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Melhores amigas, Badosa e Sabalenka projetam novo duelo

(Foto: Jimmie48/WTA)

Paris (França) – A terceira rodada de Roland Garros tem reservado um novo duelo entre grande amigas do circuito. Pela sétima vez no geral e a terceira na temporada, a espanhola Paula Badosa e a bielorrussa Aryna Sabalenka vão duelar entre si, buscando uma vaga na segunda semana do Grand Slam parisiense.

Líder no confronto direto contra a melhor amiga, Sabalenka tem quatro vitórias consecutivas, depois de ter perdido nos dois primeiros encontros em 2021. No saibro, a atual número 2 do mundo venceu os três duelos anteriores, todos disputados em Stuttgart nas últimas temporadas.

Ciente das dificuldades de enfrentar uma adversária tão querida e que conhece muito bem todos os seus pontos fortes e fracos, a bielorrussa falou que sabe muito bem separar as coisas na hora de entrar em quadra. “É sempre difícil jogar contra a melhor amiga, mas sabemos lidar com isso e separamos o tênis da vida pessoal. São sempre grandes batalhas e gosto de jogar contra ela. Nossa amizade começou há três anos em Los Angeles, depois jogamos duplas juntas em Miami e desde então nos tornamos boas amigas”, disse na coletiva de imprensa desta quinta-feira após derrotar a japonesa Moyuka Uchijima com um duplo 6/2.

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Sabalenka também falou como foi difícil para ela se relacionar com outras jogadoras, principalmente nos primeiros anos de circuito. “No começo eu era muito fechada com todos os tenistas, achava que era assim que funcionava o circuito e que não dava para ser amigo de ninguém, mas hoje todas nós do top 10 nos damos bem fora das quadras”, revelou.

“Tudo muda quando nos enfrentamos”, diz Badosa

Do outro lado, Paula Badosa corrobora com o pensamento da amiga e reforça que nenhum resultado dentro de quadra impacta na relação delas fora das competições. “Levamos tudo com muita naturalidade. Obviamente escrevemos uma para a outra, fazemos piadas, tocamos nossa amizade com muita normalidade, mas tudo muda quando nos chamam pelo nome para entrar na quadra. Mas até esse momento levamos tudo normalmente, o que ao mesmo tempo me parece a melhor forma de gerir”, explica.

A espanhola de 26 anos também comentou sobre o retrospecto recente diante de Sabalenka e diz estar confiante para quebrar essa sequência de derrotas. “Se eu não acreditasse que tenho opções, nem iria para a quadra. Sempre acreditei muito em mim mesma e demonstrei isso recentemente jogando contra ela em Stuttgart. Eu sei o que vou encontrar, e uma partida contra a Aryna depende muito de como nós duas vamos estar nos sentindo naquele dia e de como administramos os momentos chave da partida”, analisou.

Por fim, Badosa ainda destacou saber muito bem as armas da adversária. “Eu sei que tipo de jogadora ela é. Ela sai para jogar de maneira muito agressiva, com muita confiança, mas é uma rival que me motiva muito. Da última vez [em Stuttugart] saí com um gosto amargo e não gostaria de sair assim novamente. Vou tentar fazer tudo o que for possível para garantir que isso não aconteça de novo”, garantiu a atual 139ª colocada do ranking, mas que já foi vice-líder há dois anos.

Espanhola enfim livre de lesões

Depois de meses sofrendo com um problema nas costas que afetou diretamente seu desempenho e a fez pular uma série de torneios, Paula Badosa parece finalmente ter se recuperado da lesão e retomado o alto nível que a levou às quartas de final em Paris há três anos e ao posto de número 2 do mundo. Aliviada, ela diz que não tem sentido dores e destaca a força mental como chave para dar a volta por cima.

“Me sinto muito bem, minhas costas estão respondendo bem esses dias e me ajuda muito ter um dia de descanso entre os jogos para me poupar. Estou me cuidando bem, calculando bastante as cargas [de treino], embora os jogos estejam sendo muito longos. Claro que isso não depende tanto de mim, mas o importante é que estou me sentindo bem,” disse.

“Acho que nestes dois primeiros jogos consegui fazer a diferença graças à minha força mental e à forma como suportei os momentos difíceis. Hoje não foi uma adversária fácil, ela joga um estilo de tênis muito enganador, é sempre complicada. Então acho que permanecer lá, não importa o que aconteça, foi a chave para alcançar a vitória”, completou a respeito do triunfo de virada sobre a cazaque Yulia Putintseva por 4/6, 6/1 e 7/5.

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