Números dão favoritismo a Sinner para fase da quadra sintética

Jannick Sonner (Foto: US Open/Facebook)

Nova York (EUA) – Campeão de Wimbledon no domingo, o italiano Jannik Sinner se prepara para voltar à quadra dura, sua principal especialidade. Isso tudo faz com que as casas de apostas já o coloquem com favoritismo claro para o US Open. O número 1 do mundo tem no momento o dobro da cotação do espanhol Carlos Alcaraz e oito vezes mais do que o sérvio Novak Djokovic.

O sucesso de Sinner na quadra dura é bem amparado pelas estatísticas oficiais da ATP e algumas delas chamam muito a atenção. Sua média de pontos com o primeiro serviço em quadra é de 76% e a de segundo saque, notáveis 55%. Com isso, ele salva 69% dos break-points que encara. Já soma 1.431 aces.

A devolução também é um forte componente, com 32% de sucesso ao retornar o primeiro serviço e 54% para o segundo saque adversário, o que lhe dá um índice excelente de 42% de break-points convertidos e de 27% dos games vencidos.

Se compararmos esses dados com as estatísticas de Alcaraz, vemos que o espanhol tem números um pouco inferiores. Com 662 aces, menos da metade do rival, sua média de acerto do primeiro saque é de 65%, com 72% desses pontos vencidos, tendo salvado 64% dos break-points.

Quanto à devolução, Alcaraz consegue ficar bem mais próximo na quadra dura, com 33% de pontos ao retornar o primeiro saque e 54% o segundo, com conversão de 40% de break-points e 29% dos games, este dado sendo superior ao do italiano.

Sinner ganhou 20 torneios com o título de Wimbledon, sendo apenas três fora do piso sintético. Em 2024, foram sete: Austrália, Roterdã, Miami, Cincinnati, US Open, Xangai e Finals e, neste ano, no único que disputou, defendeu o troféu em Melbourne.

Em comparação, o espanhol tem 21 troféus na carreira e apenas seis foram na quadra sintética, com predomínio do saibro, com 11. Nas últimas duas temporadas, Alcaraz foi campeão em Indian Wells e Pequim do ano passado e em Roterdã em 2025.

Muita concorrência

O quadro de campeões e vices recentes do US Open mostram que Novak Djokovic, vencedor de 2023, e Daniil Medvedev, detentor do troféu de 2021, são nomes com experiência e capacidade para desafiar os líderes do ranking. Taylor Fritz é o atual vice e mostra crescimento nas duas últimas temporadas.

No ano passado, tivemos ainda surpresas e novidades, como as conquistas de Alexei Popyrin no Canadá; de Sebstian Korda, em Washington; de Tommy Paul em Estocolmo; e de Jack Draper em Viena.

Segundo as casas de apostas neste momento, Draper é o quarto nome mais cotado (11 para 1), seguido por Zverev (12), Fritz (22) e Medvedev (40). Esses números podem mudar depois dos Masters de Toronto e Cincinnati.

Claro que existem outros nomes fortes na quadra dura. O francês Giovanni Perricard, por exemplo, é o tenista do momento com maior média de aces por jogo na quadra dura, com 17, seguido por Nick Kyrgios (14) e Jakub Mensik (13). Quanto a pontos vencidos com o primeiro saque, Alexander Zverev e Gabriel Diallo têm 67% e Ben Shelton, 66%.

Vale por fim destacar as cotações relevantes de João Fonseca nas casas de apostas. O carioca, que foi campeão juvenil do US Open mas ainda não disputou o torneio principal, aparece como o nono mais bem cotado, logo atrás de Shelton e à frente de nomes como Holger Rune, Alex de Minaur e Mensik. O número 1 nacional tem cotação média de de 50 para 1.

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Thiago Timoteo
Thiago Timoteo
4 horas atrás

Em NY tudo pode acontecer. Acho que Sinner é o mais favorito também, mas a temperatura nessa época do ano lá costuma deixar a Arthur Ashe um verdadeiro caldeirão, permitindo alguns ‘upsets’ no torneio. Se estiver com uma boa preparação nos Masters anteriores ao USO, acho que Medvedev e Zverev podem ganhar de qualquer um. Ah, e Djokovic obviamente.

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