Grandes notícias para 2026

O final de temporada, período em que os tenistas entram em curtas e merecidas férias antes de iniciar a fase de preparação para o calendário seguinte, tem sido de grandes notícias para o tênis brasileiro. Especialmente nas duplas.

A mais bem-vinda de todas, certamente, é o retorno da parceria entre Luísa Stefani e a canadense Gabriela Dabrowski, número 10 do mundo no momento e dona de dois títulos de Grand Slam, ambos em Nova York.

Gaby foi, com toda a certeza, a jogadora que mais bem casou com o tênis agressivo e impetuoso da brasileira, especialmente porque é forte na devolução e no saque. Não à toa, as duas tiveram ótimos resultados em 2021, com o título no Canadá, final em Cincinnati e semi no US Open, justamente quando aconteceu a lamentável lesão no joelho da paulistana.

Um ano depois, na volta, as duas voltaram a jogar juntas, com um título em Chennai, mas logo depois houve uma ainda pouco explicada separação, aparentemente sugerida pelo time da brasileira. A relação pessoal ficou estremecida, Gaby chegou a dar entrevistas em que se dizia abandonada.

Ao falar da retomada da parceria, Luísa diz que os altos e baixos contribuíram para que ambas iniciem uma nova fase, agora mais maduras. Dabrowski, 33 anos, fez neste ano boa dupla com a neozelandesa Erin Routliffe a ponto de as duas chegarem ao Finals de Riad, onde perderam a vaga da semi justamente para Stefani e a húngara Timea Babos. Há poucos dias, Babos confirmou que iria desfazer a parceria com Stefani porque decidiu mesmo fazer um calendário econômico em 2026.

Já no masculino houve uma troca de duetos entre Rafael Matos e Marcelo Melo, mas a ótima notícia é que teremos duas duplas totalmente brasileiras em condições de fazer campanhas relevantes na próxima temporada.

Matos voltará a jogar ao lado do conterrâneo gaúcho Orlando Luz. Os dois se conhecem muito bem e já jogaram nos mais diferentes níveis do circuito, com auge ao faturar o ATP 250 de Bastad no ano passado. Não menos importante é o fato de os dois estarem com rankings próximos – 42 e 58 -, o que dá uma soma confortável de 100, o que os coloca nos Slam e chance de disputar Masters 1000. Sem falar que possuem a mesma base, com o competente Franco Ferreiro como treinador.

Se essa parceria nem chegou ainda aos 30 anos – um de 27, o outro de 29 -, Melo e Fernando Romboli formarão um dueto de veteranos. Melhor duplista brasileiro do momento, como 40º do mundo, Romboli não renovou com o australiano John-Patrick Smith e, aos 36 anos, acredita que a junção com a vasta experiência do mineiro de 41 será valiosa. Como Melo é 45º do mundo no momento, a soma de 85 é superior à de Matos e Luz.

A estreia de todos eles está marcada para o começo de janeiro, com um aquecimento ainda não definido e em seguida o Australian Open. Os homens devem vir em seguida para a temporada sul-americana de saibro, enquanto Luísa ainda não divulgou o calendário, mas provavelmente o destino será o Oriente Médio, com a forte sequência de Abu Dhabi, Doha e Dubai.

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Kario
Kario
1 hora atrás

Poxa, o John Patrick Smith não quer fechar com o Demoliner não? Pensa aí.

Paulista de 63 anos, é jornalista especializado em esporte há mais de 45 anos, com coberturas em Jogos Olímpicos e Copa do Mundo. Acompanha o circuito do tênis desde 1980, tendo editado a revista Tênis News. É o criador, proprietário e diretor editorial de TenisBrasil. Contato: joni@tenisbrasil.com.br
Paulista de 63 anos, é jornalista especializado em esporte há mais de 45 anos, com coberturas em Jogos Olímpicos e Copa do Mundo. Acompanha o circuito do tênis desde 1980, tendo editado a revista Tênis News. É o criador, proprietário e diretor editorial de TenisBrasil. Contato: joni@tenisbrasil.com.br

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