O crescimento do tênis brasileiro passa necessariamente pelas mãos dos técnicos e professores. Por esse motivo, é fundamental a boa formação desses profissionais. Com essa meta, vai acontecer em São Paulo, entre 14 e 15 de junho, mais uma edição do Workshop Internacional.
Organizador do evento, o ex-profissional e hoje oficial da ITF, o gaúcho César Kist, revela ao Podcast de TenisBrasil as preocupações do tênis mundial em questões como iniciação, treinamento, transição e até mesmo o perigoso movimento das apostas.
Ele garante ainda que o tênis brasileiro vê novamente franca expansão por todos os cantos do país e garante que o sucesso de hoje já é sinal da ampla estrutura montada nas últimas décadas. “Nunca estivemos tão bem preparados para essa expansão”.
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Quando vejo profissionais que vivem do tênis (como esporte), dizendo sobre o momento de expansão e como o tênis está preparado para o fato, fico preocupado.
O tênis tem um problema estrutural, num relatório da Statista (publicado ano passado), o público do tênis no Brasil é mais escolarização, rico, masculino e mais velho do que a média da população brasileira.
O relatório diz claramente, com esses dados, que o tênis no brasil é um esporte de nicho, dominado por uma elite, diferente das principais potências da modalidade no mundo.
O Brasil possui 1% das quadras do mundo (número baixo) e tem 6% de clubes de tênis do mundo (o quinto no mundo em quantidade de clubes de tenis), os dados são da ITF, demonstra que o esporte (tênis) está represado em clubes elitizados da sociedade brasileira, com isso o esporte não cresce para outras camadas da população.
João Fonseca, a esperança do tênis brasileiro é um produto dessa elitização, garoto branco, classe alta, oriundo de um clube símbolo da elite carioca, patrocinado pelos pais, mesmo conseguindo resultados brilhantes, não conseguirá transpor o muro criado pelos “donos” do tênis no Brasil.