Gauff usa comentários negativos na internet como combustível

Foto: Jimmie48/WTA

Miami (EUA) – Um dos grandes problemas pelos quais os atletas da atualidade têm passado, o ódio através das redes sociais interfere de formas diferentes na vida de cada um. Para a norte-americana Coco Gauff, mensagens negativas acabam servindo de motivação para provar que são besteiras muitas das coisas que são faladas na internet.

Em colaboração com uma varejista norte-americana de roupas e acessórios, Gauff projetou uma jaqueta exclusiva com as palavras: ‘Obrigada às pessoas que não acreditaram em mim’. A atual campeã do WTA Finals destaca que o ódio na internet é um combustível para ela fazer cada vez melhor.

“Sinto que é algo com o qual muitas pessoas podem se identificar, especialmente as que acompanham todos os trolls da internet ou várias pessoas em seus locais de trabalho que não acreditam nelas. Eu leio coisas de propósito, só para me dar combustível, uso isso como motivação, para provar que os pessimistas estão errados”, afirmou a norte-americana para a revista People.

Gauff também falou sobre a maneira como recarrega suas baterias. “Gosto de não fazer nada. Como depois das Olimpíadas, aos domingos eu estava com meu irmão assistindo TV juntos. Às vezes sinto que até cuidar de mim mesma dá muito trabalho. Só quero não fazer nada, sentar e esperar. Esses foram os melhores dias”, disse a número 3 do mundo.

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SANDRO
SANDRO
1 mês atrás

Atleta de verdade não perde tempo com “haters” de redes sociais… Até porque ignorar os “haters” faz com que eles não tenham sentido de ser…

Gustavo M.
Gustavo M.
1 mês atrás
Responder para  SANDRO

Conte mais sobre como é ser atleta de verdade. Vc deve ser um, imagino eu, pra dizer que a atual #3 não é

Neri Malheiros
Neri Malheiros
1 mês atrás

Competidores de qualquer esporte de alto nível não só competem contra seus adversários como também travam uma luta interior cotidianamente para superarem seus próprios limites e alcançarem seus objetivos. E, por serem ainda potencialmente jovens, assim como a maioria dos seres humanos, uns mais outros menos, desejam ter sucesso, ser queridos, admirados.

O que é absolutamente certo é que todos terão seus altos e baixos e assim como acumularão inúmeros fãs, alguns incondicionais, inevitavelmente terão torcedores contrários e até hostis que lhes dirigirão ameaças e mensagens de ódio.

Cada atleta lidará com isso do seu próprio modo e alguns, como Gauff, tirarão de letra e usarão os possíveis ataques como gatilhos motivacionais. Outros, como Caroline Garcia, Naomi Osaka, Andrey Rublev, Matteo Berretini, Alexander Zverev, Nick Lírios e Dominique Thiem, para ficar em alguns exemplos, terão sua saúde mental abalada e sucumbirão mais facilmente às pressões desse ambiente cercado de cobranças desgastantes e muitas vezes cruéis.

Enquanto o ranking e outros parâmetros dos esportes servem para dimensionar o grau de desempenho e excelência de cada um, isto é, os resultados objetivos, as redes sociais igualmente funcionam como medidores de suma importância, só que, nesse caso, daqueles padrões subjetivos, os que interessam ao ego, à vaidade, à alma. E o que esses expressarem, a depender da estrutura emocional, podem ser bem mais aniquiladores.

Como em tantas outras atividades onde as pessoas são diariamente submetidas a cargas de trabalho desumanas e de exigências estressantes, já passou do tempo de os dirigentes dos circuitos tomarem medidas urgentes para reduzir o grau de exposição de seus atletas a essas situações insuportáveis. Garcia denunciou inclusive os contratos com agências de apostas como outra das várias facetas desse descalabro.

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