Melbourne (Austrália) – O russo Daniil Medvedev é um dos jogadores que mais têm enfrentado longos jogos neste Australian Open. Em suas cinco partidas até aqui, duas foram decididas no quinto set e outras duas precisaram ir pelo menos até a quarta parcial. Naturalmente, com mais sets jogados, o atual número 3 do mundo foi mais exigido e acabou tendo seu serviço quebrado 18 vezes no torneio até aqui.
Diante de um número expressivo como esse, o finalista de 2021 e 2022 em Melbourne culpou as bolas e a quadra do estádio principal do Melbourne Park pela oscilação no saque. “Deveríamos ver isso, porque se não me engano Novak [Djokovic] também sofreu bastante quebras. Talvez seja algo com as bolas ou com a quadra. Na Rod Laver tem um lado contra o vento que é muito difícil de sacar. Acho que perdi todos os saques deste lado hoje. A menos que você saque a 220km/h como Hurkacz, é muito mais fácil devolver de lá e sempre pressionar seus oponentes”, explica.
No entanto, o russo minimizou o problema. “Não estou muito preocupado com isso enquanto sigo vencendo partidas. Sinto que estou realmente servindo bem. Que bom que consegui chegar às semifinais sendo quebrado 18 vezes. Eu acho que é bom”, complementou.
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Ainda sobre o assunto de bolas e quadra, Medvedev foi questionado, enquanto especialista em piso duro, sobre a velocidade da superfície, algo que vem dividindo opiniões entre os tenistas neste Australian Open. Para ele, a rapidez varia do piso de acordo com o desgaste das bolas.
“É muito difícil dizer algo, porque as bolas estão muito estranhas. O que acontece é que quando elas estão novas, são extremamente rápidas, então a quadra parece rápida. Se você sacar bem em alguns games, talvez elas durem de três a quatro games, mas se jogar contra alguém que disputa muitos ralis, eu diria que elas envelheçam após seis ou sete pontos. Sobre a quadra em si, eu realmente não sei. Eu acho que é bem rápida, mas com essa diferença grande com bolas novas ou desgastadas”, opinou.
Já sobre a partida de quartas de final, Daniil celebrou as oportunidades aproveitadas em momentos importantes. “Eu sabia como Hurkacz joga e, na minha opinião, ele foi muito bem hoje. Senti que em cada game tive uma pequena chance e consegui aproveitar. Estou muito feliz e orgulhoso com isso, porque contra ele você não tem muitas chances. Joguei um pouco melhor no meu serviço. Não sei por que, mas meu saque não incomoda tanto Hurkacz quanto outros jogadores. Eu sinto que outros caras provavelmente não se sentem confortáveis e não me quebram muito. Já o Hubi devolve quase todos os meus saques”, disse.
Como queria ter visto esse jogo contra o Hurcacz! Que senhor espetáculo!