero ser um exagero, em se tratando de um tenista tão meia-boca e cujo nome se escreve Ruud…
Pois é. Eu não gosto do tênis dele, mas admito que ter avançado tanto, e por 3 edições seguidas é muito mesmo… Só acho que se o Dalcim edita qualquer fala minha que é acima do tom, poderia ter também editado o “tolo” que vc escreveu.
POIS É, RODRIGO, há tolo pra lá e pra cá, e querendo, pode me incluir entre você e o JOSÉ NILTON…
Considere-se incluído então…
GRATIDÃO, RODRIGO. Porém, o mais formidável de tudo é que o JOSÉ NILTON, enfim, admitiu que somos todos iguais nesta confraria. Ao deixar de fazer uso da tal moderação sobre nossas postagens aí acima, ele refutou a pretensa diferença entre quem é chefe e quem é mero colaborador…
Viu, Sérgio Ribeiro, como vc não é o perseguido?
Cara, vc é muito, mas muito chato. Como vc se aguenta hein? rs
Não fosse apenas isso, fez final no US Open de 2022, perdendo “somente” de Carlos Alcaraz.
LUIZ FABRICIANO, o Ruud é a banda A-Ha do tênis…
Acrescente á conta, uma final de US Open, perdendo para aquele que ganharia de qualquer um, naquele ano.
LUIZ FABRICIANO, isso só mostra o quanto o comedor de bacalhau é um subproduto do tênis…
Nada a ver com o assunto do post, mas gosto da irreverência do Courentin Moutet. Espero que ele consiga se segurar no Top 100.
Já o Zverev, pra mim, é como o caso do Thiago Wild. Enquanto pesarem suspeitas sobre os dois, não torcerei.
Partindo do princípio que as duas Semis serão equilibradas , poderia perfeitamente ter chegado a hora de Alexander Zverev já aos 27 anos. O problema está do outro lado , SINNER e Alcaraz. O jovem Italiano vem provando que é mesmo o melhor jogador da Temporada e que não escolhe mais piso. Alcaraz vai precisar jogar o seu melhor ( ainda não conseguiu pós lesão) para se livrar de JANNIK. Dito isso, as chances do Alemão contra o jovem Italiano, se baseiam apenas em fazer funcionar seu bombástico serviço o tempo todo , e se mostrar inspiradissimo com seu Forehand. Não apostaria minhas poucas fichas em Sasha . Nada de amarelar e sim a imensa qualidade de seus oponentes. Abs!
Prezado SR, convém lembrar que Zverev já derrotou Alcaraz enquanto este vivia um bom momento. O que ele fez naquele ATP Finals derrotando dois gigantes em sequência talvez seja até mais relevante. Qua do está inspirado, esse alemão realmente pode derrotar qualquer um.
Um comentário digno de reconhecimento!
Muito bom!
Dalcim, boa noite!
O Zverev é um jogador curioso. Antes da lesão, tornou-se um jogador mais agressivo, mas parece que ele tem como estilo ser um passador de bolas, sem demérito. Já tivemos Hewitt, Simon, Monfils, Murray, Medevedev para ficarmos em exemplos mais clássicos. Nesse aspecto é salutar quando vemos sobretudo Djokovic conseguir mudar tanto o estilo, dentro do mesmo jogo.
O alemão, nos momentos importantes, se segura na base de bolas centrais, peso médio. Claro, que quem assiste pensa “pô, vai para a bola”, mas ele, tanto quanto eu, acha que vai errar. Ele pode sim atacar, mas nos momentos cruciais é lá que se segura. E, na verdade, mais funciona do que não funciona. Se vai funcionar com Sinner ou Alcaraz, é mais difícil, porque tem mais peso de bola, forçam ele a ir para trás, e abrem espaço para bolas anguladas ou curtas. De Minaur nao tem peso de bola e nem tanta mão para deixada. Então, para Sasha, ficar batendo para sempre bolas sem sentido mas aparentemente para sempre, funciona bastante. Ele consegue sustentar basicamente para sempre, bola a peso médio.
