Felipe Priante, da Costa do Sauípe
Especial para TenisBrasil
Em um domingo que começou com a conquista de Luisa Stefani em Tóquio e depois teve o ponto alto com o título de João Fonseca na Basileia, o tênis brasileiro terminou o dia com uma trinca de troféus. Nas duplas do challenger da Costa do Sauípe, o jovem goiano Guto Miguel e o gaúcho Eduardo Ribeiro foram campeões batendo na final o equatoriano Gonzalo Escobar e o mexicano Miguel Reyes-Varella por 7/6 (7-4), 4/6 e 10-5.
“Estamos muito contentes, sabíamos que não seria um torneio fácil, mas a gente conseguiu encontrar uma sintonia muito boa e jogamos um tênis de alto nível”, disse Ribeiro após a conquista. “Foi uma parceria de última hora, jogamos em altíssimo nível nessa semana, foi um prazer jogar ao lado do Dudu”, acrescentou o goiano de apenas 16, que também destacou o nível dos adversários.
“Derrotamos os cabeças de chave 1 e 2, mas todos os jogos foram parelhos e bem disputados. Fiz um jogo bom de simples e saí campeão de duplas, então foi uma semana bem produtiva”, resumiu Guto, que ao lado de Dudu bateu os principais favoritos Marcelo Demoliner e Orlando Luz nas quartas e na final venceu a segunda melhor parceria do torneio.
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A partida foi bem parelha e definida nos detalhes. Guto e Dudu largaram na frente no primeiro set com uma quebra no terceiro game e administraram a vantagem até sacarem em 5/4, quando tiveram o break devolvido pelos rivais. Sem novas quebras, veio o tiebreak, em que os brasileiros foram superiores e fecharam o quarto set-point.
Na segunda parcial a situação foi inversa, com Escobar e Varella abrindo vantagem logo de cara, ao marcar 2/0. Guto e Dudu chegaram depois a empatar por 3/3, mas logo em seguida voltaram a perder o serviço. Depois de salvar três set-points com o saque no nono, os brasileiros viram os rivais vencer o décimo e assim empatar a partida.
Embora ostentassem a condição de segunda melhor dupla do torneio, Escobar e Varella foram controlados pelo goiano e pelo gaúcho no match-tiebreak, em que Guto e Dudu venceram os cinco primeiros pontos e a partir de então precisaram apenas administrar a vantagem, garantindo o título no terceiro match-point.

Tempo para ver Fonseca e pular no mar
Em dia de jornada dupla, Ribeiro contou que aproveitou o tempo entre a semi e a final não apenas para descansar. “Depois do primeiro jogo fui dar um mergulho no mar, só para dar uma relaxada. Esse cenário de jogar num resort facilita nossa vida”, disse o gaúcho de 27 anos, que também acompanhou um pouco do título de Fonseca.
“Foi bem no intervalo entre um jogo e outro, deu para acompanhar um pouco. Muito feliz por ele, um craque, só temos que parabenizá-lo”, falou Ribeiro, que também não poupou elogios para o jovem parceiro, que não apenas ajudou em quadra, mas também com a torcida.
“Ele cresce nos pontos importantes e eu tentei acompanhar. Consegui puxá-lo quando estava para baixo e vice-versa. Conseguimos cada um impor o próprio nível de tênis. Automaticamente o Guto chama gente, é um prodígio do Brasil e eu vou na onda. E ele gosta de motivar a torcida, isso também aquece um pouco mais o ambiente”, observou o gaúcho.
Guto mantém pés no chão e foco em simples
Após faturar o maior título da carreira, o primeiro challenger e o terceiro no geral, Miguel não se empolga em excesso. “Com certeza é muito gratificante, mas tento manter meus pés no chão. É uma grande conquista e tenho que tentar desfrutar um pouco também o momento, mais meu foco é mais em simples”, disse o jovem tenista.
“Tento usar a dupla bastante para treinar o saque e a chegada na rede. E com o saque do Dudu fica fácil voltar”, acrescentou Guto, que dará uma disparada incrível de 452 posições com o título, indo para o 336º lugar no ranking de duplas. Ribeiro também subirá bem, ganhando 394 postos para alcançar a 326ª colocação.
O próximo compromisso do goiano será o M25 de Lajeado, encerrando a temporada mais tarde no México. Guto terá uma pequena queda no ranking de simples, perdendo oito lugares. Ele é apenas o 1742º do mundo.















Teve o título do Igor tbm ! Foram 4 títulos de um domingo perfeito.
Eles não “administraram” a vantagem. Continuaram focados e dando o máximo em cada ponto, isso sim, sem qualquer traço de moleza. Fizeram 5×0, depois 7×1 (aí, Brasil!!!!), 8×3 e finalmente 10×5, com sangue nos olhos e ai deles se descuidassem um pouquinho. O jornalismo (e aqui ele é de bom nível) precisa abandonar as fórmulas/chavões que não dizem nada.
Parabéns a Dupla Brasileira.
Qual foi o prize money deles?
A dupla recebeu US$ 9.900 brutos.