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Papa parabeniza italianos por título no Australian Open

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano (Vaticano) – Nesta segunda-feira, o Papa Francisco recebeu a delegação espanhola do Real Club de Tennis de Barcelona, onde é disputado o tradicional ATP 500 local, no Salão dos Papas, onde fez um discurso e deu a bênção, lembrando da conquista do italiano Jannik Sinner no último domingo.

“Tenho o prazer de vos receber por ocasião do 125º aniversário da vossa fundação como clube desportivo. Fico feliz em poder apontar mais uma vez as oportunidades que o esporte oferece para o crescimento de cada pessoa e da sociedade. E hoje temos que dar os parabéns aos italianos porque ontem venceram na Austrália, por isso também os parabenizamos”, disse o Papa.

Francisco destacou que o tênis, por não ser um jogo de equipe, mas sim individual ou em duplas, e a partir disso fez uma reflexão.

“Parece que o confronto dos jogadores tem a ver sobretudo com a vontade de estar acima do adversário. No entanto, olhando para a história do seu clube podemos constatar que, na realidade, desde a sua origem inglesa, é uma expressão da abertura dos fundadores ao bem que poderia vir do exterior e ao diálogo com outras culturas, o que permitiu dar vida a novas realidades”, observou.

“Esta é uma lição tão válida para os nossos dias como era há 125 anos. Nem no tênis nem na vida podemos vencer sempre, mas será um combate enriquecedor se jogando com educação e de acordo com as regras. Aprendermos que não é um combate mas sim um diálogo que envolve o nosso esforço e nos permite melhorar”, acrescentou o Papa.

O pontífice reforçou a importância do esporte como diálogo, “que no caso do tênis, muitas vezes se torna artístico”. Ele também falou sobre a importância de buscar apoio em quem se dispõe e não esquecer do respeito, da compreensão e da necessidade de comunicação constante com os outros.

“Para finalizar, gostaria de dizer uma última coisa, vocês formaram figuras internacionais do tênis, e é um grande desafio, mas quando trabalhamos com essas crianças, que sonham com um futuro esportivo de excelência, as exigências do treinamento não podem estar acima do seu crescimento integral. Não há nada mais importante do que esse desenvolvimento humano e espiritual. E o esporte tem que ajudar nesse desenvolvimento, não ser o centro, mas ajudar nisso. Por isso lhe peço: cuidem das crianças, cuidem daqueles que podem se beneficiar dos valores do esporte em ambientes sociais complexos e também daqueles que podem ter sucesso na alta competição. Que não deixem de ser crianças! Obrigado”, encerrou.

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