João Fonseca levou uma aula de tênis neste sábado em Paris.
E nem foi tanto uma questão técnica, mas de postura tática e de intensidade na medida certa. Jack Draper jogou como um autêntico número 5 do mundo, se impôs nos momentos necessários, obteve quebras precoces e movimentou-se com maestria para mesclar defesa e contragolpe. Enxergou muito bem os buracos oferecidos pelo adversário. Encheu a bola de topspin para atrapalhar os ataques poderosos de forehand do carioca, deliciou-se em deixadinhas oportunas e por vezes desconcertantes.
E olha que Draper sequer sacou bem. Sua média de acerto de primeiro saque foi de 59%, mas por vezes chegou a estar abaixo dos 50%, tendo vencido com muita autoridade o primeiro set com meros 45%. O ponto positivo é que ele sacou bem quando era preciso e, como era esperado, abusou do backhand do brasileiro para ter a quadra mais à disposição, algo que já havia acontecido em Indian Wells. Para não dizer que João ficou sem chance alguma na partida, ele conseguiu dois break-points quando o canhoto britânico sacou para fechar o segundo set, mas nem conseguiu jogar esses pontos.
Fonseca sentiu o que é enfrentar um jogador de alto quilate. Tomara que faça sua lição de casa – ele garantiu que iria rever calmamente a partida com seu time -, porque isso tudo faz parte do aprendizado. Provavelmente, acontecerá o mesmo quando cruzar com Jannik Sinner, Carlos Alcaraz, Novak Djokovic ou Alexander Zverev, jogadores com diferentes sistemas de jogo e extremamente competitivos.
Ótimo sinal de que o garoto carioca entendeu o que aconteceu hoje na Suzanne Lenglen está em suas próprias palavras. “O que mais me chamou atenção foi como ele começou, a intensidade, e a forma como ele jogou os pontos importantes. Não tentava bolas nas linhas o tempo inteiro, mas era agressivo na medida certa. Eles vão para o winner quando precisam. Essa foi a diferença”. Que bom.
A parte negativa é que novamente João alegou nervosismo e certa cobrança pessoal por avançar no torneio, como se tivesse qualquer obrigação de vitória. Todo mundo ainda precisa entender, incluindo ele próprio, que essa ansiedade não leva a nada. Não consigo entender como tanta gente já o via com chance de ganhar Roland Garros. Fonseca é excelente tenista, tem potencial absurdo e já ganhou respeito do circuito, porém a hora ainda é de desfrutar, jogar solto e aproveitar cada oportunidade de crescer e evoluir. Se os títulos vierem, como em Buenos Aires, vamos festejar e aplaudir. A caminhada afinal é longa.
Favoritos dão show
Não foi apenas Draper quem jogou um tênis impecável e avançou com economia de esforços. Jannik Sinner espantou pela força avassaladora com que despachou Jiri Lehecka, 34º do mundo, que comemorou quando enfim fez um game quando o placar já era de 6/0 e 5/0. O italiano encara agora o russo Andrey Rublev, que avançou por contusão de Arthur Fils, e leva vantagem de 4 vitórias nos 5 confrontos feitos desde sua grande ascensão, em 2023. Se mantiver o favoritismo, pode cruzar com Draper nas quartas, já que o britânico é amplo favorito diante do cazaque Alexander Bublik.
Alexander Zverev e Novak Djokovic também sofreram pouco desgaste e se aproximam do duelo direto nas quartas. O alemão teve problemas no segundo set contra o italiano Flavio Cobolli, o campeão de Hamburgo de uma semana atrás, mas sem dúvida pegou o oponente mais difícil deste sábado entre os favoritos.
Sascha tem feito oitavas em Paris em todas as edições desde 2018. Vai enfrentar um adversário bem conhecido e perigoso, o holandês Tallon Griekspoor, que o venceu em março em Indian Wells e teve duas quebras à frente no quinto set em Roland Garros do ano passado antes de permitir a virada.
