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Menezes volta às origens e é homenageado em Cajuru

Mauro Menezes (à direita) com Thomaz Koch. Foto: Divulgação

Cajuru (SP) – Nascido em São Paulo, mas com um pézinho no interior do estado, o consagrado Mauro Menezes é o homenageado deste domingo, dia 25, no encerramento da Copa Mauro Menezes de Tênis, na cidade de Cajuru. Na ocasião, será relembrada a história do tenista, que teve início na pacata cidade do interior paulista, próxima de Ribeirão Preto. Menezes fará um bate-bola às 10 horas e participará da premiação. A competição está sendo disputada na Sociedade Recreativa Recanto da Amizade, localizada na Avenida Santo Antônio da Alegria nº 4, Jardim Maria Tereza.

Era 27 de julho de 1963, quando Marita Ferrari de Menezes e Dirceu Ferrari de Menezes viram nascer seu filho Mauro. O que eles certamente não imaginavam é que aquele bebê se tornaria um ídolo do esporte nacional. Incentivado pelos pais e seu irmão, o pequeno Banha, como era conhecido na infância, iniciou os treinamentos no Tênis Clube Paulista, ainda na cidade de São Paulo.

Aos 8 anos de idade, Mauro se mudou para Cajuru com a família. Grande incentivador do filho, Dirceu percebeu que não havia quadras de tênis para se treinar na cidade interiorana. Persistente, ele construiu um “paredão” nos fundos da casa para que o filho continuasse com a prática do esporte que tanto começou a amar. Depois, comprou um farol de trem para iluminar o local no período noturno. A história do menino que treinava à noite, com um farol de trem, se espalhou pela cidade inteira.

Com isso, Menezes foi convidado a realizar um teste na Sociedade Recreativa, em Ribeirão Preto, onde de lá nunca mais saiu do esporte. Sua história no tênis foi marcada por defender o Brasil na Copa Davis, jogar todos os Grand Slam e torneios pelo mundo todo. Conquistou vários títulos em simples e duplas, sendo campeão do Challenger de Itu em simples, do ATP de Itaparica e finalista do Masters de Roma em duplas, atingindo o ranking de 176º em simples e 60º em duplas na ATP. Também foi treinador de Fernando Meligeni na conquista da medalha de ouro no Pan-americano de Santo Domingo.

Em 2018, fundou o Instituto Próxima Geração, o IPG, projeto social que atende mais de 120 crianças em Osasco (SP), com o intuito de gerar oportunidades através do esporte e da educação. Além do propósito educativo e social, o Instituto Próxima Geração promove o torneio IPG Open  com o objetivo de ajudar os brasileiros a marcarem seus primeiros pontos nos rankings profissionais.

“Sou privilegiado em ter esta difícil mas gratificante tarefa, que gera responsabilidade social. O IPG é, sem dúvida, uma das maiores conquista na minha vida. Hoje enxergo com clareza a diferença que fazemos na vida de várias crianças. O esporte, na inclusão social, é fundamental pois promove a autoestima, gerando a condição para continuarem a sonhar e, principalmente, para quebrar a barreira social. Exemplo disso são alguns alunos que saíram do projeto e estão cursando a faculdade de Educação Física, fato que nos deixa muito estimulados a expandir o projeto. Como promotor de torneios profissionais, tivemos excelentes resultados! Tenistas brasileiros realmente melhoraram seus rankings, pois tivemos campeões brasileiros em nossos torneios internacionais (Matheus Alves e Gabriela Cé, respectivamente) de Campos do Jordão e Rio de Janeiro.”

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