O que acha? Sentindo ele tão confortável como fica nesse estilo, acha que ele deveria fazer diferente? Gostava quando ele se tornou mais agressivo, mas parece ser algo bem difícil para ele, sair da origem, do conforto dele.
Eu acho que ele está jogando da forma correta no saibro e na maioria dos pisos sintéticos, que são na verdade mais lentos, Júlio. Seu saque poderoso faz diferença, mas não dá para viver de segunda bola. Então ele entendeu que precisa trabalhar pontos, se mexer melhor (e nisso melhorou muito) assim como aprendeu a jogar na rede. Então acho que ele tem feito o caminho certo.
Julio, acho que ele sofrerá bastante se passar pelo Ruud e enfrentar Alcaraz e suas deixadinhas milimétricas. Ele não tem a explosão para tanto e o espanhol vai usar muito essa tática.
Sendo uma lesão de joelho, creio que está claro para todos que Novax Djocovid estará fora de combate até bem depois das Olimpíadas.
Do contrário, seus detratores terão uma ponta de razão em duvidar da lesão. Afinal, estamos falando de um homem que tinha um guru espiritual que o acompanhava nos jogos, que se negava a realizar uma operação no ombro, que afirma que ele é seu próprio médico, que só toma vacinas e remédios depois de (segundo ele) estudar pessoalmente todos seus efeitos sobre seu corpo, que esse ano abriu mão de ter um técnico e um preparador físico, que afirmava que seria possível limpar água suja com a energia da mente (!!!), este sujeito foi convencido em 1 dia a deitar numa mesa de operações e operar o joelho? Sem tentar qualquer tipo de pajelança antes disso?
Por enquanto, fico com a versão do sérvio, mas aguardo os próximos capítulos.
Agora vou concordar. Na hora que a água bate no pescoço, tome-lhe substâncias estranhas pra poder disputar as Olimpíadas. Anestesia, analgésico, etc, etc, etc e etc.
Sério mesmo que você quer comparar anestesia e analgésico que são produtos massaficados e rigorosamente testados há décadas com as vacinas que foram liberadas para população em tempo sumaríssimo, algo sem precedente ?? Tu tem noção dessa comparação que você quer colocar no mesmo “saco” ?
Eu tomei minhas vacinas, mas acho um absurdo e irrazoável pessoas ainda quererem julgar outros que optaram por não serem vacinadas. Larga mão disso, Maurício. E não fique chateado se daqui algumas décadas esse ato do sérvio seja positivamente recordado pela maioria das pessoas das futuras gerações. A visão de mundo e valores estão em constante mudança.
Abs !!
Bobagem. As vacinas já foram lançadas há 4 anos e essa galera continua a não se vacinar. São apenas desculpas para justificar o próprio negacionismo.
A contribuição do Djokovic nesse episódio foi a pior possível: só ajudou a alimentar o movimento antivax e a circular a doença, na época em que ele organizava eventos no auge da pandemia. Um irresponsável.
Você não é médico e muito menos ortopedista. Cirurgia no menisco é muito menos grave do que ruptura de ligamento. Lembro que o Cafu já veterano fez uma pouco tempo antes da Copa de 2006 e conseguiu jogar.
Portanto, deverá voltar para as Olimpíadas (ainda meia-boca) e com certeza absoluta para o USO em um nível melhor.
Dalcim, durante quase 20 anos AO, Wim e RG juntos tiveram apenas 5 campeões, porém o atual campeão de Wimbledon é Alcaraz, do AO é Sinner e de RG é algum que não Federer, Nadal, Djokovic, Murray ou Wawrinka.
Agora podemos dizer que acabou?
Bom, eu não cravaria isso. Mas sem dúvida há espaço maior agora.
“SAUDAÇÃO AO NO NOSSO divino guia, Om/Nada vai mudar meu mundo” – The Beatles, na belíssima “Across The Universe”, de Lennon e McCartney…
RETIFICAÇÃO: NO( x )*
Dalcim, me parece que a vontade de setornar recordista de GS fez o sérvio dar tudo que podia na temporada passada, ou seja, ele sabia onde poderia chegar.
E por que digo isso? Pq me parece que quebras de recordes é sempre algo vantajoso pra quem vem depois. Será que se Sampras tivesse terminado a carreirac om 20 GS, Federer terminaria também com 20? Por isso recordes são sempre relativos, ao meu ver.