Djokovic continua sem perder sets e mostrando-se aplicado nas partidas, ainda que a falta de um teste realmente duro talvez faça falta mais à frente. Não tomou conhecimento do austríaco Filip Misolic em meio aos fogos pela goleada do PSG e cruzará agora com o experiente Cameron Norrie, a quem acabou de derrotar pela quinta vez seguida na semi de Genebra. O britânico nunca foi tão longe em Paris, lhe falta potência, mas não se entrega e enfim possa exigir um pouco mais do tricampeão.
Festa americana em Paris
Já a parte inferior da chave feminina viu a classificação de quatro norte-americanas para as oitavas de final, das quais certamente vai sair uma, do duelo direto entre Madison Keys e Hailey Baptiste, e essa vencedora pode muito bem cruzar com Coco Gauff em seguida.
A finalista de 2022 entra com boas chances diante da russa Ekaterina Alexandrova, já que venceu três dos quatro encontros anteriores, ainda que nunca no saibro. Keys precisou salvar três match-points para dobrar Sofia Kenin, enquanto Gauff chegou a se ver 3/5 atrás de Marie Bouzkova no segundo set.
A outra americana é Jessica Pegula, que enfrentará a última esperança da casa, a convidada Lois Boisson. Distância gigante entre a terceira do mundo e a 361ª classificada. A tenista de 22 anos é a participante das oitavas de pior ranking em 40 anos.
O duelo mais equilibrado certamente envolve as russas Mirra Andreeva e Daria Kasatkina, que há poucas semanas adotou a cidadania australiana. A número 17 do mundo ganhou o único duelo já feito contra a cabeça 6, mas tenho visto Mirra com um tênis cada vez mais versátil, incluindo voleios e curtinhas, e isso faz diferença se houver necessidade de adaptações táticas.
Esta é a primeira vez desde 2003 que todas as oito principais cabeças de chave estão na quarta rodada de Roland Garros.
Sucesso nas duplas
Luísa Stefani, Fernando Romboli e Orlando Luz se juntaram a Bia Haddad nas oitavas de final de duplas em Paris. E certamente teremos um representante nas quartas, já que Romboli e o australiano John-Patrick Smith irão enfrentar agora Orlandinho e o croata Ivan Dodig já neste domingo. É bom lembrar que Dodig tem dois títulos em Roland Garros, um com Marcelo Melo e outro com Austin Krajicek.
A tarefa das meninas é bem dura. Stefani e a húngara Timea Babos encaram as melhores do mundo, Katerina Siniakova e Taylor Townsend, enquanto Bia e a alemã Laura Siegemund pegam as cabeças 2 e campeãs de Roma, Jasmine Paulini e Sara Errani.
A chave juvenil dá a largada e ficamos na torcida neste domingo por Victoria Barros, Naná Silva, Pedro Chabalgoity e João Pedro Bonini. Na segunda-feira, estreiam Guto Miguel e Pietra Rivoli.
Melhor tomar aulas agora do que após os 20. Recurso técnico o João tem, inclusive sua direita já está entre as melhores do circuito. Agora é adquirir experiência e melhorar a parte tática, porque hoje sequer devolveu bem…
Quanto tempo Mestre Jonas observou, que Jack Draper levou , para melhorar a parte tática e física, apesar dos seus poucos 23 anos ? . Hoje se dá ao luxo de dar aula em Monfils , e em João Fonseca. O Francês jamais foi TOP 5 . Abs !
Que estranho, concordou comigo e está reclamando.
Pois é kkkk
Nem quando a gente concorda com o Sérgio ele se dá por satisfeito (rs)
Até a temporada passada, Jack Draper sofria com infinidade de lesões, e taticamente não aproveitava o fato de ser Canhoto e melhor sacador que Rafa Nadal. Agora não esconde que copia Touro Miura , com o Forehand alto com muito Spin . A cobrança excessiva em cima de JF aos 18 anos, fisicamente e taticamente , parece de quem não acompanha o Esporte. Jack Draper aos 23 , parece outro jogador. Abs !
Orlando merece essa oportunidade, tomara que vá o mais longe possível.
