Londres (Inglaterra) – O tênis é um dos esportes mais globais e rentáveis do planeta. Ao longo das últimas décadas, não apenas cresceu em número de praticantes e audiência televisiva, mas também se consolidou como um mercado bilionário, capaz de atrair grandes patrocinadores, transmissões milionárias e uma base de fãs fiéis.
Dentro desse universo, os quatro torneios do Grand Slam são o centro econômico da modalidade, representando a maior fatia da receita mundial do tênis profissional. Entre eles, o US Open lidera como o evento mais rentável, seguido por Wimbledon, Roland Garros e o Aberto da Austrália.
Mas o que torna esses torneios tão lucrativos? Quais são as diferenças de receita entre eles? E qual o impacto do dinheiro sobre atletas, patrocinadores e o desenvolvimento global do tênis? Em um cenário que também desperta o interesse de quem acompanha esportes e até mesmo das casas de apostas com bonus, vamos analisar em detalhes.
US Open: O gigante das receitas
O US Open, realizado anualmente em Nova York, é atualmente o torneio de tênis que mais gera receita no mundo. Em suas edições mais recentes, o evento movimentou aproximadamente US$ 560 milhões em receitas operacionais, um valor impressionante que o coloca muito à frente de qualquer outro torneio.
Em 2025, o torneio bateu um recorde histórico ao oferecer uma premiação de US$ 90 milhões, a maior já paga em um evento de tênis. Esse montante reflete tanto a força do mercado norte-americano quanto o interesse global em acompanhar o torneio. Com público sempre lotado no estádio Arthur Ashe, o maior de tênis do mundo, o US Open atrai milhões de telespectadores e uma ampla gama de patrocinadores de peso.
Além disso, a localização em Nova York favorece o marketing e a conexão com empresas globais, gerando receitas expressivas em direitos de transmissão, bilheteria, hospitalidade e merchandising. Não é exagero dizer que o US Open se consolidou como a verdadeira “coroa financeira” do tênis.
Wimbledon: prestígio e tradição com alto retorno
Se o US Open lidera em números absolutos, Wimbledon é o torneio que mais une tradição, prestígio e retorno financeiro. Realizado em Londres desde 1877, é o evento mais antigo do tênis mundial e continua a ser um símbolo cultural e esportivo único.
Nos últimos anos, Wimbledon registrou cerca de US$ 64 milhões em prêmios aos jogadores, além de uma receita total que ultrapassa os US$ 124 milhões quando se incluem patrocínios e direitos de transmissão. Esses números colocam Wimbledon em segundo lugar no ranking de geração de receita. E vale observar ainda que o torneio é propriedade do All England Club, diferente dos outros Slam, que pertencem às federações nacionais.
Mais do que cifras, Wimbledon é um evento icônico, que preserva tradições como o uso obrigatório de roupas brancas para os jogadores e a presença da realeza britânica em suas arquibancadas. Esse apelo histórico e cultural se traduz em contratos de patrocínio premium e em uma audiência internacional consolidada, que vê Wimbledon como sinônimo da essência do tênis.
Roland Garros: o charme de Paris com crescimento constante
Roland Garros é o único Grand Slam disputado em quadras de saibro e acontece em Paris. Apesar de ocupar a quarta posição em termos de receita total, o torneio é um dos mais fascinantes do calendário, por conta do estilo de jogo que exige resistência, paciência e técnica.
Em 2025, a premiação total oferecida aos atletas superou os US$ 52 milhões, e a expectativa é de crescimento para os anos seguintes. Embora os números exatos de receita total não sejam tão amplamente divulgados quanto em outros torneios, Roland Garros continua entre os eventos que mais movimentam dinheiro no tênis.
O charme parisiense, aliado ao apelo turístico da cidade e ao calendário de verão europeu, faz com que o torneio seja altamente valorizado por patrocinadores, transmissoras e público global. Isso garante a Roland Garros uma posição sólida no grupo dos eventos mais rentáveis.
Aberto da Austrália: força no início da temporada
Abrindo a temporada de Grand Slam em janeiro, o Aberto da Austrália, disputado em Melbourne, conquistou seu espaço entre os torneios mais rentáveis do tênis mundial. Em 2025, a premiação total chegou a US$ 59 milhões, consolidando o evento como o terceiro em termos de receita entre os quatro grandes.
O torneio australiano se beneficia de uma excelente organização e de um público apaixonado, que lota as arenas do complexo Melbourne Park. Além disso, por ser o primeiro Grand Slam do ano, ele atrai a atenção de fãs ansiosos pelo início da temporada, garantindo altas audiências televisivas.
Há três anos, supera a casa de 1 milhão de ingressos vendidos, superando Wimbledon e US Open. O Aberto da Austrália também se consolidou como um torneio moderno, inovador e altamente lucrativo.
ATP Finals
Fora do circuito de Grand Slam, poucos torneios chegam perto da magnitude financeira desses gigantes. O destaque vai para as ATP Finals, o torneio que encerra a temporada e reúne apenas os oito melhores jogadores do ranking mundial.
Em suas últimas edições, o evento distribuiu cerca de US$ 15 milhões de prêmios. Embora seja uma quantia expressiva para um torneio fora do Slam, ainda está distante das cifras astronômicas dos quatro principais eventos. Mesmo assim, o ATP Finals tem grande apelo comercial e funciona como vitrine para patrocinadores e para a marca do tênis como espetáculo global.
De onde vêm as receitas?
Um ponto importante a destacar é a composição das receitas nos torneios de tênis. A maior parte do dinheiro vem de quatro grandes fontes:
- Direitos de transmissão televisiva e streaming, que garantem audiência global
- Patrocínios – empresas investem milhões para associar suas marcas a eventos icônicos
- Bilheteria e hospitalidade – ingressos e pacotes VIP são vendidos a preços elevados
- Merchandising – produtos oficiais movimentam parte significativa da receita
É interessante notar que os jogadores recebem apenas cerca de 17 a 18% da receita total em forma de prêmios. Ou seja, a maior parte do dinheiro permanece com organizadores, federações e parceiros comerciais.
Os Grand Slam como potência econômica
Somados, os quatro Grand Slam geram mais de US$ 1,5 bilhão por ano em receitas. Essa cifra coloca o tênis entre os esportes de elite no mundo em termos financeiros, atrás apenas de gigantes como o futebol, a NFL e os Jogos Olímpicos em determinados ciclos.
O tênis moderno não é apenas um espetáculo esportivo. Mais do que títulos e troféus, esses torneios são pilares econômicos que garantem não apenas o sustento dos jogadores, mas também a expansão do tênis como esporte global, capaz de emocionar multidões e movimentar cifras impressionantes a cada temporada.












A reportagem não falou praticamente nada que as pessoas não imaginasse, queremos saber a ordem de rentabilidade dos masters e quais atps 500 e 250 são os mais badalados e concorridos, e óbvio que os slams têm a dianteira financeira da modalidade.