Málaga (Espanha) – O formato atual da Copa Davis, com uma fase de grupos prévia e uma fase final com as oito melhores equipes do mundo, tem muitos críticos, um deles o capitão australiano Lleyton Hewitt, que voltou a reclamar do formato após a derrota para a Itália nas semifinais. O foco agora foi no fato de sempre jogar na Europa, que recebeu todas as fases finais e quase todas as disputas dos grupos.
“Senti que estava jogando fora de casa, foi difícil para a Austrália. Estávamos jogando na Espanha, mas pensei que estávamos na Itália”, disse o australiano Thanasi Kokkinakis, ecoando reclamações anteriores da Austrália sobre o formato reformulado da Copa Davis.
“Mais uma vez estamos muito longe da Austrália, não é mesmo? Será bom quando eles levarem a sério nossa candidatura para sediar as finais, a Austrália fará um evento muito bom”, acrescentou Hewitt, endossando as palavras do seu atleta. Para o capitão australiano, é muito frustrante ter que viajar sempre para as finais.
Desde a mudança de formato, as finais da Copa Davis aconteceram sempre na Espanha e a fase de grupos foi disputada predominantemente em solo europeu. Apenas nesta temporada um dos grupos teve como sede Zhuhai, na China
A Austrália, finalista derrotada nos últimos dois anos, é o segundo time mais bem-sucedido na história do torneio, com 28 títulos, mas o conquistou pela última vez em 2003, quando sediou as finais pela última vez. “Acho que houve alguns erros nos últimos anos”, cutucou Hewitt, bicampeão da Copa Davis.
“Gostaríamos muito de sediar as finais também. Gostaríamos de ter a oportunidade de fazer uma proposta para o ano que vem para sediar as finais na Austrália. Acho que merecemos isso. Tenho trabalhado muito duro com a federação para poder nos dar essa oportunidade. É frustrante para esses caras sempre terem que vir até a Europa todo ano para jogar”, acrescentou.