Sinner deve estar esperando o sérvio pra surra-lo novamente e pedir música no fantástico!
10×2 em Slam pede música no Fantástico?
Pede também!
Mas agora a parada é entre Sinner e Djoko, e por enquanto empatam em 4 a 4.
Em Slams eu não sei quanto está. Mas será uma disputa interessante.
Rs.
2×1 pro Djoko, com 2 vitórias e um título parrudo em Wimbledon 2022.
Os dois ainda estão nas oitavas…
Ótimo texto. Mas além da análise tática precisa ver com sua equipe a questão física, não vai aguentar jogos longos de 5 sets se não melhnesse quesito.
Talvez a equipe técnica esteja muita atenta a esta questão e esteja esperando passar a adolescência para imprimir uma metodologia mais pesada de condicionamento físico.
Assim não chegas aos 25 ,meu caro. Vi a quantidade absurda de críticas a JF lá no Site , e o Sr na pole position rs . Aos 18 , se seu Staff não estivesse de olho na questão física , João não bateria em sequência, uma penca de Hermanos , para levar o ATP 250 de Buenos Aires , num Saibro pesadíssimo .Feito também inédito. Procure saber quem é Franco Davin na Equipe do Brasileiro, e volte para debater se ele está ou não, bem amparado na análise deste quesito. Abs !
João Fonseca é uma enorme interrogação. O que preocupa não é a potência dos golpes, mas os lados físico e mental. Hoje percebi, inclusive, que a questão mental é mesmo seu maior drama. A perna trava, o braço fica duro e o garoto perde a precisão e a capacidade de chegar bem às bolas. É interrogação porque no NexGen e em Buenos Aíres, para citar seus maiores títulos, o lado mental não falhou. Muito pelo contrário. Suportou a pressão de jogos dificílimos. Para ser sincero, o choro depois da vitória contra o francês na segunda rodada já me preocupou bastante. Em lágrimas, afirmou que tênis é um esporte muito difícil. Sim, é, mas para todos; não só pra ele. Não sei por que cargas d’água, veio agora à lembrança o tenista argentino Guillermo Coria. Ele perdeu Roland Garros em 2004 por causa do nervosismo. Tinha tudo para vencer a final, mas perdeu. Depois daquela partida, o lado mental foi tão afetado que sequer conseguia sacar. Acabou a carreira. João Fonseca precisa se controlar. Aliás, Bia Haddad também. Parece que os brasileiros andam com os nervos à flor da pele.
Boa observação, em certo sentido, wild e monteiro tbm, e as oscilacoes mostram isso.
Obrigado!
Boa observação. Também me chama a atenção a recorrente alusão a nervosismo por parte do João após as derrotas.
Não sei se isso é comum acontecer mas só ele fala a respeito, ou se é de fato uma característica própria que o atrapalha mais do que atrapalha os tenistas em geral.
Espero que o tempo e a consequente experiência se encarregue de reduzir o seu confessado nervosismo. Ele disse que já contou com apoio psicológico mas dispensou. Talvez seja o caso de tentar novamente.
Esse nervosismo, salvo engano, se intensificou depois da explosão midiática. Enquanto não havia esse frisson todo em cima dele, conseguia controlar bem os nervos, até acima do que se esperava de alguém com 18 anos. Veja o NexGen, a Austrália, com um título de Challenger, e a vitória sobre o Rublev. A derrota para o Sonego foi no detalhe. Depois do título em Buenos Aires, o mundo foi em cima dele. Criou-se uma febre no Rio de Janeiro e, a partir dali, esse nervosismo só cresceu. Ou seja, parece ter a ver com a tensão em corresponder às expectativas que a mídia e o mundo criaram sobre ele. Acho que o trabalho de um bom psicólogo seria bem vindo neste momento.
Exatamente. E bem lembrado: o choro na entrevista ao fim do segundo jogo foi nuito estranho. O moleque está se cobrando demais e está só no começo da carreira.
Sim. Para chorar daquele jeito, parecia uma vitória na semifinal ou final. Era apenas a segunda rodada.
