Paris (França) – Ainda na segunda rodada, Casper Ruud foi eliminado em Roland Garros diante do português Nuno Borges. O norueguês largou na frente e fechou o primeiro set por 6/2, mas foi vencido nos três sets seguintes (4/6, 1/6, 0/6) e se despede de Paris. A partir do terceiro set, o desconforto causado pela contusão estava evidente e Ruud creditou a sua derrota em grande parte a isso, mas não deixou de mencionar os méritos de seu oponente.
“Nuno mostrou que é um grande jogador em saibro. Ele lidou muito bem com minhas devoluções. Eu tentei o meu melhor para jogar com o máximo de intensidade. E ele só ficou ali, devolvendo todas as bolas: altas, baixas, curtas ou profundas”, elogiou.
O atual número 7 do mundo disse ter sentido dores pela primeira vez no Masters 1000 de Monte Carlo, logo no princípio da temporada de saibro. Em Madri, teve acompanhamento médico e foi localizada uma inflamação no joelho esquerdo: “A ressonância não mostrou nenhum dano estrutural, o que é bom. Mas tem um líquido inflamatório lá dentro que precisa ser resolvido. Como sabemos, a temporada de saibro é agitada e decidi jogar no sacrifício, enquanto tomava anti-inflamatórios e analgésicos para me livrar da dor. Me ajudou um pouco, mas não o suficiente”.
Desde então, o tenista de 26 anos tem adaptado seu treinamento para poupar seu joelho. “Tem sido tranquilo nos treinos, porque consigo controlar um pouco mais. Mas quando se joga uma partida, você tem que entregar tudo, mesmo com qualquer problema. Não quero tirar nada do Nuno, porque ele fez uma partida fenomenal, de nível muito alto. Mas alguns lances são um pouco dolorosos para mim”, lamentou.
Ruud relatou ter sentido a dor ainda no início da partida, mas que a contusão só começou a atrapalhá-lo conforme o jogo se intensificou. Para o tenista, o movimento mais doloroso foi “deslizar a perna para bater o backhand de base aberta, já que exige muito do joelho esquerdo”.
“Eu tenho evitado o máximo possível realizar esse movimento nos treinos e tenho me sentido bem. Mas hoje, durante a partida, durante um Slam, você esquece essas coisas. Eu senti a dor imediatamente no primeiro set. Ela continuou voltando e não melhorou. Sou capaz de usar outros recursos e fazer outros movimentos, mas é como uma sensação ruim que não passa”, comentou.
O norueguês conta que após dois bons primeiros sets, percebeu que a inflamação não melhoraria e até tentou tomar alguns anti-inflamatórios, o que não pareceu ajudar. Ruud diz que o amor pelo torneio é grande demais para que ele abandonasse a partida. Porém, nos sets finais, outros movimentos também se tornaram dolorosos. “Como a partida estava próxima do fim, quis aguentar até o término. Eu pedi ajuda ao fisioterapeuta ao fim do terceiro set, para saber se conseguia mudar algo. Em um piscar de olhos estava perdendo por 4 a 0 no quarto set e pensei que daria para finalizar”.
Casper Ruud admite que, apesar da lesão, teve altos e baixos em sua temporada de saibro e acredita ter atingido alguns dos resultados esperados. Durante a fase de terra batida de 2025, o norueguês teve bons desempenhos, como o título inédito em Madri. “Estou orgulhoso da maioria dos resultados que alcancei. Durante a minha carreira, tive muita sorte em relação a certas lesões. Espero que essa não seja tão séria. Eu nunca sofri com dores fortes em partidas grandes, então estou orgulhoso da forma como lidei com isso. Hoje eu não podia desistir, fui capaz de lutar até o final”, concluiu.
O tenista não confirmou se abrirá mão dos torneios em grama e disse que irá realizar novos acompanhamentos e que provavelmente precisará de uma ou duas semanas de recuperação. Por deixar Roland Garros ainda nos primeiros dias, Ruud diz que terá mais tempo para tratar de sua lesão.
