Muchova: “É bom saber que posso competir com as melhores”

Foto: China Open

Pequim (China) – Classificada para a final do WTA 1000 de Pequim e em busca do maior título de sua carreira, Karolina Muchova venceu duas jogadoras do top 10 em dias seguidos. Depois de eliminar a principal cabeça de chave Aryna Sabalenka nas quartas, a tcheca jogou diante de um estádio e com toda a torcida chinesa por Qinwen Zheng e novamente conseguiu vencer. De volta ao circuito depois de ter operado o punho, a tcheca de 28 anos diz que os reultados mostram que ela pode competir com as melhores do mundo.

“Fiz ótimas partidas e me senti bem em quadra. Estou muito feliz por ter um bom desempenho contra essas grandes jogadoras e poder ver que, sim, posso enfrentá-las e vencê-las. Estou ganhando confiança desde as primeiras rodadas aquie e tenho também que tentar subir no ranking, porque fiquei um tempo sem jogar. Mas é muito bom ver que posso competir contra eles”, disse Muchova, que tem 14 vitórias contra top 10 na carreira, três delas neste ano.

Ex-número 8 do mundo e atual 49ª do ranking, Muchova soube aproveitar sua experiência em grandes jogos na semifinal deste sábado e acredita também que o público chinês foi respeitoso com ela. “Foi um jogo difícil lá hoje e fico feliz por ter conseguido manter meu saque durante toda a partida. Isso ajudou muito. Que bom que consegui fechar em dois sets hoje”, disse após a vitória por 6/3 e 6/4.

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“A atmosfera do estádio era de muito barulho, eu podia ouvir as pessoas em alguns pontos. Mas não é a primeira vez que jogo com contra uma tenista da casa numa quadra central. Estou acostumado com isso. Obviamente, é bom ver que o estádio estava cheio e eles também me apoiaram, o que é bom. Apenas tentei estar focada em mim mesma durante todo o jogo. Acho que isso não me tiraria do ritmo”, explica a tcheca, que tem apenas um título de WTA 250, conquistado em Seul no ano de 2019, e tem outros quatro vices no circuito.

Um dos objetivos para Muchova é tentar subir no ranking até o fim do ano para ser cabeça de chave no Australian Open e evitar duelos contra as primeiras do ranking nas fases iniciais. “Quando voltei a jogar, em junho, não era algo em que eu pensaria. Mas depois que me saí bem no US Open e defendi meus pontos da semifinal, eu e meu time pensamos: Sim, vamos tentar jogar bem na temporada asiática para conseguir pontos para o Australian Open. É bom ser cabeça de chave nessas grandes competições. Você não enfrenta as melhores jogadoras nas primeiras rodadas. Entemenos que seria um bom objetivo para mim”.

Final contra Gauff neste domingo às 8h

A adversária de Muchova na final deste domingo às 8h (de Brasília) será a norte-americana Coco Gauff, número 6 do mundo. A jovem rival de 20 anos venceu os dois duelos anteriores, na semifinal do US Open e na final de Cincinnati do ano passado. “Obviamente, tentarei me recuperar da melhor forma possível esta noite e amanhã de manhã. Jogámos pela última vez há mais de um ano, por isso somos tenistas diferentes hoje e amanhã. Vou apenas tentar o meu melhor”.

“Olhando para trás, lembro que aquelas partidas foram em condições muito difíceis. Estava muito quente e muito úmido. Exigiu muito do físico e ela é uma ótima atleta, é como uma parede em movimento e cobre muito bem a quadra. É difícil fazer winners contra ela. Isso é com certeza um desafio. Mas as condições daqui são muito diferentess do US Open e de Cincinnati. Vou tentar aproveitar isso”.

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10 Comentários
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Rockton
Rockton
1 mês atrás

Muchova joga demais, muito completa, tem todos os golpes e tem cabeça boa. Bom exemplo para Bia de que, mesmo alta, dá para abaixar, mexer as pernas, dar slice, ir para rede. Enfim, ter variação de jogo.
Quanto ao mental, aí não dá para aprender, ou se é um competidor ou não é.

Flávio
Flávio
1 mês atrás
Responder para  Rockton

Assino em baixo.

Evandro
Evandro
1 mês atrás
Responder para  Flávio

“embaixo”?

Evandro
Evandro
1 mês atrás
Responder para  Rockton

Sério? Dá para um coach.

Antônio Luiz Júnior
Antônio Luiz Júnior
1 mês atrás

Grande jogadora, voltou em ótima forma depois da cirurgia …

JBG
JBG
1 mês atrás

….”que tem apenas um título de WTA 250, conquistado em Seul no ano de 2019, e tem outros quatro vices no circuito”. Me dá uma tristeza no coração uma jogadora do calibre da Karolina Muchova humilde e inteligente nas palavras, com a melhor técnica de jogo do circuito hoje, ter somente 1 título na carreira. Nem uniforme de jogo ela se importa, se veste simples. Merece demais esse WTA 1000 de Beijing. Não desmerecendo Cori Gauff.

Marcos RJ
Marcos RJ
1 mês atrás

Muchova merece muito esse Masters1000. Tem uma variedade enorme de opcoes para mudar o ritmo, sem falar na beleza dos golpes. Aquela troca de direcao de batepronto parece coisa de cinema.

Paulo H
Paulo H
1 mês atrás

Depois da Ons Jabeur (que não sabemos se voltará em alto nível novamente), é quem melhor sabe dar drop shots. Embora cheia de recursos, dá para imaginar onde ela chegaria se melhorasse o saque. Ainda sofre muitos ataques no serviço.

Bebeto
Bebeto
1 mês atrás

Ficar dependendo de outrem p/ subir no ranking, p/ mim não é válido… e sim pelas suas próprias grandezas … Em Seoul foi uma SORTE única pegar as (oportunidade única até mesmo Sorte), irmãs Kudermetovas … e nenhuma algoz K. Muchova, Boulter, e outras tantas de nivel 30 no ranking, como a Leila Fernandes, Alenxandrova, Putintsevas, Cocciareto , Svitolina, Noskova, Yastremka, Blinkova, melhores sem estar no top 20… vejo mto papo furado tipo “tem de depender”… A realidade é outra , dura e crua “JOGAR SEM DEPENDER,” “ÓTIMOS SAQUES, PARALELAS, BACKHAND, VOLEIOS, SAÚDE MENTAL, ETC” mostrar a sua própria capacidade de ótima tenista, sem depender de outrem… falta sequencias, técnicas, e técnico melhor…SIM, TORÇO PELA BIA, SÓLIDA, SEM ESSA SEQUÊNCIA “”agora vai”” e começa td de novo… cansei

Furtado
Furtado
1 mês atrás
Responder para  Bebeto

Concordo! Por favor pessoal, não sou hater! Torço pela bia sempre, mas Seul foi uma chave moleza sim. Espero que ela ganhe da penko bolter ou pavlenchkova em breve e acabe com a freguesia!!

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