Pegula celebra sua melhor atuação desde Wimbledon

Foto: Simon Bruty/USTA

Nova York (EUA) – Pela terceira vez nos últimos quatro anos, a norte-americana Jessica Pegula está nas quartas de final do US Open. Cabeça de chave número 4, ela dominou a compatriota Ann Li e venceu por 6/1 e 6/2, em apenas 55 minutos, na partida que abriu a programação do Arthur Ashe Stadium neste domingo.

Apesar do bom histórico recente no Grand Slam caseiro, a atual vice-campeã vinha de maus resultados nos últimos torneios. Desde a conquista do WTA 500 de Bad Homburg, em junho, ela acumulou quatro derrotas e apenas duas vitórias no circuito, incluindo a eliminação na estreia de Wimbledon.

Esse desempenho fez Pegula chegar com a confiança em baixa em Nova York, mas a mudança de mentalidade nos últimos treinos antes do início do torneio foi uma virada de chave. “Eu me senti péssima vindo para cá. Tive um treino com a Sabalenka, e ela me destruiu. Eu estava jogando terrivelmente mal e saí da quadra sem saber por que estava ali. Então fui fazer um escape room com amigos, tomei uns dois drinks e pensei: ‘preciso relaxar e parar de pensar demais nesses treinos’”, contou.

Apesar das dificuldades, ela ressaltou como a sequência de quatros vitórias consecutivas trouxe alívio. “Comparado ao ano passado, foi um 180 completo em como eu me sentia. Mas depois de trabalhar meu jeito nessas partidas e conseguir boas vitórias, isso sempre dá confiança. Hoje me senti muito mais eu mesma em quadra, e isso foi o mais importante.”

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Sobre a partida desde domingo, inclusive, a americana destacou que foi sua melhor exibição desde a fase de grama. “Foi um jogo muito bom para mim hoje. Provavelmente o melhor que joguei desde antes de Wimbledon, do começo ao fim. Então isso foi animador. Eu estava apenas batendo bem na bola, fazendo tudo corretamente, executando minha estratégia muito bem e consegui resolver rápido”, avaliou.

Depois de atingir a semifinal de um Slam pela primeira vez no ano passado, Pegula diz que se sente mais leve na atual edição. “É tão bom que vocês não precisem mais me perguntar sobre isso. Mais uma segunda semana de Grand Slam, e estou feliz por estar aqui. Não tenho me sentido no meu melhor, então conseguir chegar às quartas aqui é algo de que me orgulho. Claro que quero ir além e vencer o torneio, mas em termos pessoais já estou feliz com a forma como consegui melhorar meu tênis nas últimas semanas.”

Entre os pontos que considera fundamentais em sua evolução, Pegula destacou a consistência física. “Sempre tive problemas em me manter saudável. Depois da operação [no quadril, em 2016), tive esse momento de despertar. A reabilitação é horrível, e eu não posso passar por isso de novo. Preciso fazer tudo para me manter bem. Reestruturei meu preparo físico, minha nutrição e comecei a tomar minhas próprias decisões. Acho que isso foi crucial para eu ser mais consistente nos últimos anos”, explicou.

Possíveis adversárias nas quartas

A norte-americana também comentou a boa fase da amiga Taylor Townsend, que pode cruzar com ela na sequência do torneio. “É muito legal vê-la jogar bem, especialmente depois de tantos desafios. Ela é um pouco fora do padrão, sobe à rede, tem saque canhoto, e quando está confiante é muito perigosa. Ela sempre fez as coisas do jeito dela e admiro muito isso”, disse.

Caso a adversária seja Barbora Krejcikova, Pegula admite a dificuldade. “Ela disfarça os golpes muito bem, é habilidosa, muda a direção da bola. É muito frustrante jogar contra ela, porque você nunca sabe o que esperar. Eu já a venci algumas vezes, mas ela também ganhou as últimas contra mim. Sinceramente, não sei quem vai vencer esse jogo, não apostaria nada, é cara ou coroa.”

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