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Korneeva retoma nº 1 do juvenil, Schwaerzler surpreende no Finals

Campeã de dois Grand Slam na atual temporada do circuito mundial juvenil, a russa Alina Korneeva retomou a liderança do ranking mundial da categoria ao conquistar o título do ITF Junior Finals, na cidade chinesa de Chengdu. Depois de terminar a fase de grupos apenas na segunda posição de sua chave, a russa de apenas 16 anos se recuperou no torneio com duas grandes apresentações no fim de semana.

No sábado, Korneeva venceu um duelo de campeãs de Slam contra a norte-americana Clervie Ngounoue, vencedora de Wimbledon e que ainda não havia perdido sets em Chengdu. Diante de uma rival que vinha utilizando bem os slices de backhand e drop-shots, a russa marcou as parciais de 6/2 e 7/6 (7-1), apostando em seu jogo agressivo.

Já no domingo, Korneeva foi dominante contra a japonesa Sara Saito. E embora a russa seja uma jogadora de seus golpes mais retos e de muita potência dos dois lados, precisou ter paciência para trabalhar os pontos, além de executar muito bem as curtinhas, para vencer por 6/0 e 6/3. Saito havia superado a também japonesa Sayaka Ishii na semifinal por duplo 6/4.

“Estou muito feliz por esta semana e satisfeita com meu jogo e com todo o meu ano”, disse Korneeva após a partida. “Este é um torneio muito bom e acho que o melhor aqui são as pessoas. Muito obrigada por todo o apoio”, acrescentou a tenista, que está numa transição bem avançada para o tênis profissional. Ela ocupa o 162º lugar da WTA, e há duas semanas chegou às oitavas no 250 de Hong Kong.

A final acabou sendo uma revanche para a russa, que havia perdido para Saito em três sets durante a fase de grupos. “Resolvi mudar algumas coisas da minha partida com a Sara outro dia e isso ajudou. Procurei não pensar no primeiro jogo e tentei errar menos bolas que a Sara, e apenas tentei jogar assim o jogo todo. Só pensei no ponto que estava jogando e fiquei pensando: ‘não erre'”.

Joel Schwaerzler aproveita grande fase e conquista o título
Na chave masculina, o título ficou com o austríaco Joel Schwaerzler, de 17 anos e que saltou do sétimo para o terceiro lugar do ranking com a conquista. Treinado pelo ex-top 10 Jurgen Melzer, o canhoto Schwaerzler aproveitou sua grande fase no circuito, já que havia vencido um ITF J500 em Osaka na semana anterior.

Schwaerzler já havia ficado na primeira posição de um grupo com o russo Yaroslav Demin, cabeça 2 do torneio, o sérvio Branko Djuric e o italiano Federico Cina. Ele venceu na semifinal o búlgaro Iliyan Radulov por 6/3 e 7/6 (7-4). Já na final, passou pelo mexicano Rodrigo Pacheco Mendez, principal cabeça de chave do torneio e que tentava voltar ao número 1, também com parciais de 6/3 e 7/6 (8-6).

Durante a final, o austríaco teve excelente desempenho no saque. Ele disparou nove aces e escapou dos três break-points que enfrentou. O campeão conseguiu duas quebras no primeiro set e foi preciso para fechar a segunda parcial no tiebreak. No sábado, Mendez havia havia vencido Djuric na semi por 7/5 e 7/6 (7-3).

 

“Foi uma ótima partida contra o Rodrigo, que é um grande amigo. Éramos colegas de quarto esta semana e nos divertimos muito juntos. Fiquei muito feliz em dividir a quadra com ele na final”, disse o austríaco após a conquista do título. “Eu estava mentalmente bem nos últimos dias. O lado mental era um dos meus maiores problemas, mas nos últimos dois ou três meses tenho lidado muito melhor com isso e estou muito feliz”.

“Houve momentos durante a final em que o meu interior não estava nada calmo, mas consegui não demonstrar e pude terminar a partida do jeito que queria. Eu gostei e gostei muito da semana inteira. A oportunidade de tocar em palcos como este é incrível”, acrescentou o austríaco, que tem seis pontos no ranking de simples da ATP.

Campeões recebem apoio financeiro para o circuito
Os campeões de 2023 receberão uma bolsa de US$ 17 mil para serem usados auxílio financeiro para as viagens do circuito. Os valores são escalonadas em todos os níveis até aqueles na oitava posição, que receberão um mínimo de US$ 6 mil, que só podem ser utilizados para bancar as viagens ao longo da temporada.

Além disso, os títulos garantem 750 pontos no ranking, o que impulsionará sua busca para terminar a temporada de 2023 como o número 1 do juvenil. Uma boa posição no ranking da categoria é importante para que os tenistas garantam vagas diretas em torneios profissionais do ano seguinte, seguindo os programas de aceleração da ATP e da ITF. No circuito masculino, por exemplo, os campeões de Slam ou top 10 do ranking juvenil terão direito a oito vagas diretas em challengers no ano seguinte.

Jornalista de TenisBrasil e frequentador dee Challengers e Futures. Já trabalhou para CBT, Revista Tênis e redações do Terra Magazine e Gazeta Esportiva. Neste blog, fala sobre o circuito juvenil e promessas do tênis nacional e internacional.
Jornalista de TenisBrasil e frequentador dee Challengers e Futures. Já trabalhou para CBT, Revista Tênis e redações do Terra Magazine e Gazeta Esportiva. Neste blog, fala sobre o circuito juvenil e promessas do tênis nacional e internacional.

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