Estás repetindo exaustivamente este comentário, por onde passas caro Fernando. Que idade tinha Carlos Alcaraz quando por excesso de nervosismo , literalmente ” Travou ” contra Djokovic em RG 2023 ???. Está agora em 2005 , aos 22 , lutando pelo Bicampeonato do mesmo Roland Garros. João tem apenas 18 . Muita calma nesta hora. O choro foi absolutamente normal,depois de uma série de derrotas precoces. Abs!
Valeu, João! E é interessante que graças a você, começaram a aparecer, do nada, nas redes sociais, analistas de tênis que eu nunca tinha ouvido falar antes.
Aqui no blog, efeito similar. Começaram a aparecer uns comentaristas novos.
E isso é muito bom.
Bola pra frente, cabeça erguida, que Wimbledon tá aí.
Uma pena o João Fonseca ter cruzado com um jogador deste nível tão cedo. Pelo visto o Draper tem vaga garantida nas quartas de finais com potencial até mesmo de ser campeão, apesar de eu achar que ninguém tira esta taça do Alcaraz.
Que tolice. Se Fonseca tivesse “cruzado com um jogador deste nível” mais tarde, qual a diferença? Minha avaliação é que fazer esse tipo de comentário é o mesmo que nivelar o jogo dele por baixo…
Ué, mas faz muita diferença avançar uma rodada a mais num slan.
Para fazer “muita diferença” avançando “uma rodada a mais” o ideal é que tal avanço seja via mediocridade de um adversário de nível mais fraco? E mais: o que você quer dizer com “muita diferença”? E mais: a menos que seja a sétima rodada seguida de título, chega-se onde avançando “uma rodada a mais”? Ou seja, que tolice II…
Também achei uma pena. Isso porque o Drapper era mesmo o pior (mais difícil) adversário para o João nesta fase de Roland Garros. Drapper aliás está, pelo menos para mim, entre os favoritos ao título de Roland Garros este ano.
Exatamente Sérgio. E vou mais além. Draper é canhoto. Se o backhand do João for sempre o lado de menor nível dele, não ser como no caso do Djokovic ou Murray, que tanto faz de que lado venha a bola, o Draper sempre será o adversário mais difícil para João Fonseca. Poderá chegar na situação de vencer Alcaraz e Sinner e quase sempre ou sempre perder para Draper. Porém sabemos que João Fonseca tem muito a evoluir ainda em seu jogo.
Ambos têm certeza que há lucidez no que dizem? Que bobagem é essa de “o Drapper[ sic ] era mesmo o pior”, ainda que o “mais difícil adversário para o João”. Qual a graça de gozar a partir de um tenista mais fraco mediante Fonseca? A propósito, goza-se tendo como adversário um tenista sem tanta magnitude? Será que vocês, pela ansiedade de querer ver Fonseca nos píncaros do ranking, não estão nivelando o tênis do menino por baixo, com essa pobreza de ideias?
Fale, Dalcim. Acho que o João não usou nada do que pediu, humildade para nos querer passar por cima, paciência para alongar os pontos e nem variação, embora nesse último quesito acho que ele ainda precisa evoluir. Ainda é um jogador de muito plano a. Eu tinha uma suspeita de que se ele jogasse no contra-ataque deixaria o jogo mais competitivo. Enfim, aprendendo e seguindo. No caso do Djok, achei que o Misolic esteve bem e exigiu atenção constante do Djok que embora não passasse apuro nos saques, era mesmo porque jogava bem. Foi um jogo divertido. Minhas atenções agora estão para a Iga e Rybakina.. se a polonesa vencer, acho que vira uma chave gigante de confiança na cabeça dela. Começa a me lembrar os anos em que Nadal chegava cheio de dúvidas pela gira europeia do saibro e pouco a pouco se transformava naquele monstro de Paris. Vamos ver.. Abraço!
Cade a mão do tecnico ? Essa comissao tecnica da Academia Yes é muito amadora. Funcionou pra nivel challenger. Nao vi estrategia nenhuma no jogo do Joao. Tava perdidinho na quadra. Nao por culpa dele, mas por falta de orientacao /estrategia tecnica/mental, e preparo fisico.
