Murray fala sobre trabalho com Djokovic e explica sua abordagem positiva

Foto: Getty Images

Londres (Inglaterra) – O britânico Andy Murray falou mais profundamente sobre o trabalho ao lado do sérvia Novak Djokovic pela primeira vez desde o Australian Open, primeiro torneio em que ambos estiveram juntos. Em entrevista ao podcast Sporting Misadventures, o escocês contou que adotou uma abordagem mais positiva, destacando os pontos fortes no estilo de jogo de ‘Nole’.

“Não é sobre ‘isso é o que você fez de errado’, mas sim sobre ‘isso é o que você faz certo’. Tento mostrar para ele quais as dificuldades de enfrentá-lo quando eu estava no circuito e explicar as razões. Eu me concentrei, acima de tudo, em enfatizar todos os aspectos positivos quando ele está jogando bem, mostrando como me sentia quando nos enfrentamos e o que me incomodava no tênis dele”, disse Murray.

A experiência de ter enfrentado Djokovic tantas vezes no circuito foi uma das coisas que o britânico mais valorizou e ele explicou o porquê. “Como jogador, você nunca está totalmente ciente do poder dos seus golpes, do impacto que eles realmente estão tendo no seu oponente, de como eles estão se sentindo”, afirmou o ex-número 1 do mundo, que segundo o Times voltará a trabalhar com o sérvio em Roland Garros e Wimbledon.

Murray acredita que esse conhecimento sobre os pontos fortes do jogo é algo que gostaria de ter como jogador. “Se eu tivesse conseguido ouvir Novak, Roger (Federer) ou Rafa (Nadal) sobre o que os estava prejudicando no meu tênis, teria sido uma grande ajuda. Passei muito tempo no meu quarto assistindo a vídeos, até mesmo analisando demais tudo isso”, contou o britânico.

“Quaisquer falhas que eu possa ter como treinador, devido à minha inexperiência, talvez possam ser superadas porque competi contra ele nos maiores palcos por mais de 10 anos. Isso me dá uma perspectiva única sobre seu jogo, não apenas estudei o tênis dele em profundidade, mas também o experimentei na quadra. Tivemos esse tipo de conversa e espero que tenham sido positivas para ele. Sei que teriam sido positivas para mim como jogador”, analisou.

O escocês também encontrou tempo para falar qual jogador do Big 3 ele gostaria de ter ajudado como treinador. “Não importa quem treina esses caras porque eles são muito bons e podem executar exatamente o que você pede. Acho que teria sido divertido treinar Roger, pois tudo o que ele faz parece tão natural. Eu não gosto de dizer isso, porque há muito trabalho por trás, mas ele tinha todos os golpes. Você poderia pedir qualquer coisa e ele seria capaz de fazer.”

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Gilvan
Gilvan
1 mês atrás

E as aulas de voleio, Murray? Sei que é difícil ensinar truques novos para um cachorro velho, mas nunca é tarde para aprender a jogar no quadradinho.

CRAS
CRAS
1 mês atrás
Responder para  Gilvan

Não gosta do cara mas foi o 1o a comentar a matéria. Vive em função disso, né?
Quem desdenha quer comprar!!

Lion
Lion
1 mês atrás
Responder para  Gilvan

Mais lorota mofada. Djokovic já voleia muito bem há pelo menos uns 7, 8 anos.

Paulo Almeida
Paulo Almeida
1 mês atrás
Responder para  Lion

Desde 2014 quando contratou o Becker (11 anos). Golden engoliu o Federer pela primeira vez das 3 em finais de Wimbledon com um show de voleios.

JClaudio
JClaudio
1 mês atrás

“Acho que teria sido divertido treinar Roger, pois tudo o que ele faz parece tão natural. Eu não gosto de dizer isso, porque há muito trabalho por trás, mas ele tinha todos os golpes. Você poderia pedir qualquer coisa e ele seria capaz de fazer.”

(Declarações assim não encontramos em números, planilhas ou conquistas, admiração em estado bruto)

Leandro Augusto
Leandro Augusto
1 mês atrás
Responder para  JClaudio

Vdd… Mais o que vale são as conquistas e principalmente num esporte individual e com os 03 melhores jogando na mesma época.

Luiz Fabriciano
Luiz Fabriciano
27 dias atrás
Responder para  Leandro Augusto

Pois é.
Uma declaração dessas não elevou Roger Federer ao nível de sequer uma semana a mais como #1 de mundo.

Nei Costa
Nei Costa
1 mês atrás
Responder para  JClaudio

Derrotas e mais derrotas, de todos os tipos e formas. A fraqueza dos adversários fizeram a fama de Federer.

Paulo Almeida
Paulo Almeida
1 mês atrás
Responder para  JClaudio

Murray não falou a verdade. Teria que ensinar esquerda, devolução, cobertura de quadra, não madeirar muito e principalmente não perder partidas com 2 match points de 40-15 para o mesmo jogador.

JClaudio
JClaudio
1 mês atrás
Responder para  Paulo Almeida

Aquele escocês !!!
Sempre mentindo…
Vou pedir para retirar o título de Cavaleiro do Império Britanico.
Sir, nunca mais.
Onde já se viu?

Luiz Fabriciano
Luiz Fabriciano
27 dias atrás
Responder para  Paulo Almeida

Foram 3 derrotas nesse estágio.

VERA BARCELOS
VERA BARCELOS
1 mês atrás

Muitas pessoas de um modo geral ao conseguirem algo se acomodam e satisfazem onde estão, uma das coisas que admiro no sérvio é essa busca por fazer o seu melhor
onde parece já ter alcançado a excelência. E Djokovic motivado é bom de acompanhar.
Que tenha uma boa temporada.

Última edição 1 mês atrás by VERA BARCELOS

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