PLACAR

Iga: “Tive que repensar a tática e mudar jeito de jogar”

Foto: Mutua Madrid Open

Madri (Espanha) – Classificada para a semifinal do WTA 1000 de Madri, Iga Swiatek encarou seu jogo mais difícil no torneio até aqui. Vinda de três vitórias muito tranquilas nas rodadas iniciais, a número 1 do mundo saiu atrás no placar contra Beatriz Haddad Maia nesta terça-feira, mas conseguiu buscar a virada e segue na busca por um título inédito. Após a partida, a polonesa destacou a necessidade de fazer mudanças no plano tático. Os fotógrafos no torneio captaram a tenista observando um caderno de anotações após o set inicial.

Iga entende que a disputa em poucas trocas de bola, como vinha acontecendo no primeiro set, estava favorecendo a brasileira que fez cinco games seguidos no fim da parcial. A líder do ranking buscou, então, prolongar os ralis, tirar um pouco o peso da bola e variar um pouco mais alturas e direções de seus golpes, além de contar com sua reconhecida boa movimentação do fundo de quadra. Com maior regularidade durante os pontos, a polonesa cedeu só mais dois games até o fim do jogo.

“Eu tive que repensar as táticas porque no primeiro set eu comecei a cometer muitos erros e jogar muito rápido. Eu precisava mudar o jeito de jogar e fazer o básico. Isso me exigiu um pouco mais de tempo hoje, mas fico feliz por ter acontecido logo depois daquele set”, disse Swiatek após a vitória por 4/6, 6/0 e 6/2 contra Bia em 2h30 de partida. Foi a terceira vez que ela venceu a atual 14ª do ranking em quatro jogos entre as duas tenistas.

Diferentes condições entre Roma, Madri e Paris

Detentora de um ótimo retrospecto no saibro, com três títulos de Roland Garros, dois em Roma e dois em Stuttgart, além da final de Madri no ano passado, a polonesa falou as diferentes condições de cada torneio e as dificuldades na transição de piso depois de um primeiro trimestre da temporada focado nas quadras duras.

+ Clique aqui e siga o Canal do TenisBrasil no WhatsApp

“É mais fácil para mim passar da quadra dura para o saibro do que o contrário, mas sempre há coisas para ajustar se você já joga há alguns meses. Você precisa mudar a mentalidade nos ralis e isso leva tempo. Você não pode tratar as partidas no saibro da mesma forma que as outras, porque elas não são iguais”, ponderou a jogadora de 22 anos. “Na verdade, você também não pode tratar todas as quadras de saibro da mesma forma. O jogo aqui é muito diferente de Roma e Paris. A de Roma é a mais lenta e aqui é mais rápida, por causa de altitude, e depois vamos para Paris, que seria uma condição intermediária”.

Adversária da norte-americana Madison Keys na semifinal da próxima quinta-feira, Swiatek tem duas vitórias e uma derrota contra a atual 20ª do ranking. Ela foi perguntada sobre prognósticos da próxima rodada antes da definição da vitória de Keys sobre a tunisiana Ons Jabeur, campeã em 2022, em três sets no fim da rodada. “Vai ser um jogo difícil, é a semifinal. Quem chegou merece estar lá. E sei que a Madi é capaz de fazer bons torneios. Teremos também que ver as condições, porque parece que vai fazer mais frio. Então, tudo vai depender de como for escolhida a programação do dia”.

Vencedora de 19 títulos na carreira, incluindo oito torneios de nível 1000, Swiatek busca sua 24ª final no circuito. Este ano, ela já foi campeã em Doha e Indian Wells. Nos demais eventos deste porte na atual temporada, ela chegou à semifinal de Dubai e às oitavas de Miami.

Se eu jogasse contra Rafa, também pediria uma camisa’

Admiradora declarada de Rafael Nadal, a polonesa também falou sobre uma situação ocorrida na última segunda-feira, quando o argentino Pedro Cachin pediu uma camisa para o espanhol após a partida com 3h04 pela terceira rodada masculina. “Se eu jogasse contra o Rafa, com certeza pediria uma camisa”, disse ela, rindo. “Ele foi uma grande inspiração. Quando eu era mais jovem, era o jogador que eu mais admirava, não por causa de seu estilo de jogar no saibro, mas também pela forma como ele é fora das quadras, por ser alguém que nunca desiste, e também pela sua mentalidade”.

PUBLICIDADE

VÍDEOS

Agassi recorda trajetória de drama e sucesso em Roland Garros

Os melhores lances de Iga Swiatek rumo ao tri no Foro Italico

PUBLICIDADE