Eu não gostaria de ser tão agudo no sentido de que a comissão na presta, afinal o desenvolvimento dele é constante. Perder é normal. Mas concordo no sentido de que a orientação e planejamento foram falhos para esse jogo. Ele estava totalmente perdido ou, o que acho difícil, ignorou completamente as orientações. Acho que o João pode executar diferentes estilos, mas por enquanto o jogo está mais pronto para ser agressivo e dominar. Mas uma coisa que ele poderia ter feito com o que tem hoje era jogar com mais spin e mais ângulos para ter mais quadra para tentar o winner. Foi um tal de porrada seca no meio que teve bem pouco sucesso. Também poderia recuar mais em algumas devoluções de segundo saque, que ele quer sempre entrar e bater, mas o Draper é um cara bom o suficiente para deixar um segundo saque fundo e no corpo. No futuro, com mais armas, ficará mais fácil. Mas hoje, eu concordo que fica bem no colo da comissão também.
Também achei isso, precisava de orientação durante a partida naquela arena enorme, além de ‘vamos João ‘, se teve, não conseguiu seguir!
Um comentário infeliz que ouvi na entrevista que o Fonseca deu após a vitória sobre Hurcacz foi o seguinte: “Mostrei pra ele quem é o João, que eu sou tudo que estão dizendo”. Eu não sei se escutei mal. Tomara que não tenha escutado direito, pois foi desrespeitoso com o polonês, que é um dos melhores do mundo, mas estava com claras limitações de movimento na partida contra o brasileiro. Vamos baixar a bola, ter humildade e jogar o jogo. Perder ou ganhar, tudo bem. Mas é preciso colocar a cabeça no lugar.
Fale, Fernando, tem certeza disso? Vi a entrevista e não vi esse trecho. Meio estranho pensar que ele tenha dito isso.
Bom dia, Julio. Espero ter sonhado com isso, pois foi um comentário que me desagradou bastante. Abçs!
Também acho muito difícil que o João tenha dado este tipo de declaração. Muito estranho mesmo. Fake News?!
Acabei de conferir no YouTube. Ele falou: “Mostrar pra ele o que é o João que todo mundo tá falando.” Não é fake. Foi arrogante sim. Confira: https://youtube.com/shorts/ZAM32RDd6Eg?si=1kbECA5EWJWDRDTa
Zero de arrogância. O garoto falou no início da mesma entrevista , que contra jogadores deste nível ( Hurcakz) , precisa mostrar …Pelo amor … Abs!
Não achei falta de respeito. O que achei é que ele quis dizer que se esforçou para mostrar a melhor versão do João. Naturalmente ele não conseguiu acompanhar o Draper, que aos 23 anos está mais evoluído no jogo e trouxe a complicação de ser canhoto.
Hurcakz saiu de quadra caminhando abraçado com JF . Incrível como a maioria não assiste jogo algum . É tudo , Insta , x , YouTube. O garoto tem sido sempre bastante respeitoso nas vitórias e derrotas. Está indo , neste ponto , pelo mesmo caminho de Alcaraz. É duro ler estas pérolas, caro Ronildo. Abs !
Tem um detalhe que o João Fonseca tem que se desenvolver fisicamente,pois todo jogo que ele perdeu o primeiro set ele perde.
Pelo que vi nesta primeira semana dificilmente o alcaraz não vai sair campeão.
Como disse o jornalista aí, como alguém é capaz de achar que o João teria chances de ganhar RG? Ganhaia do Sinner nas quartas? Numa possível semi com Djokovic? Numa possível final com Alcaraz?Esse garoto vai trazer muitas alegrias ainda, mas mais pra frente. O momento é de evolução e de muita humildade pra entender que pra chegar lá demora um pouco e que terá que passar por cima de gente que está na estrada há muitos anos.
Evidente. Só sonhadores para pensar que ele era um dos top 5 favoritos para vencer Roland Garros.
Semi contra Novak creio que sim.