Oq importa é o quanto o cara assustou na sua época, não o quanto ele ganhou.
Além de já ter um parâmetro do que precisa ser batido, a vantagem é de quem vem depois porque os recursos tecnológicos/medicinais/técnicos progridem de acordo com o tempo (sem desmerecer o sérvio pois mesmo assim não é fácil). Veja o caso do back de uma mão e a raquete do Federer por ex.
Mas aqui vai ser um pouco difícil você convencer alguém com esses argumentos, rssss
Abs
Como assim, não importa o que ganhou, mas o que assustou?
É possível assustar sem ganhar?
Por que Alcaraz foi o fenômeno estupendo dois anos atrás?
Não entendi seu ponto.
Djokovic assustou aos 36 anos por somente fazer 4 finais de GS ou por que ganhou 3 e foi vice em outra?
Credo. Essa de “o quanto o cara assustou” foi das coisas mais bizarras que já li por aqui. De qualquer forma,
o GOAT Djoko assustou o mundo do tênis de 2011 a 2023, com exceção de 2017.
A depender dos resultados das semis e final Sacha pode entrar na temporada da grama mirando o no. 2 do ranking. De todo modo, acho pouquíssimo provável que ele ou Ruud vençam Sinner ou Alcaraz.
Olá.
Hoje acordei de mau humor. Fui chamado duplamente de preguiçoso. Um absurdo! Assim ficarei deprimido. Por acaso acham que não trabalhamos do lado de cá? Um dia vocês saberão.
Comecei meu dia derrubando a Rybakina. É uma máquina de aces, reconheço. Tratei de cutucá-la. Errou como nunca! Easy! Tirei-lhe as pernas. O que sobra? Nada. A italiana jogou certinho e se encarregou do resto. Fim.
Dei continuidade a meu dia de fúria: comecei a ajudar a Andreeva no 1º set, estava com 1 break acima.
*Pausa para o almoço*
Quando retorno, a garotinha entregou tudo! Não se pode deixar essas crianças de hoje em dia um minuto sozinhas que fazem bobagens! Pois bem, reassumi o controle do jogo no 2º set. Agora a Sabalenka errava a torto e a direito. Por quê? Fica a indagação. O fato é que a garotinha agora tem sua melhor campanha em Slam. Mas não se enganem, ela não pode ganhar asinhas ainda. O sucesso pode subir-lhe à cabeça.
E o Zverev? Distintos fãs do tênis, na vida, há limites para quase tudo. O gurizinho é um jato. Chega em todas! O que lhe falta? Potência. Aqueles saques a 190km/h? Minha avó de bengala, que Deus a tenha, sacava melhor. Golpe matador? Nunca se viu. O alemão marrento aproveitou as brechas. Parabéns pra ele e esperemos as próximas.
Preguiçoso, eu? Calúnia!!!
Sobrenatural de Almeida.
Porque você não vem falar a sua programação de trabalho antes de acontecer? Acho que os editores do Portal Tenisbrasil Uol e os comentaristas manteriam segredo e ninguém ia entregar as suas pretensões para os tenistas e as tenistas. Falando depois que acontecem os fatos, a sua credibilidade não é tão grande e pode até gerar uma desconfiança, embora a gente saiba que você está sempre escrevendo a verdade.
Caros colegas,
O Sobrenatural de Almeida é uma entidade que, originalmente, trazia todo tipo de infortúnio para o Fluminense. O seu “rival”, o Gravatinha, fazia o contrário. Eles apareciam nas crônicas esportivas após os jogos justamente para comentar sobre o ocorrido, em especial quando algo inusitado/inesperado ou “absurdo” ocorria.
A ideia é brincar com os resultados. Não prevê-los. Isso não há. Para tal, teria que mudar meu nome para Mãe Diná ou Nostradamus, não sei. Imaginem as coisas que poderíamos ter/fazer se pudéssemos prever o futuro. Não daria certo, certamente.
Sobre a desconfiança, Dalcim tem o poder de veto. Se ele suspeitar de algo desagradável, ele veta e adeus.
