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Para Medvedev, Alcaraz é rival mais difícil de enfrentar

Foto: Ian Walton/AELTC

Londres (Inglaterra) – Assim como havia acontecido na temporada passada, a campanha de Daniil Medvedev em Wimbledon terminou com uma derrota para Carlos Alcaraz na semifinal. E após a partida desta sexta-feira, o russo afirmou que o espanhol é o adversário mais complicado que ele já enfrentou. O ex-líder do ranking e atual 5º colocado diz ainda que sentiu uma melhora em relação à edição anterior, mas mesmo assim não conseguiu oferecer resistência ao rival.

“Ele é, provavelmente, o adversário mais difícil que enfrentei na minha carreira. Na minha opinião, ele jogou muito melhor do que todos os adversários que enfrentei aqui antes e por isso perdi. Não há muito mais a acrescentar”, disse Medvedev após a derrota por 6/7 (1-7), 6/3, 6/4 e 6/4 para Alcaraz. Foi o sétimo duelo entre eles e o espanhol venceu cinco.

“Foi muito mais disputada do que no ano passado. Um ano atrás, eu saí da quadra e pensei: ‘Uau, isso foi uma semifinal e durou uma hora e meia ou algo assim’. Foi muito rápido. Ele me esmagou em quadra. Hoje, senti que não era esse o caso. Eu estava muito mais perto que no ano passado, só fui um pouco pior em alguns pontos importantes”, acrescentou o russo, que buscava sua sexta final de Grand Slam da carreira e a segunda na temporada. “Talvez na quadra dura eu tenha mais chances contra ele, exceto em Indian Wells. As condições de lá são muito diferentes”.

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“Sinto que estava jogando bem, o plano de jogo não foi errado, mas não foi suficiente de qualquer maneira. Foi um jogo muito difícil. Senti que estava sacando bem, não estava pior do que nas outras partidas, mas fiz apenas cinco aces. Ele parecia chegar em quase todas as bolas da quadra, como se estivesse correndo bem. Eu fiz alguns bons pontos. Poderia ter finalizado melhor alguns na rede, mas não consegui”, complementou.

Comparações com o Big 3

O jogador de 28 anos e campeão do US Open em 2021 já teve a oportunidade de enfrentar Novak Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer em diversas oportunidades e foi perguntado sobre as comparações do espanhol com os três multicampeões de Grand Slam. “Acho que Carlos não tem nada deles. É um estilo de jogo diferente. Acho que onde ele difere de muitos outros é que todos nós temos algumas preferências, alguns preferem a defesa, outros gostam mais de contra-atacar ou de ser super agressivo. E ele pode fazer tudo isso”.

Polêmica com a árbitra de cadeira

Medvedev se envolveu numa polêmica com a árbitra grega Eva Asderaki-Moore, que marcou no fim do primeiro set um quique duplo na quadra do russo, que foi bastante contestado. O jogador reagiu de forma intempestiva e os supervisores do torneio foram chamados para avaliar se ele poderia ser desclassificado por ofender a juíza de cadeira. A decisão foi de aplicar uma advertência por conduta antiesportiva.

Na coletiva de imprensa, Medvedev se defendeu dizendo que falou em russo, e não em inglês, e acredita que o tênis deveria utilizar um replay para avaliar esse tipo de lance. “Já havia acontecido uma vez em Roland Garros, num jogo contra o Cilic e eu tinha isso em mente. Pensei: ‘De novo, contra mim!’ Então falei algo em russo, o significado não é bom, mas não é nada exagerado. E fui punido por isso. Não sei por que não usamos o sistema de desafio Hawk-Eye para um quique duplo. Seria muito mais fácil”.

Volta ao saibro para os Jogos Olímpicos

Nas próximas duas semanas, Medvedev voltará ao saibro visando os Jogos Olímpicos de Paris. Ele fará parte de uma equipe de Atletas Olímpicos Independentes, já que os tenistas russos seguem atuando sob bandeiras neutras e sem o uso de símbolos nacionais. Ainda assim, o número 5 do mundo garante que não falta motivação.

“Daqui, vou direto para jogar as Olimpíadas no saibro. Não sei como vai ser. Não vai ser fácil. Não vou ter muita preparação porque consegui fazer um bom torneio aqui”, avaliou. “Tenho meus objetivos em mente, inclusive nas duplas e duplas mistas. Sinceramente, não me considero o favorito para vencer em simples ou mesmo para ganhar uma medalha, mas eu vou tentar. Vou até lá, aproveitar e dar o meu melhor no saibro e depois nas quadras duras”.

8 Comentários
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Joselito
Joselito
26 dias atrás

O saque do Medvedev nunca mais foi o mesmo depois da cirurgia.
Praticamente todo mundo está tirando a diferença no h2h ou o superando.

Henrique
Henrique
25 dias atrás
Responder para  Joselito

É verdade. Lembro que quando ele surgiu em 2019, ele facilmente passava dos 20 aces por partida, hoje raramente passa dos 10. É difícil ganhar desses caras que devolvem bem igual o Alcaraz ou Djokovic assim.

José alberto
José alberto
26 dias atrás

Alcaraz conseguiu reunir os pontos fortes dos três grandes do tênis:a potência da direita do Federer, a explosão e fiscalidade de Rafael Nadal e mental, versatilidade e precisão de Djokovic. Se ele mantiver a regularidade dos três e não surgir ninguém de peso no Circuito, provavelmente teremos o mais novo destruidor de marcas do Tênis.

José Afonso
José Afonso
25 dias atrás
Responder para  José alberto

Sou torcedor do GOAT, mas realmente vejo essa possibilidade, dele se tornar o novo GOAT daqui a 15 anos.

Paulo H
Paulo H
25 dias atrás
Responder para  José alberto

Ele já tem um rival à altura, chamado Jannik Sinner, não por acaso novo número 1 do circuito masculino.

Jansen
Jansen
26 dias atrás

Alcaraz é um fenômeno e ainda vai evoluir, se tiver o foco de Nadal e Djoko, não tiver lesões e com apenas Sinner pra fazer frente, vai chegar a 30 Slams facilmente.

gil
gil
25 dias atrás
Responder para  Jansen

menos né? sinner nao e oponente e outro thiem da vida amanhã e dia de Record primeiro homem a ganhar 25 grand slam

José Afonso
José Afonso
25 dias atrás
Responder para  Jansen

Facilmente é brincadeira.

Vai precisar suar muito a camisa pra isso.

Mas sim, numa entressafra, será plenamente possível, pois o garoto parece ter mais potencial que o Big 3.

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