Medvedev sobre Sinner e Alcaraz: “Nunca subestime um terceiro jogador”

Corinne Dubreuil/ATP Tour

Cincinnati (EUA) – Mesmo vivendo uma temporada abaixo do esperado, Daniil Medvedev mantém a confiança de que ainda pode competir com Jannik Sinner e Carlos Alcaraz, atuais protagonistas do circuito masculino. O russo, ex-número 1 do mundo e campeão do US Open em 2021, destacou o nível apresentado pelos dois jovens, mas acredita que ainda há espaço para um “terceiro elemento” entrar na briga pelos grandes títulos.

“Jannik e Carlos estão jogando de forma incrível, são os dois melhores no momento e estão acima dos demais. Mas nunca se deve subestimar um terceiro jogador que possa surgir e desafiá-los. Quando Carlos chegou ao circuito com 17 anos, todos se perguntavam como ele podia bater tão forte. Posso treinar dez horas por dia e não vou bater assim. Quando eles têm um bom dia, e isso acontece muito, não há chances para nós. O mesmo vale para Jannik”, disse Medvedev em entrevista à ATP.

Daniil lembra que o cenário que se apresenta hoje é o mesmo de duas décadas atrás, e o final todo mundo já conhece. “Quando Rafa [Nadal] tinha 20 ou 21 anos, já havia ganhado dois ou três Roland Garros. Todos achavam que ele e Roger [Federer] iriam dividir todos os Grand Slam. Mas aí apareceu um sérvio [Novak Djokovic] um pouco depois e acabou ganhando mais do que eles”.

Apesar do domínio da dupla, o russo ainda vê possibilidades de serem superados. “Eles são muito fortes, mas também podem perder. Jannik caiu para [Alexander] Bublik em Halle e Carlos perdeu para o Botic [van de Zandschulp] menos de um ano atrás. Sempre que se entra em quadra contra eles, é preciso tentar vencer”.

Participação no Finals em risco

Com um título e outros cinco vice-campeonatos em Grand Slam na carreira Medvedev não passou da segunda rodada nos três primeiros Slam da atual temporada. Com campanha irregular, ele aparece apenas na 19ª colocação na corrida para o ATP Finals e corre contra o tempo para tentar garantir vaga pelo sétimo ano seguido no torneio.

“Muitos me perguntam sobre Jannik e Carlos, mas este ano nem joguei contra eles nos Slam, porque fui muito pior. Quero estar onde eles estão, nas quartas ou semifinais. Esta é a parte mais emocionante da temporada, com quadras duras até Miami do próximo ano. É uma oportunidade para tentar elevar meu nível nas grandes ocasiões, passo a passo”, afirma.

Sobre as chances de ir a Turim, Medvedev mantém otimismo. “Para todos, exceto Carlos, Jannik e talvez Sascha, o caminho ainda é longo. Basta um bom resultado em Masters 1000 para quase garantir a vaga. Só preciso jogar bem.”

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JClaudio
JClaudio
11 horas atrás

Medvedev está em queda livre, em 2025 não conseguiu enfrentar Sinner, nem Alcaraz, o russo não consegue chegar nas fases agudas dos torneios, com isso não consegue desafiar os dois melhores.
O estilo de jogo defensivo, está superado, é necessário buscar o ponto, Medvedev não tem armas para fazer isso.
Admirável ter conseguido tanto no tênis, com tão pouco.

Péricles Anaximandro
Péricles Anaximandro
10 horas atrás

verdade, o Shelton tem tudo para se tornar um jogador dominante também.

Marcos Paulo
Marcos Paulo
10 horas atrás

Seria excelente pro circuito o surgimento de um terceiro (e, por que não, até mesmo um quarto ou quinto) nome pra tentar romper esse duopólio do último ano e meio. Mas acredito ainda irá demorar, sendo otimista, pelo menos uns 2 a 3 anos para que essas figuras apareçam.

Leonel
Leonel
8 horas atrás
Responder para  Marcos Paulo

Shelton deu as caras e o Fonseca ainda é promessa. Ainda fica muito nervoso nas disputas. Tá verde porém a QQ momento pode arrebentar igual fez em Buenos Aires ATP batendo meia duzia de argentinos bons saibristas.

Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
6 horas atrás

O russo viu o que aconteceu com o sérvio e ficou esperto rs.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
5 horas atrás

Ele não deve desistir nunca!Tudo é possível mesmo!!!
Sempre torci muito por ele!!!!

Jonas
Jonas
3 horas atrás

O próprio Medvedev já aprontou pra cima do Alcaraz no US Open 2023, em que o espanhol defendia o título. Não acho que o Russo seja essa terceira força definitivamente, já que regrediu demais e também não creio em um novo Djokovic, que colocou Federer e Nadal no bolso. Mas um terceiro ou quarto tenista forte tecnicamente pode conseguir rivalizar com a dupla, dentro de uns 2 ou 3 anos.

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