Por fim, caso me torne desinteressado ou desinteressante, paro de postar e a vida seguirá.
Abraços cordiais,
Sobrenatural.
Continue Sobrenatural, sempre vejo suas postagens, inacreditável que você precisou explicar como funciona “seu trabalho” rs, mas vida que segue, abraço.
Isso aí, desse lado dá para prever sim, mas não dá para divulgar.
É anti-ético e desnecessário.
Cada um tem que se virar com suas limitações e merecimentos.
Valeu!
Pois é, quando ninguém mais esperava, eis que o distinto resolve dar as caras na reta final do feminino. Nada como uma boa cutucada para fazê-lo tomar tenência. A ver se completa o trabalho ou retorna para o dolce farniente nos cafés da Blvd Saint Germain.
Massa Sobre!
Tenho certeza de toda vida aí desse lado, preciso esperar tempo nenhum mais não.
Mantenha-se nos ajudando, sempre!
Dalcim, João Fonseca fez uma preparação interessante para a grama, aliás algo raro para os brasucas. A vitória hoje foi sobre um adversário que, infelizmente, não encontrou mais o caminho. Baseando-se nisso tudo, você há viu algum jogador brasileiro com um potencial de versatilidade tão grande? Óbvio, que temos de ter paciência, mas digo a facilidade que demontra em todos os pisos…
O estilo dele propicia mesmo essa versatilidade nos pisos, Marco Aurélio, e isso é muito animador. Eu gosto muito dos tenistas que conseguem se adaptar às dificuldades e ele me parece bem o caso.
Dalcim, já começou o Bolão?
Zverev leva dessa vez, com essa alavanca que ele tem no backhand ele derruba até o Sinner.
Vamos ver se rola um para a final, Alexandre.
Zverev: 14 winners, 38 unforced errors
De Minaur: 18 winners, 37 unforced errors
Para alguns aqui, De Minaur foi o campeão. Campeão moral kkkk
No site de RG, os números divergem um pouco destes.
Zverev: 20 winners, 48 enf
De Minaur: 28 winners, 53 enf
Também são exibidos os erros forçados (Zverev: 20, Di Minaur: 31).
Portanto, ao somarmos os winners de um jogador com os erros forçados do outro, temos:
Zverev: 51
Di Minaur: 48
Ou seja, uma diferença de 3 em favor do alemão. Somando essa diferença com a dos enf (5, também em favor do Zverev), chega-se à diferença do total de pontos conquistados (8).
Isso mostra a importância de se contabilizar os erros forçados, os quais, não sei por que, raramente são divulgados.
Sim, deveria reivindicar o troféu!
Ontem, Hurkacz ficou furioso com uma bola que saiu claramente e acabou conversando com Dimitrov sobre “substituir” o árbitro.
É cada uma…
Olá a todos.
Como descendente de espanhóis, de nacionalidade (dupla) espanhola, conhecedor profundo das festas e tradições do país, repudio veementemente as touradas. Uma tradição ultrapassada, um espetáculo covarde, uma crueldade sem tamanho. Há muitos movimentos e iniciativas na Espanha para acabar com essa carnificina, alguns dos quais sou membro e apoio.
Sendo assim, independente do motivo pelo qual o blogueiro Gilvan postou sobre esse assunto na pasta passada, gostaria de exercer meu direito de expressão e dizer que achei o post nojento, de embrulhar o estômago, com uma analogia tremendamente infeliz, ATÉ para os padrões do blogueiro em questão.
De resto, saúde a todos.
Perfeito!!!! Compartilho sua indignação
Eu tb.
Show!
O mais interessante disso tudo: eu sou contra as touradas. Veja só que coisa.
PS: Sem falar no EXTREMO racismo escancarado que impera no país. Obviamente não estou falando apenas de futebol. A Espanha precisa evoluir MUITO.
FALTA SENTIMENTO CATALÃO naquela esbórnia franquista…
Com a perda dos pontos do título de Roland Garros e do vice em Wimbledon no ano passado, o ranking de Djocovid já passará a refletir seu nível de jogo atual: fora do top-5.
