Londres (Inglaterra) – O polonês Hubert Hurkacz era uma figura constante no top 10 até alguns meses atrás, mas os afastamentos por lesão o fizeram cair para a 41ª posição. Após sua desistência em Wimbledon, ele participou de um evento da Adidas em Londres, onde conversou com o Tennis365 e analisou a situação atual do circuito, que ele afirma estar mais forte do que no passado.
“Sinto que o nível está crescendo a cada ano, e obviamente podemos dizer que está mais alto do que há 10 anos, mas isso não significa que o Big 4 não pudesse chegar onde estamos agora. Eles melhoraram a cada ano e elevaram o nível a cada vez, então fariam o mesmo se estivessem jogando agora”, observou o polonês de 28 anos.
Hurkacz fala com a propriedade de quem já desafiou os quatro integrantes do Big Four e também mediu forças com Jannik Sinner e Carlos Alcaraz. Ele venceu dois dos três embates que teve contra o italiano e perdeu todos os quatro contra o espanhol.
Já quando o assunto são Novak Djokovic, Rafael Nadal, Roger Federer e Andy Murray, o polonês também tem uma boa coleção de confrontos, ostentando retrospecto positivo contra o britânico (2 a 1) e também contra o espanhol (1 a 0). Ele empata com o suíço (1 a 1) e é freguês do sévio (0 a 8).
O polonês afirma que Alcaraz e Sinner estão jogando em um nível incrível agora. “Acompanhá-los depende de nós. Temos que trabalhar duro para atingir esse nível. É por isso que acordo todos os dias. Eles estabeleceram uma meta ambiciosa, então essa também é a nossa. Não é segredo que ainda tenho a ambição de vencer os Grand Slams”, finalizou.
Beeeeeem discutível. Façamos o seguinte: retiremos da equação o BIG-4 de 10 anos atrás, bem como o BIG-2 do circuito atual.
Temos um jogador do nível do Wawrinka no circuito atual? Temos algum jogador do nível do Del Potro no circuito atual? Não sei nem dizer se temos algum jogador do nível do Cilic no auge no circuito atual. Fora o Sinner e o Alcaraz, o nível do circuito atual está abaixo da crítica.
Concordo plenamente.
O velhinho Dimitrov foi o jogador que mais deu trabalho ao Sinner na grama, pelo simples fato de ter variações em seu jogo.
Curioso que todos os jogadores que falam que o nível atual é maior do que há 10 anos, são aqueles em decadência. Como se tais declarações servissem como uma espécie de “desculpa” para a queda no ranking.
Não tem nenhum jogador no top 10 no nível do Wawrinka, Delpo, Cilic, Nishokori. Não tem nenhum saibrista no nível do Ferrer, Batista-Agut e outros que conseguiam excelentes resultados na terra batida.
Até os grandes sacadores eram superiores: Isner, Anderson, Karlovich.
Ele confundiu um pouco as coisas. Não é que esteja maior… tirando o Sinnaraz, está muito nivelado. Por exemplo, Um top40 não está tão abaixo dos que estão na segunda metade do top10. Está mais disputado, não maior.
Esse é um dos problemas da padronização de pisos: muito jogador igual de nivel e estilo de jogo e o que vai definir as partidas são pequenas particularidades como dia ruim ou bom do tenista.
Muitos dizem que a época do Big 3 foi a época de ouro do tênis, onde todos os números do tênis foi alcançado por três tenistas.
Quando olhamos o circuito durante o período, percebemos uma fragilidade, um circuito pouco competitivo, onde a “desculpa” era sempre o azar de jogar num período onde existia três gênios (existe sempre a frase “se tivesse jogado em outra época teria ganho um Slam”).
Será que os três gênios não foram beneficiados pela falta de adversários de bom nível?
Em 1988, o ranking da ATP tinha Lendl, Connors, McEnroe, Agassi, Sampras, Becker, Wilander, Muster, Courier, Cash, Gomez, Chang, Edberg…
Não seria a época de ouro do tênis a final da década de 80 e começo de 90?
(Não concordo com o Hurkacz, considero o circuito fraco, com dois jogadores extraclasse, os dois venceriam qualquer jogador do passado, os demais teriam mais dificuldades).
Concordo mais com o Zverev… Hoje é mais difícil ser top 20 ou 30, está mais nivelado. No entanto, temos tenistas top 10 mais fracos como um Shelton ou DiMenor/Rublev. O próprio Djoko se mantém no top 10 com muita tranquilidade aos 38, sendo que nem quis jogar o Finals. Isso demonstra uma diferença técnica enorme dentro do próprio top 10.
Em 2014-2015, o Djokovic era a principal força, seguido de Federer, Nadal e Murray. Os restantes eram Wawrinka, Delpo, Tsonga etc. O top 10 era mais forte que o de hoje, tecnicamente falando.
O top 5 de hoje, tal de Fritz, vive perdendo para o Djokovic. O Draper ainda não mostrou a que veio nos Slams. Esses caras têm que melhorar demais. Acho inadmissível um cara como o Musetti ser top 10, mas é o que temos.