Londres (Inglaterra) – Depois de ficar em quadra por 4h37 nesta segunda-feira e vencer um duelo de cinco sets na estreia em Wimbledon, Carlos Alcaraz sabe o que precisa melhorar para a segunda rodada. A vitória suada contra o italiano Fabio Fognini deixou lições para o espanhol, atual bicampeão do torneio, que planeja melhorar o desempenho no saque e nas devoluções para a próxima rodada, em que enfrentará o britânico de 21 anos e vindo do quali Oliver Tarvet.
“Jogar a primeira partida na Quadra Central nunca é fácil”, afirmou Alcaraz, após a vitória por 7/5, 6/7(5), 7/5, 2/6 e 6/1 sobre Fognini na estreia em Wimbledon. “Venho atuando bem na grama, mas Wimbledon é especial. Senti a diferença entre este torneio e os outros. Tentei jogar o meu melhor, mas diria que posso melhorar. Preciso evoluir”.
Apesar da preparação sólida na grama, com o título do ATP 500 de Queen’s, em Londres, o número 2 do mundo admitiu que a estreia exigiu bastante controle emocional. “Tentei lidar com os nervos da melhor forma possível. Vou tentar melhorar os pontos que não funcionaram hoje: o saque e as devoluções, que são armas importantes na grama, e seguir curtindo a experiência de estar aqui”.
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O espanhol também comentou as condições extremas da partida, disputada com temperaturas acima de 32 °C, o que inclusive provocou a suspensão do jogo por 15 minutos após um espectador passar mal. “Jogar com tanto calor é muito difícil. E é ainda pior quando você disputa ralis longos e games demorados. Estamos lidando com condições brutais. Para os torcedores, especialmente aqui em Londres, onde esse calor não é comum, ficar cinco horas sob o sol, sem se mexer, também é muito duro”.
Do outro lado da rede, estava o experiente Fabio Fognini, ex-número 9 do mundo, que já anunciou que 2024 será sua última temporada no circuito e, portanto, esta foi sua despedida de Wimbledon. Alcaraz fez questão de destacar o respeito pelo rival de 38 anos.
“Não sei por que esse foi o último Wimbledon dele, porque, com o nível que mostrou hoje, ele poderia jogar mais três ou quatro anos”, elogiou. “Preciso dar os créditos por um grande jogo. O Fabio é um excelente tenista e mostrou isso ao longo de toda a carreira. Fico um pouco triste por ter sido a última participação dele aqui, mas feliz por ter dividido a quadra com ele”.