por Mário Sérgio Cruz, de Brasília
Adversárias do Brasil no confronto pelos playoffs da Billie Jean King Cup, as jovens jogadoras da Coreia do Sul encerram a disputa destacando a experiência de enfrentar uma tenista do nível de Beatriz Haddad Maia, número 11 do mundo, e pensando no futuro após uma semana de muito aprendizado. Tanto Sohyun Park, de 21 anos, quanto Yeonwoo Ku, de apenas 20, se sentiram honradas pelas partidas contra Bia e assimilam as lições de olho nos próximos passos da equipe e no desenvolvimento pessoal de cada uma como tenista. Foi a primeira vez que o país disputou os playoffs, depois de ter feito grande campanha nas eliminatórias asiáticas em abril.
“Para começar, foi uma honra jogar contra a Maia, que foi uma top 10. Foi minha primeira vez para jogar no playoff da Billie Jean King Cup e aprendi muito. Estou muito feliz com tudo o que aprendi e acho que posso dar um passo para o próximo nível”, afirmou Yeonwoo Ku, apenas 505ª do ranking, após a derrota por 6/0 e 6/4 para Bia na última sexta-feira.
Depois de ter sofrido um ‘pneu’ no primeiro set, a sul-coreana equilibrou as ações na segunda parcial e chegou a ter uma quebra acima, mas acredita que o fator emocional fez a diferença. “No primeiro set tive que adaptar ao estilo de jogo da Maia. E no segundo, já estava mais calma. Pensei que poderia vencer aquele set e fiz o meu melhor. Mas perdi o game quando o placar estava 2/1 e acho que não conseguiria vencer a ansiedade”.
Capitã brasileira, Roberta Burzagli já treinou uma das coreanas
Sohyun Park, 295ª colocada, era a tenista de melhor ranking entre as cinco que foram convocadas para o confronto deste final de semana. Durante dois anos, quando ainda era juvenil, Park chegou a ser treinada pela Roberta Burzagli, atual capitã da equipe brasileira. “Auxilia bastante nesse meu trabalho eu ter conhecer várias jogadoras. Tudo bem, já faz alguns anos que elas eram juvenis, mas as características não mudam tanto”, disse Burzagli.
Para a jovem tenista, a rara ocasião de enfrentar uma adversária de alto nível faz com que ela possa avaliar o que precisa evoluir no próprio jogo. “Para mim, também foi uma honra jogar os playoffs da Billie Jean King Cup e enfrentar uma jogadora como a Maia. Eu não tenho muitas chances de enfrentar com jogadores de ponta durante a temporada, então foi muito significativo para mim”, disse após a derrota por 6/2 e 6/1 neste sábado.
“É sempre difícil jogadoras canhotas e sei que ela foi top 10 e tem um ranking bem mais alto que o meu. Acho que o saque, as devoluções e ter uma bola de definição são muito importantes para vencer. Além, é claro, de ter um bom equilíbrio físico. Então, vou treinar cada vez mais para vencer”, complementou a sul-coreana, que também jogou contra Laura Pigossi na última sexta-feira, sendo superada por duplo 6/1. O melhor ranking de sua carreira é o 249º lugar.