Paris (França) – Derrotado nas quartas de final de Roland Garros pelo número 1 do mundo Jannik Sinner, o cazaque Alexander Bublik não poupou elogios para o algoz e destacou o grande nível de tênis que o italiano vem demonstrando nas últimas duas semanas em Paris, onde ainda não perdeu set em sua campanha até as semifinais.
“Obviamente não é fácil, ele joga muito rápido, com inteligência e termina todas as partidas em menos de duas horas, então está fisicamente em sua melhor forma. Não fui o único que ele derrotou. Desejo-lhe boa sorte. Pouquíssimos conseguem fazer o que ele faz. Ele está em uma dimensão diferente no tênis”, disse o cazaque.
“Ele merece estar onde está, estamos todos esperando pela final que tanto aguardamos”, analisou Bublik, deixando a entender que gostaria de ver uma final entre Sinner e Carlos Alcaraz. O italiano terá pela frente na semi o sérvio Novak Djokovic, três vezes campeão do torneio, e o espanhol medirá forças com Lorenzo Musetti por um lugar na final.
Bublik saiu contente com o que conseguiu apresentar diante do atual líder do ranking. “Enfrentá-lo é uma experiência muito positiva para mim. Consegui causar algum estrago no segundo set, então espero usar isso na próxima vez que enfrentar jogadores semelhantes”, observou o cazaque
Grande campanha não aumenta expectativa
Apesar do ótimo desempenho em Roland Garros, o cazaque garante que segue mirando baixo. “Nunca pensei em ser campeão de Grand Slam. Acho que nunca pensei que fosse possível ou impossível. Nunca quis isso. Para mim, o tênis é uma jornada. Faz parte da vida, uma parte importante, mas chegar às quartas de final é como ter conquistas na parede. Como ganhar uma de 250 ou 500”, disse.
Sobre o sucesso em Paris, o atual 62 do mundo acredita que não teve uma mentalidade diferente e credita a boa campanha a um pouco de sorte, por escapar dos principais perigos na chave. “Vou subir para em torno do 40º lugar no ranking mundial e, mesmo assim, posso enfrentar um Alcaraz ou um Sinner na primeira rodada”, falou o cazaque.
“Quando tenho a oportunidade, tenho que aproveitá-la, como fiz contra o Jack (Draper). Se eu tiver uma chance em Wimbledon, farei o meu melhor para aproveitá-la, mas se não, vou continuar por mais uma semana. É assim que sempre encaro a partida, e continuarei assim, porque é a única maneira de me manter saudável”, complementou.
Por isso tem o nº 1, o nº 10 e por aí vai. Cada tem suas ambições e expectativas, além das questões físicas, mentais e técnicas. Saber encontrar o seu equilíbrio, como o Bublik, pode ser bem difícil para a maioria dos jogadores. E quando não encontra, vem os problemas físicos e mentais, cada vez mais frequentes em um circuito extremamente exigente.
Queria ver a cara dele se por acaso o GOAT derrubar o Cenourão.