O que eu menos gostei de ver no João hoje, considerando técnica, plano tático, escolha de golpes, físico, cobertura de quadra e mental, foi sua postura. É complicado avaliar, mas eu vi falta de gana pelo jogo, e isso não é coisa que dependa de treino ou de experiência. No 3º set, ele já não mostrava qualquer vibração ao ganhar pontos, alguns muito bons. Isso é nada menos que o mais puro desânimo. Fiquei meio escabriado com isso e parei de assistir. Já não tinha gostado da trabalheira que ele teve para vencer o Herbert, um veteranão que há muito não faz absolutamente nada em simples. Ele tem tudo para melhorar nesse aspecto, mas já antevejo que nosso jovem astro vai nos exigir muita paciência.
Ele precisa achar um meio termo pra vibração, pq também chega a ser ridículo quando vejo Bia ou Pigossi levando pneus e vibrando pra caramba num pontinho qualquer.
Tirando as 4 duplas faltas, o Draper cometeu apenas 16 erros não forçados em 3 sets. Tem jogador q em um set só comete 30. Não tinha como pedir mto do rapaz, pq o britânico foi quase perfeito.
Caro Dalcim,
Esse roteiro de o João não ir tanto para as linhas, ter mais calma durante os pontos e variar o jogo, certamente já foi colocado pra ele por sua equipe diversas vezes, sobretudo na primeira derrota pro Draper em IW e recentemente contra Paul em Madrid e Maroszan em Roma.
Na sua opinião, por que o João ainda não conseguiu aplicar essas recomendações nas partidas ? Me parece que ele não aprendeu nada sobre como jogar com o Draper, do primeiro jogo em IW pro de hoje.
Agradeço muito se puder responder. Obrigado.
Olha, Lucas, não posso saber o que se passa na cabeça dele e nas instruções de seu time. Mas ele constantemente vem dizendo que é preciso mesclar mais, atacar na hora certa, e acho que ele fez bem isso contra o Hurkacz, por exemplo. O Draper não o deixou jogar e por vezes senti que ele forçou demais porque não via o que fazer na parte tática. Acredito que são correções que irão acontecer naturalmente. Abraçoi
Mestre, você descreveu com perfeição a partida do Fonseca. Que ele tire lições importantes para o futuro.
Ontem eu vi o jogo do Zverev e do Djoko e acredito que haverá o duelo entre os dois nas quartas. Me chama a atenção a parte física do sérvio (muito bem).
Mestre, algum favorito para um duelo Djoko x Sacha?
Puxa, esse realmente é difícil. Mas acho que no saibro eu daria vantagem ao Djoko, mesmo sem a certeza de que o físico dele aguenta jogos muito longos.
João Fonseca fez até treino fechado para o jogo contra Draper. Pra que!?
Vamos esquecer o JF por enquanto! Ele é uma jovem promessa que talvez não se concretize! Confesso que fiquei muito preocupado quando ouvi ele dizer em umas das primeiras entrevistas que vi dele, que queria chegar a 1° do mundo! Acho que deve sonhar com isso mesmo, mas apenas no seu íntimo, pra não parecer soberba!
Mas qual garoto de 17, 18 anos não sonha em ser o número 1 do mundo?
O pior é que Carlitos falou o mesmo na mesma idade. Chamaram também de soberba ! . Vimos no que deu . Abs !
No momento Paolini e Svitolina vão fazendo uma partida bem equilibrada, indo p o set 3. O q me chama a atenção é q nenhuma tem um golpe matador, o q me faz duvidar da possibilidade de ambas chegarem ao título, embora no esporte tudo possa acontecer. Vamos ver o desenrolar dos jogos…
Em relação ao JF é claro q ele é muito jovem, está em ascensão, está num momento de aprendizado, mas ele é corpulento, físico no tênis atual é essencial, ainda mais no caso dele, q em 4x por ano disputará partidas de 5 sets. Não nos esqueçamos q quando o físico falha, a confiança falha de forma simultânea, o q é fatal. É um ponto q precisa evoluir sempre no brazuca…
Essa questão do Draper ser canhoto e o backhand do João não ter a mesma qualidade do forehand, talvez o leve a ter a mesma dificuldade que o Federer teve com o Nadal durante a carreira.
