Mesmo com virose, Muchova volta à semi cheia de confiança

Nova York (EUA) – Pelo segundo ano consecutivo, a tcheca Karolina Muchova está na semifinal do US Open. A vaga na penúltima rodada do torneio desta vez foi conquistada em cima da paulista Beatriz Haddad Maia, com um triunfo em sets diretos, mantendo a invencibilidade da ex-número 8 do mundo sobre a brasileira, agora com quatro vitórias em quatro jogos.

A partida desta quarta-feira, aliás, foi marcada foi algumas situações incomuns em que ambas as jogadoras se sentiram mal em algum momento do duelo. Enquanto canhota de 28 anos teve um mal-estar como consequência de ansiedade, a tcheca revelou que tem sofrido com uma virose nos últimos dias, tendo precisando ir aos vestiários por mais de uma vez ao longo do confronto.

“Estou um pouco doente, mas espero que não tenha incomodado ninguém. Nunca aconteceu comigo antes, mas eu realmente precisava sair da quadra quando tive a chance de ir. Novamente, espero que não tenha incomodado ela ou outras pessoas. Eu realmente não faço essas coisas, não gosto de fazer isso, mas não tive outra escolha a não ser usar o banheiro. É isso”, explicou a atual 52ª colocada do ranking.

Após o retorno de uma dessas pausas, Muchova acabou sendo quebrada de zero pela brasileira, que naquele momento chegou a empatar a segunda parcial em 3/3. Ao contrário do primeiro set, completamente dominado pela tcheca, o segundo teve oscilações dos dois lados e parecia indefinido até o último game.

“Foi uma partida muito estranha, com uma dinâmica estranha. Jogo muito difícil, como todos os outros aqui. Acho que joguei bem nos pontos chaves, ou seja, quando tive um break-point ou estava sacando para um game, sempre acertei um bom golpe. Acima de tudo, estou feliz por ter conseguido vencer em dois sets novamente”, analisou a semifinalista, que segue sem perder sets no torneio.

Boas sensações e confiança em alta

E é essa invencibilidade, aliada a uma evolução gradual rodada após rodada, que faz Muchova se sentir cada vez mais confiante em Nova York. Depois de ter ficado cerca de nove meses parada por lesão e disputado apenas duas partidas no piso duro em um ano, ela vem se superando e mostrando um tênis parecido com aquele que a levou à final de Roland Garros e à semi do US Open em 2023. Na vitória sobre Bia, ela teve mais uma boa atuação, especialmente com o forehand.

“Eu diria que é essa confiança vem da minha agressividade na quadra, acertando winners na linha, indo para a rede. Quando comecei a ganhar esses pontos, tive uma boa sensação na quadra. E então eu confio ainda mais nos meus golpes e isso meio que cria meu jogo”, analisou

Quando questionada pelos jornalistas sobre as diferenças da campanha do ano passado para a atual, Karolina Muchova destacou que talvez agora esteja até melhor, afinal, diferentemente de 2023, ela não precisa lidar com as dores no punho. “É difícil dizer, eu nem vi como joguei as partidas no ano passado. Eu sei que me senti muito bem aqui. Mas antes das quartas de final do ano passado, machuquei o punho, que agora está bom. Então é um pouco diferente, eu diria. Eu me sinto em forma, apesar de estar um pouco doente, mas meu o corpo está bem”, frisou.

“Em termos de jogo, acho que a cada partida aqui eu me sinto melhor na quadra e isso com certeza ajuda. Jogar mais partidas me ajuda muito a ficar mais confiante e sentir meus golpes. Então eu diria que é difícil comparar, mas talvez esteja em um nível parecido com o que joguei no ano passado. Eu com certeza ainda tenho uma grande lacuna, coisas que posso melhorar, mas acho que estou indo bem”, concluiu.