O norueguês afirma que se preocupa também com as desvantagens que terá caso não participe dos próximos torneios e que, mesmo lesionado, se sente forçado a jogar por conta do regulamento da ATP: “Sinto que perco muito se não apareço para jogar, tanto economicamente quanto em termos de pontos, ranking e oportunidades. Sei que essas semanas e meses longe das quadras são muito importantes para meu ano e minha carreira. Mas é difícil do mesmo jeito porque, quando me ausento em eventos obrigatórios, as punições são duras, já que todos vão pontuar e você não”.
Além disso, ele chama de “sistema questionável” o modelo de bônus financeiro proposto pela ATP e conta que, caso não compareça aos eventos obrigatórios da temporada, a associação pode reduzir em 25% seu bônus ao fim da temporada.
Na sexta-feira, o algoz do norueguês, Nuno Borges, enfrenta o número 25 do mundo, Alexei Popyrin, pela terceira fase do Aberto da França. Casper Ruud se diz empolgado para o restante do torneio francês: “Certamente há favoritos para desempenharem bem aqui. Acredito que veremos resultados interessantes nos próximos dias”.
Esse e outros são motivos que vejo que Sinner, Alcaraz, e outros terão sérios problemas de longevidade pensando em 20 anos como Nole está, os Master 1000 com duas semanas praticamente agora (diferente da era Big3), tudo isso vai afetar o limite do corpo, por mais que se cuidem, a não ser que abram mão dos ganhos para não jogarem tanto, mesmo com a pressão da ATP em cima, por isso não acho que o recorde de 24GS do Nole será assim tão fácil de ser batido em pouco anos, como alguns andam comentando! Quem viver verá!
Mas ai foi que o JF fez. Nao tinha obrigação alguma de jogar seguidamente descansou e treinou.
O importante pra quem aprecia o tênis é a qualidade e não a quantidade. Se houver tenistas carismáticos e talentos como Alcaraz, Sinner, Fonseca assim como tivemos em Federer, Nadal, Sampras e Marcelo Rios, os números, que foram ou que hão de vir, pouco interessam.
Sim, concordo em parte, do Big3 Federer foi o melhor pra mim, mas veja, estamos falando da nossa geração que vimos e estamos vendo os outros, então com o passar do tempo, são os números que acabam determinando o GOAT tão discutido dos 24GS Nole, ninguem lembra quantos outros tipos de títulos Margaret Court teve, se jogou bonito ou não, o que ficou dela é o recorde 24GS, ela é a GOAT, é assim em todos os esportes, Senna foi o melhor, mas Schummy é o recordista, Pelé x Messi, Boxe, etc… a discussão sempre terá, mas os números são meio cruéis acabam com os anos sendo o que determina o GOAT, preferências sempre terão. Uma coisa que admiro é o esporte individual como o tenis, é o corpo e raquete, diferente de futebol e F1 por ex, há dependencias para ser o GOAT, abs.
Federete detected
Sampras carismático? Socorro
Não sei se entenderam, Nole =24GS, no momento é o GOAT, aceite ou não, acima de Federer 20GS, e Nadal 22GS, e torço para o Nole agora (que tem um pedaço dos outros dois) até parar, se possível com o 25GS! Atualize esse algorítmo de “detecção”! Abs
Se alguém acha que vai ser fácil bater o Djoko, estão errados pq é muito slam pra superar. A questão é ter o foco do slam, como o próprio Djoko tá fazendo. Não deu o máximo nem em madrid, nem em Monte Carlo e Roma nem apareceu. Mas obviamente tem que ser revisto isso, não dá pros masters 1000 perderem os grandes jogadores
Sou contra melhor de 5. Pra q?,..em melhor de três já dá pra decidir quem está melhor. 4..5…6 horas de jogo,…sendo q o vencedor terá outras partidas,…imagina se chegar nas finais,…totalmente quebrado. Além do q, assistir uma partida de 6..7h na tv ninguém merece, imagina ao vivo.
Esse cara respeita o jogo , não atirou a toalha e foi até o fim do jogo , e foi 6/0 no último set . Máximo respeito
A vida é feita de escolhas. Simples assim.