Se o João crescer e o Draper se mantiver la em cima, terão muitos confrontos e geralmente o inglês canhoto com vantagem.
Numa situação normal, Iga seria franca favorita contra Rybakina, q por sinal também é uma jogadora de altíssimo nível. Mas a polonesa vem numa temporada de altos e baixos. Mas existem torneios q “são” de determinados jogadores, e Iga sempre poderá se impor em RG.
Acho q ela vence…
Meu Deus, Iga, o q está acontecendo com vc??????
Excelente texto Dalcim!!! Esse é um belo exemplo do que é um excelente texto crítico positivo! E não um texto crítico pejorativo que só sabe esculhambar o jogador e sua equipe! Dalcim com toda sua experiência e elegância criticou com bastante classe o que realmente deveria ser criticado e de forma bastante assertiva sem precisar ser dramático ou ufanista em relação às possibilidades de João Fonseca neste torneio de Roland Garros e ainda sendo realmente “realista” sobre o que aconteceu na partida contra o Draper!!! Muito Obrigado pelo excelente texto Dalcim!!!
Valeu, Sandro!
A grande preocupação em torno do João é exatamente essa: o nervosismo indicando que já está sentindo pressão. Faz lembrar o que está ocorrendo com a Bia.
Coloquem já um psicólogo pra trabalhar com ele, pelamor.
O Shelton é bagre e, como tal, conseguiu perder esse tiebreak.
Madeirador nato.
A dupla dinâmica e somente groselhas. O atual TOP 13 deu trabalho a Carlitos rsrs. Abs !
Tem uma turma aí – não vou generalizar, espero que seja minoria – que a afoiteza impera.
Devem ser aqueles torcedores de ocasião que nunca pegaram numa raquete, não acompanham o circuito mundial de tênis. Mas aí veem o João em destaque no noticiário, e caem de paraquedas dando pitaco como se fossem doutores no assunto.
Querem que o Fonseca seja um novo Boris Becker, que ganhou Wimbledon aos 17, ou Michael Chang, campeão de Roland Garros também aos 17.
Acontece que o tênis evoluiu em tudo daquela época pra cá. A diferença entre um Top 10 e o centésimo do ‘ranking’ é bem menor hoje do que na década de 80.
Então tem que ter paciência. E quem não tiver, favor pegar uma raquete e ir lá fazer melhor.
Shelton é inferior a Alcaraz, mas está lutando e lutando por todos os pontos. Ainda creio q o espanhol vencerá 31, mas o americano está fazendo uma partida excepcional…
Prematuramente dão o atual TOP 13 como bagre mais acima . Quero ver se adivinhas quem ? rs. Abs !
Falta a paciência é lógico pro João, todo mundo já sabe disso. Mas o Draper foi praticamente perfeito no jogo todo, quase não cometeu erros não forçados, sendo consistente o tempo todo durante 3 sets inteiros. Pra mim, foi muito mais mérito do inglês do que demérito do João, que até tentou alternativas, mas do outro lado o adversário tava num dia mágico msmo. Segue em frente.
Dalcim…seria justo considerar Chris Evert como a maior jogadora de saibro de todos os tempos? Eu penso que sim.
Olha, ela tem duas marcas absolutamente incríveis: 7 Roland Garros e uma série de 125 vitórias no piso.
E 29 Consecutivas. Acho que dificilmente será superada . Abs !
Humm este mundo está mudando mesmo:
– Americanos colocaram 3 representantes nas 8as. e dois deles estâo nas quartas (Paul e Tiafoe). Tiafoe????
– Musetti tem grandes chances de alcançar a semi
– Drapper parecia imbatível frente ao João, mas ainda assim não o vejo fazendo frente ao Alcaraz nem ao Sinner. Talvez no nível de musetti ou Zverev, e um degrau acima de T. Paul e do atual Djoko.
Mas treino é treino,prognósticos são prognósticos e jogo…
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