No mais festivo dos torneios do Grand Slam quem fez a festa nesta sexta feira foi a imprensa do mundo todo. O media day, para quem já não sabe, é o dia em que os jogadores ficam a disposição das TVs, jornais, sites, enfim, todos os meios de comunicação. E se em Nova York nessa época do ano estamos acostumados a ver o sol castigar os tenistas, desta vez sobrou para os repórteres. É que o US Open coloca como local de entrevistas o que chamam de Garden, mas não tem nada de um jardim florido, fresco e agradável. As entrevistas correm debaixo de um sol ardido.
E são justamente essas situações de grande agitação que servem como termômetro para se confirmar o carisma do carioca João Fonseca. O interesse pelo brasileiro é surpreendente. Mas, sinceramente, não faltam motivos para isso. Afinal, ele chama público seja no Brasil, em Miami ou mesmo aqui em Nova York. Num rotineiro treino de preparação para um Grand Slam ele levou para a quadra um bom público. Praticou diante de um astro das quadras, o alemão Alexander Zverev, mas nas jogadas plásticas e agressivas do João Marreta era clara a preferência das arquibancadas.

O treino foi na GrandStand, a terceira quadra em importância do complexo de Flushing Meadows. É uma construção relativamente nova e uma das mais lindas do US Open. Antigamente a GrandStand era colada na Louis Amstrong, quase um anexo. Agora mereceu o nome.
O treino na GrandStand pode ter ganho uma importância ainda maior para Fonseca. É possível que faça sua estreia no US Open deste ano diante de Miomir Kecmanovic nessa mesma quadra. E isso é muito bom, especialmente para a torcida brasileira. Afinal, diferentemente da Arthur Ashe ou a Louis Amstrong não há necessidade de ingresso especial – caro – para ver a partida.
Treinar numa quadra em que se vai jogar tem importância fundamental, ainda mais para cenários de grande dimensão. O jogador pega referências e isso ajuda no desempenho durante o jogo. E respondendo a uma pergunta minha, ele confessou que espera um duelo difícil. Por sua vez, jogar no US Open também traz boas lembranças. Foi campeão juvenil deste evento e disse que vem crescendo a cada torneio. “joguei todos os Slams esse ano e para mim isso é muito importante.”
Estimado Chiquinho, me parece que o nosso João Fonseca está mais leve, light, mais tranquilo, desde o último “descanso” no Brasil. Amigos e Chiquinho, se tudo correr bem para nosso João Fonseca, ele pegará o Kecmanovic, na 2° rodada possivelmente o Machac, na terceira o Mensik. Avançando, nas oitavas, provavelmente o Fritz.