Hoje ele não tem nível para bater os jogadores do topo do circuito.
Com isso, acabarão as chaves “bananadas”, só pegando atletas de alto nível nas fases mais agudas do torneio.
A carreira do sérvio acabou.
Responda então, como ele com esse nível fora top5, bateu em Sinner e Alcaraz no Finals, 6 meses atrás?
Vai ver o nível de um tenista profissional é como iogurte, no dia marcado no potinho, azeda.
No fundo, até acho que saberias responder minha pergunta acima, mas se fosses sincero na resposta, colocaria Roger Federer um pouco mais baixo de onde está.
Sejamos diretos: estamos no mês de junho e o atual líder do ranking ainda não venceu uma mísera partida contra um top-10.
Nenhuma vitória contra jogadores do top-10, seja nas quadras rápidas, no saibro e agora na grama, pois ele abriu mão da temporada de grama.
Que mais posso dizer? Ele não tem nível para disputar com esses atletas. A queda no ranking se retroalimentará, pegando chaves cada vez mais complicadas e sendo eliminado de forma cada vez mais precoce nos grandes torneios.
Restará ao sérvio brigar pelos ATP 250, como fez em Genebra, torneio em que ele foi melhor sucedido no ano de 2024, ficando a 1 set de alcançar a grande final, mas terminando derrotado pelo grande Machac.
Fritz era top 12 no Australian Open e entrou no top 10 após o evento.
Em 2018, Djokovic era 14° e terminou o ano como número 1°. No USO, pode ser que enfrente Alcaraz e Sinner nas quartas. E com todas as chances de vencer. O resto é seu desejo de sofredor.
Na verdade nível ele tem, o que fica claro quando ele mete um pneu no Musetti e um 6-1 no Casper Ruud em Monte Carlo. Ele vem em má fase, trocou a equipe o que obviamente faz uma diferença grande nesse nível e agora está se adaptando. A questão maior a meu ver é física, mas na parte técnica, se estiver focado e treinando bem ele pode ganhar de qualquer um.
Ahh tá, agora sim, sejamos diretos, com você prevendo o futuro, entendi.
E continuas na mesma, prevendo um futuro catastrófico para alguém que dominou o tênis num passado logo aqui, pertinho.
Previsões futuristas de torcedor do caos, não servem.
Próximo!
A título de comparação, vamos pegar os números dos demais atletas do top-5 no ano de 2024:
Sinner – venceu o Dimitrov em Roland Garros, o Rune em Monte Carlo, o Medvedev em Miami, o Medvedev, o Djokovic e o Rublev no Australian Open. Um total de 6 vitórias contra top-10 no ano de 2024.
Alcaraz – venceu o Tsitsipas em Roland Garros, o Medvedev, o Sinner e o Zverev em Indian Wells. Um total de 4 vitórias contra top-10 em 2024.
Zverev – venceu o De Minaur em Indian Wells e o Alcaraz no Australian Open. Um total de 2 vitórias contra top-10 no ano de 2024.
Medvedev – venceu o Hurkacz e o Zverev no Australian Open. Um total de 2 vitórias contra top-10 no ano de 2024.
A verdade é que esse trem já passou para o sérvio. A grande vitória dele no ano foi contra o limitadíssimo Taylor Fritz, lá em janeiro. De lá para cá, foram atropelos, desde tenistas do topo do ranking, como Ruud e o Sinner, até derrotas vexatórias contra gente fora do top-100. O grande momento do sérvio foi o que? Ganhar em 5 sets sofridos contra o Cerúndulo e o Musetti? Se esse for o caso, então de fato não estamos falando de um tenista de topo de ranking.
Me lembro de suas palavras após WB 2023 e depois sumiu. Só espero que não fuja novamente.
O péssimo início de ano do sérvio foi um deleite para você, só isso.
Acaso lembre-se quem era o favorito do Dalcim para ganhar esse RG, até as duas primeiras rodadas?
Por que será?
Os jogos da Sabalenka têm sido chatos, ela demora para colocar a bola em jogo, demora para sacar, parece q faz tudo em câmera lenta, fica tudo sem graça e demorado.
