PLACAR

Medvedev: “Estou muito feliz, mas ainda não acabou”

Foto: Simon Bruty/USTA

Nova York (EUA) – Mais uma vez o russo Daniil Medvedev brilha no US Open e assim como foi em 2021, vai decidir o título do último Grand Slam da temporada contra o sérvio Novak Djokovic. Sua vaga na decisão veio na noite de sexta-feira, em uma espetacular batalha de quatro sets contra Carlos Alcaraz, batendo o espanhol em 3h15 de jogo depois de ter perdido os dois confrontos anteriores.

“Em todos os quatro sets eu joguei muito bem, disse que precisava jogar 11 de 10 e fiz isso nos três sets que ganhei. No terceiro set eu diria que joguei 9,5 ou talvez 10 e como vimos não foi o suficiente contra o Carlos. Estou muito feliz, mas o torneio ainda não acabou”, comemorou o russo, que bateu Djokovic na final de 2021, mas depois perdeu quatro jogos seguidos até voltar a vencê-lo este ano em Dubai.

Medvedev sabe que contra o sérvio também precisará jogar no limite. “Ele está sempre melhor do que nas outras vezes. Por exemplo, eu o venci na final do US Open e ele me derrotou em Bercy em uma grande partida. Carlos o venceu em Wimbledon e ele devolveu em Cincinnati. Novak será sua melhor versão no domingo e eu tenho que ser a melhor versão de mim mesmo se quiser tentar vencê-lo”.

A final de dois anos atrás em Nova York, para o russo, não deve ser uma base tão confiável para o duelo do próximo domingo às 17h (horário de Brasília). “Novak, quando perde, nunca mais é o mesmo. Tem uma mentalidade diferente, é por isso que venceu 23 Grand Slams, sei lá quantos Masters 1000 e quantas semanas em primeiro lugar. Então, tenho que jogar sabendo que ele será 10 vezes melhor do que era naquele dia”.

Sempre sem medo de criticar a torcida, Medvedev não deixou de reclamar do barulho que estava fazendo no final da partida, com ele tentando jogar mais rápido. “No final, nem sei o que estava fazendo. Com certeza você nunca quer sacar durante o barulho, mas eu também não gosto de bater a bola umas 15 vezes, porque isso me tira do ritmo”, falou o russo.

“Se eu quicar umas três vezes e sentir que o barulho está diminuindo, eu digo: ‘ok, vou servir’. Talvez tenha sido esse o caso. Mesmo com essa pressão, sim, cometi algumas faltas duplas, mas também fiz alguns bons saques, então no geral eu senti que lidei bem com a situação. O mais importante é vencer e conseguir fazer isso”, acrescentou Medvedev.

Se para o russo a final de 2021 não será um grande parâmetro, a vitória sobre Alcaraz poderá ajudá-lo na decisão, pelo menos em termos anímicos. “Para a confiança e autoestima é muito importante. Ao mesmo tempo que tem essa coisa do tênis. É ótimo ter vencido essa partida, mas se eu perder o torneio no domingo, é como se fosse um bom torneio, mas vou ficar muito decepcionado”, finalizou.

PUBLICIDADE

VÍDEOS

Wimbledon seleciona os melhores backhands de 1 mão

Os históricos duelos entre Serena e Venus em Wimbledon

PUBLICIDADE