Marfinense vence challenger em casa e faz história para seu país

Eliakim Coulibaly (Foto: Côte d'Ivoire Open)

Abidjan (Costa do Marfim) – O marfinense Eliakim Coulibaly fez história para o tênis de seu país ao conquistar no último domingo o título do challenger de Abidjan. Jogando em casa e com grande apoio da torcida, Coulibaly venceu o tunisiano Aziz Dougaz, principal cabeça de chave e 196º do mundo, por 6/7 (3-7), 6/4 e 6/4 em 2h43 de partida. Ele se torna o primeiro campeão de challenger na Costa do Marfim.

Canhoto de 22 anos, Coulibaly já garante um salto no ranking. Ele iniciou o torneio no 324º lugar da ATP e aparecerá no top 300 pela primeira vez. Provisoriamente, está subindo para o 266º lugar, mas a classificação só será oficializada na semana que vem, após o Masters 1000 de Madri.

Durante a campanha para o título, Coulibaly também venceu o francês Florent Bax, o russo Kirill Kivattsev, o georgiano Aleksandre Bakshi e o lituano Ricardas Berankis, ex-top 50 e atual 594º do mundo aos 32 anos.

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O marfinense já acumula onze títulos como profissional. Ele já venceu nove torneios ITF M15 em Monastir, na Tunísia, entre 2021 e 2024. E também no ano passado, venceu um M25 em Moçambique.

Expansão do tênis no continente africano

A conquista de Coulibaly acontece num momento de expansão do tênis no continente africano. A cidade de Abidjan tem mais de seis milhões de habitantes e recebeu dois challengers seguidos nas últimas duas semanas. Foram os primeiros torneios deste nível realizados no país, fazendo da Costa do Marfim a 95ª nação a realizar competições do circuito challenger. Nos últimos dois anos, também foram disputadas as primeiras edições de torneios em Ruanda e na República do Congo.

“Os espectadores estão enlouquecidos na quadra, muito entusiasmados com a competição, o que é ótimo. Não parece uma partida de tênis, mas sim de futebol, porque o tênis não é muito popular na Costa do Marfim”, disse o diretor do torneio, Arzel Mevellec. “As pessoas gostam de assistir a algo novo, o que é bom. Somos o começo de algo”.

“A ideia é desenvolver um circuito na África, o que significa que esperamos ter quatro ou cinco semanas consecutivas na costa oeste do continente”, acrescentou. Mevellec, que também atua na organização dos outros challengers africanos. “Esse é o objetivo da minha ação, desenvolver o tênis nessas partes do mundo, porque não faz sentido ter a África fora da economia do tênis”.

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Marcelo Ikeda
Marcelo Ikeda
22 dias atrás

Muito bacana! Que festa! Parabéns

Marco Aurelio
Marco Aurelio
22 dias atrás

Show, Coulibaly!!! Que consiga participar de challengers em outros países, treinar em grandes centros, etc

Marcio
Marcio
21 dias atrás

Muito bonito ver essa conquista!

Gilvan
Gilvan
21 dias atrás

Muito bom. Que os torneios maiores passem a ser levados para a África, América Latina e Oriente Médio. O tênis precisa urgentemente de diversidade (diversidade de pisos, velocidades, bolas, países, públicos, condições climáticas, altitudes etc). Não à pasteurização do circuito!

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