Apesar disso, quero registar meu elogio à sua louvável atitude de permanecer em quadra ontem mesmo passando mal.
Operação de joelho: feita
Moral: em dia
Djokovic já pensa em voltar. Ou seja, a motivação tá lá, pois se não estivesse nem teria operado.
Mas onde? Wimbledon, parece impossível. As Olimpíadas? Mais tarde?
A contagem regressiva começou
Gustavo, acho que ele virou uma enorme chave no momento que chamou todo mundo e disse: Estou fora de RG e vou para sala de cirurgia.
Estou convicto que voltará com aquela fome e vontade de comer fígados de novo!
MATS WILANDER
“O rei ainda não foi destronado”
“Enquanto ele (Djokovic) estiver lá, para mim ele continuará sendo o melhor. Ele cai para o segundo lugar no mundo por causa de um problema de saúde. Não por uma derrota”.
Não foi por 1 derrota. É só ver o que ele (não) tem feito desde janeiro.
Wilander metralhadora de abobrinha, impressionante. O inexplicável ódio que ele sempre sentiu do Federer deixou ele cego.
Meu Deus, como o nível feminino está baixo, é o famoso em terra de banguelo, quem tem um dente é rei.
E quem tem um dente no caso, é a Iga.
Espero que sim! Sasha merece um Slam na carreira, sem dúvida.
Estávamos falando de carisma no outro post, Swiatek joga muito, dominante, mas tem carisma zero. Sem graça nenhuma…
Três pontos num post só:
Quem parará Iga?
Djokovic já de bengalas, por operatório e com uma fala que inspira motivação em alta, para mim, a vontade está lá.
Essa é para o nobre VALMIR BATISTA: nossa musa de beleza exótica deixou a sala de imprensa sem explicação pós seu jogo. Que achaste disso?
Apenas seu desconforto físico a impossibilitou ou um pouco de falta de respeito com todos?
Prefiro acreditar na primeira hipótese, pois, brincar quando se ganha é bem mais legal.
Abraços.
” Zverev destaca segundo set e avisa que quer ser campeão ”
Mãããss que grande novidade! Só ele que quer ser campeão? Todo mundo quer ser campeão. Eu também quero! Só não vou ser porque os organizadores inexplicavelmente não me ofereceram convite.
Fale, Dalcim!
Estamos ainda longe disso, mas já imaginou se a Itália vencesse simples e duplas no masculino e feminino?
Isso já ocorreu antes? Seria algo realmente fantástico. Nem estou aqui discutindo o quanto a Paolini teria que quebrar a banca e todos os outros jogarem seu máximo, mas só de estarem nessa condição já é uma coisa incrível.
Abraço!
Dalcim, eu sei que você já falou do tenis italiano antes, mas nesse RG temos italianos em todas as semi-finais, exceto nas duplas mistas. Acho que merecia um post, esse feito.
Já fiz post e podcast para explicar todo o notável trabalho que mudou a história do tênis italiano nos últimos 20 anos, Marcelo. Mas claro que sempre mencionarei esse sucesso incrível.
Não acredito que ele ganhe do Alcaraz, talvez do Sinner.
E ontem o Zverev trapaceando no sorteio (da moeda) contra De Minaur? Disse que escolheu o lado, quando não o fez
Acho que nunca ouvi falar disso antes…
Aqui está o diálogo do incidente do sorteio de Zverev.
– Chama “bola”
– Moeda cai na raquete
– Afirma que chamou de “raquete”
– Árbitro dá benefício da dúvida
– De Minaur não se opõe
Talvez um erro honesto? Talvez ele apenas tenha trapaceado?
O fato de Jannik Sinner ter conquistado o Australiano Open e agora o número 1 pela primeira vez, e não o talentoso Carlos Alcaraz, que já tinha atingido esta posição, só prova que o italiano agregou muitos novos recursos e vive um melhor momento que todos os concorrentes mais gabaritados.
E isso não se deu por acaso. Apesar da lamentável lesão que tirou a ponta de Novak Djokovic antecipadamente e sem que ele pudesse provar que ainda se mantém extremamente competitivo mesmo num ano muito abaixo de sua média, Sinner já era o primeiro na corrida do ano por ter atingido um estágio superior ao de Alcaraz e que parece ter feito toda a diferença: a maturidade.
