Nova York (EUA) – O comportamento da japonesa Naomi Osaka na premiação do WTA 1000 de Montréal, onde foi derrotada de virada pela jovem canadense Victoria Mboko e ficou com o vice, ainda repercute no mundo do tênis. No podcast Nothing Major, os ex-tenistas profissionais norte-americanos Sam Querrey e Steve Johnson discutiram o assunto.
Para eles, Osaka só piorou as coisas com seu discurso pós-jogo quando não parabenizou Mboko, que cresceu idolatrando a japonesa quatro vezes campeã de Grand Slam e ex-número 1 do mundo. Claramente emocionada, ela começou dizendo petulantemente “obrigada, eu acho” enquanto a multidão aplaudia antes de fazer um discurso de 35 palavras.
“Não quero tomar muito tempo. Vou só agradecer a todos. Obrigado à minha equipe, aos pegadores de bolas, aos organizadores e aos voluntários. Espero que tenham tido uma boa noite”, discursou a japonesa, que depois foi criticada pelos ex-companheiros de circuito.
“Osaka não pode simplesmente agir como adulta por cinco minutos? Basta fazer um discurso bonito, fingir por um minuto e depois ir para o vestiário. Isso me deixa louco.”, disse Querrey, ex-número 11 do mundo e semifinalista de Wimbledon
Johnson, que alcançou a 21ª posição no ranking mundial e é medalhista de bronze em duplas olímpicas, concordou com o compatriota. “Isso me deixa louco. Como atletas, você tem que aceitar o bom e o ruim. Você não pode simplesmente aceitar elogios quando estão jogando bem”, afirmou o norte-americano.
“Eu entendo que é um momento difícil, vimos (Aryna) Sabalenka fazer o mesmo e vimos isso no lado masculino também. Pelo menos dê uma resposta honesta, agradeça ao seu oponente. Faça essas coisas e siga em frente. Eu sei que é difícil, mas como atleta, esse é o seu trabalho”, acrescentou.
Existem pessoas incrivelmente boas em contado com o público. Acho que a maioria das pessoas que acompanham tênis já tiveram a oportunidade de estar em alguma cerimônia pública nem que tenha sido no colégio dos filhos, onde alguém fez um belo discurso. Neste momento temos a tendência de nos comparar: “Como esta pessoa consegue se sair tão bem com as palavras? Como eu me sairia?” Nos conhecendo bem, sabemos as respostas. Em contrapartida, há pessoas extremamente ruins para esta situação, bastante inibidas, envergonhadas, e as palavras simplesmente não saem ou se fala coisas desconexas. Ou seja, há muitos casos que não é falta de educação não falar algo que é esperado, é simplesmente incapacidade natural de se comunicar bem em público.