Claro que o arsenal de golpes do espanhol é mais completo e seu estilo bem mais plástico e vistoso. Porém, enquanto ele não livrar-se da necessidade de fazer jogadas espetaculares em todos os games de todas as partidas, como se ainda precisasse provar o quanto é habilidoso, a probabilidade de perder para oponentes de alto calibre aumenta consideravelmente.
Para mim, sua dependência de aprovação e aplausos, visível também nas frequentes trocas de comunicação gestual com seu box, é um ponto fraco que só será corrigido com o amadurecimento. Embora seja um pouco mais novo que Sinner, sua trajetória foi muito mais meteórica e isso deveria lhe dar uma ligeira vantagem sobre o adversário da semifinal por já ter acumulado mais experiência com grandes palcos e grandes desafios. No entanto, creio que o peso que esse exibicionismo – algo que deve vir desde que foi descoberto como um garotinho prodígio – exerce sobre o equilíbrio psicológico e mental do jovem de 21 anos ainda gera instabilidades emocionais e tem atrasado essa maturação.
Contra Sinner, talvez o peso maior será o medo de ver carimbada a ‘faixa’ de número 1 justamente na partida contra aquele que é apontado como provável principal oponente nos anos vindouros. Será um ótimo momento para confirmar sua consistência e que é mesmo merecedor de todas as honrarias.
Sua percepção do Alcaraz, do exibicionismo, é exatamente a mesma que tenho. E acho que quanto mais confiante ele joga, mais ele se perde nisso. Quando jogou ainda um pouco machucado, foi impressionante ver a diferença como ele fazia jogos mais serenos e ainda assim muito eficientes. A questão em si não é fazer uma bola espetacular, mas de haver realmente uma bola propícia para isso. Quando o ponto está meio que perdido e você improvisa e pode fazer um ponto fora da curva. Recentemente fez um assim que achei bem a calhar que foi a passada com back de uma mão. Mas você ficar caçando essa bola, caçando jogo de quadradinho quando o jogo está melhor do fundo de quadra, é um ponto que ele precisa evoluir bastante. O Sinner por outro lado é a seriedade e simplicidade em pessoa. A ver amanhã.
Julio, concordo com sua avaliação a respeito da seriedade e simplicidade de Sinner.
Ressalte-se que após a vitória na segunda rodada deste mesmo torneio, quando Alcaraz perdeu o terceiro set para o obscuro holandês Jesper de Jong, ele próprio declarou, conforme li no site TenisBrasil: “… No terceiro set percebi que precisava ficar mais sólido. Era o momento de deixar de lado o espetáculo e tentar colocar seis ou sete bolas em cada ponto. Eu preferia ter ficado menos tempo em quadra, mas em um Grand Slam é preciso saber sofrer… ”
Ou seja, para alguém que vinha de uma lesão no braço que o afastou de torneios preparatórios para se poupar, é no mínimo imprudente prolongar um jogo e até mesmo correr o risco de um quinto set logo nas rodadas iniciais por conta desse exibicionismo que rende ovações mas pode comprometer o resultado.
Penso que a proximidade do fim da era do Big3 gerou um sentimento de orfandade em todo o circuito. E quando Alcaraz surgiu com tamanhas potencialidades e feitos tão absurdos precocemente, o deslumbramento foi geral e isso também contribuiu para que ele se sentisse num patamar acima de todos os demais jovens e jogadores da sempre cobrada Next Generation.
Mas no frigir dos ovos e com o vascolejar da carroça, as melancias naturalmente se acomodaram e as coisas foram voltando ao normal quando a meninada foi descobrindo atalhos para vencê-lo. Acredito que não levará muito tempo para que ele e sua equipe se deem conta de que é preciso adotar a mesma mentalidade vencedora de Iga Swiatek para ter ainda mais consistência e obter resultados à altura de sua indiscutível gama de recursos e das expectativas dessa já imensa legião de fãs.
Perfeito, Neri. É ainda permita-me elogiar sua iluminada escrita, sofisticada sem ser pedante ou prolixa.
Abraços!